segunda-feira, 1 de fevereiro de 2021

Rio de Janeiro: Guilherme Paiva promovido à Shodan pela FJERJ - Judô Inclusivo

Jucinei Costa, Guilherme Paiva e Ricardo Lúcio

Guilherme Paiva Queiroga da Silva, 20 anos, nasceu com a Síndrome de Down e adora esportes. O Gui adora praticar natação, futebol, basquete e judô. Curte tocar violão e cantar. Ama sua escola e adora seus amigos. É meigo e muito carinhoso. Praia e piscina, nunca diz não!

Pratica Judô há 11 anos no Colégio Sion e em 2020 iniciou o Processo de Formação de Faixas Pretas pela Federação de Judô do Estado do Rio de Janeiro (FJERJ). A preparação do Guilherme para esse momento foi intensificada com treinos no Colégio Sion e também na Equipe Rio de Judô. Contamos também com o apoio da Equipe Projeção que nos cedeu seu espaço para gravações.

O início aconteceu presencialmente, com o Exame Admissional e o Curso de Oficiais Técnicos. Porém com a pandemia do Covid 19, a Comissão de Graus da FJERJ, de forma pioneira e inovadora, deu continuidade do processo de forma on line.  

Fui convidado para ser o monitor do Guilherme durante todo o processo. Atualmente moro em Cachoeiro do Itapemirim – ES e nos finais de semana dos Módulos eu viajava de ônibus para o Rio, encarando 6 horas de viagem, para gravar os vídeos com as técnicas exigidas pela Comissão de Graus da FJERJ. 

Guilherme exibe seu diploma CBJ de Faixa Preta

Os pais adquiriram os tatames e montamos no play do prédio dele. Ali treinávamos as técnicas antes de gravar e enviar para a plataforma utilizada pela FJERJ.

O Gui é bastante exigente com ele mesmo e quando percebia que errava uma técnica já estava pronto para fazer de novo. Utilizamos gravuras ilustrativas com os golpes, onde através de jogos, ele assimilou de forma rápida e lúdica a seqüência do nage no kata. 

De acordo com sua mãe, Maria Inês Queiroga, “O Guilherme através do judô tornou-se mais responsável e disciplinado. Aprendeu a respeitar e conviver melhor com a sociedade, lutando constantemente para vencer suas dificuldades. Importante lição que vem absorvendo aos poucos é que a vitória é muito boa, mas a derrota também faz parte da vida.”

O Gui já participou de diversos eventos nacionais e internacionais, tendo conquistado inúmeras medalhas e troféus.

12ª Days of Sport as Integration and International Judo Meeting Itália / 2014 - 3º lugar

7º International G-Judô Tournament Holanda /2014 - 3º lugar

14ª Days of Sport as Integration and International Judo Meeting Itália / 2016 – Campeão

8º International G-Judô Tournament Holanda / 2016 – 2º lugar

15ª Days of Sport as Integration and International Judo Meeting Itália / 2017 – 2º lugar

World Special Needs Judô Games & BENG Tournament  Holanda / 2018 –  2º e 3º lugares

A reflexão que deixo é de pensarmos na possibilidade da ABJI (Associação Brasileira de Judô Inclusiva) ter um representante nas Comissões de Graus, afim de contribuir no processo dos judocas com necessidades especiais, onde sabemos que têm as suas especificidades. 

Por: Prof. Ricardo Lúcio - Coordenador do Movimento Judô para Todos Brasil


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Gostou da matéria? Deixe um comentário!
Aproveite e seja um membro deste grupo, siga-nos e acompanhe o judô diariamente!

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...
Pesquisa personalizada