quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Juliana Rodrigues fatura primeira medalha do Brasil no Mundial Sub 18


Nesta quinta-feira tiveram início as competições do Campeonato Mundial Sub 18, em Miami, no estado norte-americano da Flórida. E na categoria superligeiro, Juliana Rodrigues (ES) faturou a primeira medalha brasileira.

Juliana, menina criada em uma comunidade carente no Espírito Santo, pratica judô há apenas dois anos e meio. Neste breve espaço de tempo, a jovem capixaba já pode rodar Brasil defendendo o Espírito Santo, e o mundo, defendendo o Brasil. Campeã brasileira e pan-americana Sub 18, medalhista em duas etapas da European Cup, em Pitesti/ROM e Berlim/ALE, tudo isso aos 14 anos de idade, a prodígio segue treinando com o professor que a descobriu, Francisney Sperandio, além da treinadora da seleção feminina cadete, Danusa Shira.

“A gente fica emocionado... Vendo por tudo que a Juliana já passou, ela foi descoberta num projeto social numa zona carente de Cariacica (ES) e chegou num estágio muito avançado em um período de tempo muito curto. Independente do resultado que ela atingisse no Mundial, mesmo que a medalha não viesse, eu já estaria orgulhoso”, falou emocionado o sensei de Juliana, Francisney Sperandio.

A capixaba ficou em “stand by” na primeira luta, regalia conseguida após o título continental, o que a garantiu como cabeça-de-chave. Na segunda rodada, Juliana sofreu três Yukos para a japonesa, Honoka Yamauchi, que seria a campeã da categoria, e acabou perdendo. Mas na repescagem venceu a francesa Marine Gilly e se credenciou a lutar por um lugar no pódio. No combate decisivo, Juliana venceu Aniek Norder, da Holanda, por um Yuko e garantiu sua medalha de bronze.

"Busquei meu objetivo, que era a medalha. Foi para isso que vim ao Mundial. Agora vou manter o foco e o trabalho duro para conseguir outros resultados como este nas próximas competições", falou a medalhista brasileira.


“Estou muito orgulhosa da minha filha. Ela é uma menina muito guerreira, muito humilde. Uma campeã”, falou a mãe da atleta, Jociane Venâncio.


Os outros representantes do Brasil no dia não chegaram às disputas por medalha. Kainan Pires passou na primeira luta por Elnur Abbasov, do Azerbaijão, nas quartas-de-final da sua chave, por um wazari e um yuko. Mas na sequência, não resistiu ao forte atleta da Geórgia, Robinzon Beglarashvili, e acabou sofrendo o ippon faltando apenas dez segundos para o fim da luta. Beglarashvili foi à decisão e acabou ficando com a prata na categoria. O ouro foi para Natig Gurbanli, do Azerbaijão, e os bronzes ficaram com Amartushvin Bayaraa (MGL) e Jorre Verstraeten (BEL).


Já Thaís Kondo venceu a canadense Marie Bresson por ter tido menos punições mas caiu na decisão da chave diante da sul-coreana Kim Jaeryeong por ippon. Na repescagem, nova derrota, desta vez para Marusa Stangar (SLO) novamente por ippon. Marisa acabou ficando com o bronze. O título foi para a japonesa Mari Suzuki, a prata para a húngara Kincso Mihalovits e o outro bronze para Anastasya Turcheva, da Rússia.

Nesta sexta-feira, o Brasil será representado por Layana Colman (52kg / MS) e Rodrigo Lopes (60kg / RJ). No sábado, entram no tatame Gabriela Bittencourt (57kg / SP) e José Basile (73kg / SP). E no domingo, encerram a participação verde e amarela Aine Schmidt (70kg / SP); Ellen Furtado (+70kg / SP) e Hugo Praxedes (+90kg / SP). As lutas no Doral Legends Ballroom começam às onze da manhã no horário de Brasília e o bloco final (disputa por medalhas) às 18 horas.

Assessoria de Imprensa da Confederação Brasileira de Judô

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