“Quero ressaltar que o judô não é apenas um esporte para mim, é também minha filosofia de vida. Obrigado a todos que fizeram parte da minha história. Agora, minha missão é contribuir com toda experiência adquirida em todos esses anos”, escreveu em carta aberta publicada em seu perfil nas redes sociais.
Pombo explicou ainda que pretende seguir os passos de colegas de seleção que também aposentaram recentemente, como Felipe Kitadai, Charles Chibana, Leandro Guilheiro, Érika Miranda, Maria Portela e Maria Suelen Altheman, que viraram treinadores de clubes e seleções.
Para isso, buscou capacitar-se para a função e complementar seu conhecimento, mantendo o eterno espírito do faixa-branca, pronto a aprender coisas novas.
“Estou me preparando da melhor forma. Fiz o curso do COB, o Programa de Carreira do Atleta (PCA), estou finalizando um curso de gestão desportiva e de lazer com bolsa do COB também, além de finalizar a graduação em Educação Física”, pontuou o judoca que já conseguiu uma primeira oportunidade na área. “Já estou como treinador no Cicclo, que é do Flávio Canto, atuando como professor no Parque Esportivo da PUC do Rio Grande do Sul”, completa.
Além disso, ele foi convidado pela Federação Gaúcha de Judô para integrar a Comissão de Arbitragem estadual ao lado de Maria Portela, em uma iniciativa pioneira no Brasil.
De projeto social ao olimpo
A história de Alex Pombo no judô é também um retrato do poder de transformação social por meio do esporte. Natural de Guaratinguetá, São Paulo, ele conheceu o judô aos 12 anos, na vizinha São José dos Campos, no projeto social Olhar Futuro, liderado até hoje pelo sensei Jeferson Santos, que já revelou outros judocas para a seleção brasileira. Ele é, até hoje, o maior exemplo para os jovens alunos do projeto, sendo esse um de seus maiores legados no judô, o de inspirar as novas gerações do Olhar Futuro.
Aos 16 anos, mudou-se para o Projeto Futuro, na capital paulista, um dos maiores celeiros de talentos do judô brasileiro naquela época e foi galgando degraus com seu judô técnico e talentoso até chegar ao Minas Tênis Clube, onde alcançou o auge de sua carreira, chegando aos Jogos Olímpicos (Rio 2016) e Pan-Americanos (Toronto 2015). No caminho, conquistou medalhas em etapas de Grand Prix e Grand Slam do Circuito Mundial IJF, além dos dois ouros nos Campeonatos Pan-Americanos de Guayaquil (2014) e Edmonton (2015).
Após os Jogos do Rio transferiu-se para a Sogipa ao lado da esposa e também atleta olímpica Ketleyn Quadros, onde ficou até o final de sua carreira. A última competição de Alex Pombo pela seleção brasileira foi o Grand Prix de Montreal, em 2019, e, em 2022, ele lutou a última competição nacional, o Troféu Brasil Interclubes.
“Lekão”, o judô brasileiro te agradece por toda determinação, coragem e por sempre honrar o nosso judogi. Que os novos vôos te levem por um caminho de ainda mais sucesso!
Por: Assessoria de Imprensa da CBJ