domingo, 14 de fevereiro de 2021

Empresas aéreas suspendem os vôos para Tel Aviv. Solução: Judô Airlines!


Teoria é uma coisa e prática é outra. Fazer bons discursos não é o mesmo que aplicar palavras a ações. Disso, de cumprir o prometido, de mover montanhas e superar qualquer obstáculo, o mundo do judô sabe muito. É uma questão de vontade.

Na segunda-feira, 8 de fevereiro, ao meio-dia na Europa, os atletas, as delegações, as federações nacionais, os membros da Federação Internacional de Judô e os organizadores do Grand Slam de Tel Aviv estavam nos preparativos finais antes de viajarem para Israel uma semana depois. Então a bomba caiu. As companhias aéreas enviaram mensagens a todos os viajantes, ou seja, a mais de quatrocentas pessoas, anunciando o cancelamento de voos. A razão era simples: o aeroporto Ben Gurion permanecerá fechado para evitar novas infecções por COVID, enquanto o país continua sua campanha acelerada de vacinação

Viagem cancelada significa torneio cancelado e isso não faz parte dos planos do judô. O judô é a nossa profissão, não se trata apenas de paixão. O judô é a atividade a que milhares de pessoas se dedicam, é o que as alimenta e também o que lhes permite sonhar; sonhar com o Campeonato Mundial de Budapeste e as Olimpíadas de Tóquio, com uma medalha, um lugar de honra ou simplesmente participar desses grandes festivais esportivos. O judô é um conjunto de coisas, uma organização bem estabelecida da qual muitos dependem, muitos dos quais não estão dispostos a renunciar por causa de uma epidemia que paralisou o mundo.

Estávamos falando sobre vontade. A nossa, a começar pelo presidente da Federação Internacional de Judô, Marius Vizer, e pelo presidente da Federação Israelense, Moshe Ponte, é declarar guerra ao vírus e garantir a celebração da competição porque, enquanto o governo israelense mantém o aeroporto fechado, a celebração do judô, o Grand Slam, foi autorizada. As condições são as mesmas: segurança sanitária, provas massivas, narizes irritados, bolhas estabelecidas, máscaras obrigatórias, distâncias respeitadas e toneladas de sabonete e gel.

Faltava o principal: a solução para sair das companhias aéreas tradicionais. Em menos de 24 horas, a FIJe o comitê organizador local organizaram uma série de voos privados, reservados para a família do judô. Por alguns dias, com a vontade férrea de se opor ao derrotismo, o judô terá uma empresa própria, que chamaremos de Judo Linhas Aéreas. É verdade que nos levará ao fim do nosso próprio arco-íris, chegando no tatame de Tel Aviv. A vontade é essa! Significa não quebrar a rotina de todos e esvaziar seus sonhos. A vontade, principalmente quando não há nada em abundância em tempos de paralisia, tem um custo e neste caso é a Judo Airlines.

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Nota do Boletim OSOTOGARI: A participação da seleção brasileira no Grand Slam de Tel Aviv está confirmada. A equipe viajará até o País onde os aviões fretados pela FIJ e de lá partirão para Israel.

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Por: Pedro Lasuen -Federação Internacional de Judô


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