Foi realizado na tarde deste domingo o sorteio das chaves do Campeonato Mundial Rio 2013. No evento, os presidentes da Federação Internacional de Judô, Marius Vizer, e da Confederação Brasileira de Judô, Paulo Wanderley Teixeira, deram as boas-vindas às delegações e autoridades presentes ao Rio de Janeiro. Falaram, também, o diretor técnico da FIJ, Vladimir Barta, o diretor de arbitragem da FIJ, Juan Barcos, o diretor de educação da FIJ, Mohamed Meridja, e Patrick Hickey, membro do Comitê Executivo do Comitê Olímpico Internacional.
Após o sorteio, todos os atletas e treinadores passaram a conhecer os adversários que estarão em seus caminhos no Mundial. Na categoria ligeiro (48kg e 60kg), os cabeças-de-chave Sarah Menezes e Felipe Kitadai ficam de “stand by” na primeira fase. Sarah já sabe que sua luta de estreia, na segunda fase, será contra a cazaque Aigul Baikuleva; já Kitadai ainda terá de acompanhar o desenrolar do combate entre o sul-coreano Kim Won Jin e o peruano Juan Postigos para conhecer o adversário de seu debute.
Na terça-feira vão aos tatames quatro brasileiros da categoria meio leve (52kg e 66kg). Deles, Érika Miranda e Charles Chibana encabeçaram suas chaves. Érika assiste à luta entre Esther Sandor, de Zâmbia, e Birgit Ente, da Holanda, para conhecer a adversária de seu debute; e Chibana estreia contra o equatoriano Israel Verdugo, na segunda fase. Já Eleudis Valentim luta logo na fase inaugural, sendo a argentina Abi Betsabe Cardozo Madaf sua opositora. Luiz Revite teve um sorteio difícil e, apesar de ter ficado em “stand by” na primeira fase, encara o cabeça-de-chave Cho Jun-Ho, da Coréia do Sul, em seu debute.
Os leves (57kg e 73kg) vão ao Maracanãzinho na quarta-feira. Entre as mulheres, o Brasil tem suas duas representantes na cabeça-de-chave. A adversária de Rafaela Silva, que saiu de “by”, na segunda fase virá da luta entre a húngara Katinka Szabo e a norte-americana Hana Carmichael. Ketleyn Quadros terá de esperar o final do combate entre outra húngara, Hedviq Karakas, e a britânica Nekoda Smythe Davis, para saber contra quem começa sua caminhada. Bruno Mendonça não “sobrou” e foi sorteado versus o chileno Felipe Cáceres logo na primeira fase.
Quem sobe aos tatames verde-amarelos do Maracanãzinho na quinta-feira são os meio médios (63kg e 81kg). Katherine Campos debuta contra a guatemalteca Yennifer Dominguez, logo na primeira fase. O outro meio médio brasileiro é o líder do ranking mundial Victor Penalber, que “folga” na primeira fase e encara Josateki Naulu, das Ilhas Fiji, em sua estreia.
Os competidores da categoria médio (70kg e 90kg) têm sua disputa na sexta-feira. Cabeça-de-chave, Maria Portela “sobra” na primeira fase e, na segunda, enfrenta a dinamarquesa Emilie Sook. Eduardo Santos também luta contra um escandinavo em seu debute, o sueco Joakim Dvarby.
Os meio pesados (78kg e 100kg) se espalham pela sexta-feira e pelo sábado. Na sexta, o feminino (78kg) vai aos tatames. A primeira colocada no ranking internacional da categoria, Mayra Aguiar, fica de “stand by” e espera a vencedora do confronto entre a venezuelana Keivi Pinto e a italiana Assunta Galeone, para conhecer sua adversária número um. O masculino (100kg) vai aos combates no sábado, quando Luciano Corrêa enfrenta o checo Michal Horak e Renan Nunes encara o alemão Dimitri Peters.
E, por fim, os pesados (+78kg e +100kg) juntam-se aos meio pesados e vão ao Maracanãzinho no sábado. Ambos os representantes brasileiros da categoria lideram seus respectivos rankings na contagem da Federação Internacional. Tanto Maria Suelen Altheman quanto Rafael Silva “sobram” na primeira fase. Suelen aguarda o fim da luta entre a argelina Sonia Asselah e a cazaque Gulzhan Issanova, para saber contra quem estreia; enquanto Rafael tem de assistir ao confronto entre o lituano Marius Paskevicius e o quirguiz Iurii Krakovetskii, a fim de conhecer o adversário de seu debute.
“Num sorteio de Mundial não dá para escolher adversário. Posso dizer que estamos bem preparados, que nossa preparação foi a melhor possível e que os atletas estão tendo todas as suas necessidades atendidas. Como eu tenho dito, o Mundial é uma competição que tem a mesma dificuldade da Olimpíada, mas um número de atletas bem maior, potencializando as chances de um tropeço. Nesse início de ciclo olímpico, importa muito ter uma base larga de atletas. Nós queremos conquistar seis medalhas, de quaisquer cores. Entendemos que por ainda estarmos a três anos dos Jogos Olímpicos a quantidade de medalhas é mais importante que a qualidade. Claro, se puder vir o ouro feminino, que seria um feito inédito, ficaremos muito felizes” disse o gestor de alto rendimento da Confederação Brasileira de Judô, Ney Wilson. “Fizemos um planejamento para colocar o maior número de atletas como cabeças-de-chave, pois assim a chance de ter os confrontos mais difíceis logo de cara diminui. Mas é claro que nem sempre funciona assim. O (Charles) Chibana e a Maria Suelen (Altheman) tiveram bons sorteios, os adversários mais difíceis ficaram do outro lado da chave. O Rafael (Silva), por sua vez, caiu em um quadrante duro”, concluiu Ney.
Nesta segunda-feira, às 10 horas, no Maracanãzinho, começam os combates da categoria ligeiro. A Cerimônia de Abertura será realizada no intervalo entre as eliminatórias e o bloco final.
Por: Assessoria de Imprensa da CBJ
Foto: Marcio Rodrigues/MPIX