No detalhe, Léo Mansor ao lado de sua esposa, a Dra Lílian Mansor Léo Eduardo Mansor passou a maior parte de sua vida colecionando troféus e medalhas. E hoje ele tem a satisfação de compartilhar seus títulos com alunos da Associação Desportiva Ateneu Mansor, que ele mesmo ajudou a fundar. Na companhia do irmão gêmeo Lairton e de outros três irmãos, Léo descobriu, aos 4 anos de idade, o judô. Juntos, eles formaram a primeira equipe infantil no Clube de Fernandópolis, onde o pai, Luiz, era presidente. Com o tempo, Léo começou a participar de torneios e competições regionais por onde andava. As boas posições do menino chamavam a atenção da familia e despertaram em Léo o sonho de brigar pelo seu país. Em 1976, com sete anos, adotou Rio Preto como sua cidade. E, com o irmão Lairton, se integrou na Associação Rio Preto de Judô, liderada pelo professor Natal.Assim que Léo Eduardo veio para Rio Preto, se entregou de corpo e alma ao esporte. Treinava o dia todo e revezava com musculação na academia.Não demorou muito e, aos 17 anos, o jovem conseguiu a faixa preta. Aplicado, Léo ganhou bolsa de estudos e partiu para o Rio de Janeiro, onde cursou educação física na Universidade Gama Filho, incentivado pelos pais e pelo inseparável irmão Lairton. Durante o período dos estudos, o judoca treinava e participava de competições locais. Entre 1988 e 1992 conquistou seus maiores prêmios até então. Léo foi tricampeão carioca de judô e duas vezes vice.
"Um trabalho árduo que muitas vezes não é reconhecido", desabafa Léo. Formado e cheio de medalhas, Léo retorna a Rio Preto, em 1990. E fica dois anos longe do tatame. Um ano após voltar para a cidade, Léo presta prova de admissão para trabalhar no cartório e passa. É o emprego fixo que vai sustentar o judoca.
Como cartorário, Léo passa as horas vagas dando aulas de judô para alunos e jovens do Colégio Ateneu em Rio Preto. "Sempre sonhei em trazer esporte de qualidade para a cidade", diz ele. Léo também acumula três medalhas de campeão paulista e duas do brasileiro na categoria master. Foi vice-campeão mundial em 2007 e terceiro lugar no Campeonato Sul Americana.
Léo teve a felicidade de ver mais de dez alunos seus em cima do pódio recebendo medalhas de ouro e defendendo a seleção brasileira. Mais do que títulos, uma realização pessoal e a prova concreta de um excelente trabalho desenvolvido.
QUEM É...
Nome: Léo Eduardo Mansor
Idade: 40 anos
Onde nasceu: Fernandópolis
Filhos: Victor, Nicole, Michele
Profissão: cartorário e professor de educação física
Equipes: Associação Desportiva Ateneu Mansor
Projeto social dá oportunidades a jovens talentos:
Há 12 anos, o professor Léo Eduardo Mansor, em parceria com o Colégio Ateneu de Rio Preto, teve a ideia de desenvolver um projeto social com alunos e jovens da comunidade por meio do esporte."Eles me dão o suporte e eu presto trabalho voluntário. Dou aulas de judô para os alunos do colégio e jovens da comunidade", explica.A parceria entre o judoca e a escola foi tão bem sucedida que há cerca de 2 anos decidiram levar a ideia adiante, pondo em prática o "Projeto em Ação", que contempla garotos com bolsas de estudos. Léo treina crianças com mais de sete anos, garotas e jovens que se interessam pela modalidade e cobra delas disciplina nos estudos e no esporte. Por ele já passaram Tadaiti Ozati Junior, campeão brasileiro e paulista em 2000; Bruno Cesar Malagoli, bi-campeão paulista, campeão brasileira e campeão sul-americana entre 2001 e 2003. Tem ainda Igor Umbelino Sernajiot, um dos ganhadores da bolsa de estudos, campeão brasileiro; Fernanda Gomes, campeã mundial na categoria Master, de Atlanta e e Rafael Tremira, vice-campeã sul-americana. Para Léo, o esportes, quando entra na vida dos jovens, garante qualidade de vida e perspectiva de um futuro com dignidade.