quarta-feira, 31 de agosto de 2022

Judoca Atibaiense no Campeonato Mundial de Judô Sub18


No dia 23 de agosto, no aeroporto internacional André Franco Montoro em Guarulhos/SP, a judoca atibaiense Isabella Montaldi (Colégio Atibaia), atleta do São João Tênis Clube/Associação Paulo Alvim de Judô Atibaia/Secretaria de Esporte e Lazer da PEA, embarcou para a cidade de Sarajevo na Bósnia e Herzergovina, para disputar o Campeonato Mundial de Judô Sub18 e permaneceu com seu treinador Thiago Valladão Fernandes até o dia 29/08. Em sua trajetória iniciou superando a judoca da Grécia Alexandra Papagiannaki, na sequência foi superada pela francesa Dória Bousas, luta que Isabella iniciou com vantagem e foi superada por imobilização pela francesa, tirando assim a Atibaiense da disputa por medalhas. 


É bom enfatizar, a participação da representante Atibaiense se fez por ser a líder do ranking nacional, na categoria -63kg. Com o retorno da atleta, os treinamentos se intensificam na busca de novas e grandes conquistas para o judô de nossa cidade, estado e país. Mais uma atleta atibaiense no maior evento de sua categoria, engrandecendo o nome do judô Atibaiense, que desde 2010 sucessivamente, coloca atletas na seleção brasileira da modalidade. Isabella Montaldi é a décima segunda atleta formada na Associação Paulo Alvim de Judô Atibaia - APAJA, através dos Projetos Judô Sócio Educativo e Projeto Judô Atibaia Formação/Participação e Rendimento, que chega a disputar um Campeonato Mundial sub18 e sub21, entre essas doze participações, Atibaia já conquistou através de seus atletas cinco medalhas em Campeonatos Mundiais organizados pela Federação Internacional de Judô, sendo elas, três de prata e duas de bronze. Os resultados destas grandes conquistas são graças aos parceiros patrocinadores e investidores que acreditam nesta causa. 

Os judocas agradecem a CONCESSIONÁRIA ROTA DAS BANDEIRAS S.A., COLÉGIO ATIBAIA, HOTEL BOURBON ATIBAIA LTDA, ATIBAIA RESIDENCE HOTEL & RESORT, MTPLUS – consultoria em Segurança e Medicina do trabalho Ltda., CORA – Centro de Ortopedia e Reabilitação Atibaia Ltda., UNIMAGEM – Unidade de Diagnóstico por imagem São Francisco de Assis Ltda., UNIFAAT – Instituição Educacional Atibaiense Ltda., OFICIAL DE REGISTRO DE IMOVÉIS, PRIMEIRO TABELIÃO de Notas e de Protesto de Letras e Títulos da Comarca de Atibaia, SEGUNDO TABELIONATO de Notas e Protestos de Letras e Títulos, Estruturas Metálicas Ando, Centro Integrado Atibaia Odontologia, Fisioterapeuta Layla Nery, Viação Atibaia São Paulo, Academia R Sette, Preparador Físico Roger Fonseca, Psicóloga – Rubiana Shimoda, Centro Radiológico Atibaia – Alvinópolis, Escola de Inglês - iBox English – família Alaby, Imprensa de Atibaia e Boletim OSOTOGARI, que acreditam e apoiam o judô atibaiense.

Por: APAJA - Atibaia

ICI: Pesquisa Teoria do Esportismo


O Esportismo é composto por cinco competências – atitude, visão, estratégia, execução e team work – que podem ser apreendidas a partir do esporte e aplicadas na vida profissional de forma a serem obtidos os melhores resultados no trabalho. Este vídeo introduz o conceito da Teoria do Esportismo e demonstra as contribuições da transposição dessas competências para carreiras de sucesso e para a superação de desafios.

Acesse o link do vídeo completo: https://youtu.be/vtQ1Y54QRyc

Por: ASCOM ICI

segunda-feira, 29 de agosto de 2022

Com Luciano Corrêa, Instituto Reação inaugura polo em Minas Gerais


O Instituto Reação, Organização da Sociedade Civil que promove o desenvolvimento humano e a integração social por meio do esporte e da educação, lança seu primeiro polo em Minas Gerais, na próxima quinta-feira (01/09). A iniciativa faz parte do projeto de expansão do Instituto, que conta agora com 12 polos, sendo cinco fora do Rio de Janeiro. Em Belo Horizonte, o Instituto Reação terá o patrocínio da Vale, via Lei Federal de Incentivo ao Esporte, e parceria com o Instituto Arrasta, do campeão mundial de judô Luciano Correa.

A expectativa é atender, já na abertura, cerca de 240 alunos, muitos deles fruto do projeto social que o judoca desenvolvia na cidade mineira há 10 anos. Luciano Corrêa agora entra para o comitê diretivo do Instituto Reação, ao lado de Flávio Canto e outros membros, assim como aconteceu com o judoca David Moura, quando o Reação assumiu seu projeto social em Cuiabá, há dois anos.

“Está sendo muito especial para nós chegar em Belo Horizonte. Sempre acompanhamos o trabalho do Esporte Sem Fronteiras, depois como Instituto Arrasta e agora juntando forças com o Reação. O Luciano (Correa), o Andre (Fernandes) e todo o time são pessoas muito parecidas com a gente, que querem mudar o mundo, usando a força do judô para fazer este papel. A ideia é ficar ainda mais forte e gerar mais impacto. Então para a gente, a família aumentou”, conta Flavio Canto, Diretor e criador do Reação ao lado de seu técnico Geraldo Bernardes e amigos em 2003. “Além disso, temos uma história com a Vale de muitos anos e estamos retomando essa parceria, que só teve coisa boa, e agora em um lugar especial”, completa Flavio.

“Estou muito feliz com essa parceria. Começamos esse trabalho há 10 anos em Belo Horizonte com o objetivo de ajudar crianças que não têm oportunidades. Eu, Andre e um grupo de amigos Iniciamos o projeto pequeno, humildes e aos poucos a gente foi crescendo e ganhamos apoio de algumas empresas. Mas com a pandemia começamos a ter muita dificuldade para manter o projeto. Tínhamos demandas de alunos já classificados para o campeonato brasileiro e de outras atividades fora o judô, para o desenvolvimento dessas crianças, tanto dentro como fora do tatame. E foi com essa vontade de dar um passo a mais e trazer oportunidades para mais crianças, que nasceu a ideia da parceria com o Instituto Reação. E sei que com o Reação em BH, vamos desenvolver cada vez mais crianças, porque a cidade precisa disso, de projetos que ajudam quem não tem oportunidades a transformar suas vidas. Não poderia deixar de ressaltar o belo trabalho do Andre até aqui e ainda dizer o meu muito obrigado ao Flavio, ao David e a toda diretoria do Reação pela iniciativa”, comenta Luciano Corrêa, fundador do Instituto Arrasta, ao lado de Andre Fernandes.

“Acreditamos que o esporte pode ser uma importante ferramenta de transformação, ampliando as oportunidades para as comunidades, especialmente aquelas que enfrentam desafios e vulnerabilidades sociais. Patrocinamos projetos como esse buscando contribuir com a formação de crianças e jovens nos territórios de atuação da Vale”, afirma a gerente da Fundação Vale, Fernanda Fingerl.

A proposta é utilizar o esporte como instrumento educacional e de transformação social, formando faixas pretas dentro e fora do tatame. Através da metodologia de valores “Cicclo”, o Reação busca despertar o potencial dos seus alunos e famílias, visando superar desigualdades sociais. Ela trabalha três valores fundamentais presentes no Instituto: Construir, Conquistar e Compartilhar.

Desde 2003, o Instituto Reação já impactou mais de 20 mil vidas, conquistando mais de 2.500 medalhas nos últimos quatro anos, com cerca de 200 alunos com bolsas de estudos em escolas e universidades. Tem como propósito lutar contra a falta de oportunidade na largada e com o sonho grande de inverter as estatísticas que dizem que o futuro é decidido pela origem. Atualmente, o projeto atende cerca de 3 mil alunos, a partir de agora, em quatros estados do país.

Serviço:

Lançamento Polo BH do Instituto Reação

Data: 01 de Setembro

Horário: 10h

Local: Endereço: Avenida Bernardo Vasconcelos, 288 | Bairro Cachoeirinha, Belo Horizonte/MG

Informações para imprensa institutoreacao@institutoreacao.org.br

(21) 3681-2768

Por: Assessoria de Imprensa da CBJ / Foto:  Reprodução/institutoreacao.org.br


Cria dos Jogos da Juventude, Sarah Menezes é confirmada como embaixadora em Aracaju 2022


Um time estrelado de mulheres históricas para o esporte brasileiro foi convocado pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB) para atuarem como embaixadoras nos Jogos da Juventude, que acontecerão entre 2 e 17 de setembro, em Aracaju (SE). A campeã olímpica de judô Sarah Menezes, que despontou na competição estudantil, volta às origens, desta vez para inspirar a nova geração do esporte nacional. Ao seu lado estarão outras quatro lendas, que também brilharam em edições de Jogos Olímpicos: Janeth Aircain (basquete), Juliana Felisberta (vôlei de praia), Natalia Falavigna (taekwondo) e Virna Dias (vôlei). Outras três embaixadoras já haviam sido anunciadas pelo para acompanharem as competições e interagirem com os principais atletas jovens do país: Ana Marcela Cunha, Rebeca Andrade e Letícia Oro.

A relação de Sarah Menezes com os Jogos da Juventude é forte e comprova a relevância da competição na detecção de talentos para o esporte de alto rendimento. Representando o Piauí, foi campeã dos Jogos da Juventude em 2005 e 2007. Cinco anos mais tarde, se tornaria a primeira brasileira campeã olímpica de judô. “Ser embaixadora dos Jogos da Juventude relembra o meu início de carreira, minha entrada na seleção. Participei de várias edições, é uma competição muito representativa para minha vida de atleta. Agora, como embaixadora, será muito legal ter essa vivência com os jovens, estar próxima para eles poderem se espelhar na minha carreira. Passei pelo mesmo processo, é uma coisa verdadeira. Acredito que é muito importante o exemplo de atletas que chegaram na seleção brasileira e passaram pelos Jogos da Juventude”, afirmou a atual treinadora da seleção feminina principal de judô.

A principal função dos embaixadores é interagir com os jovens atletas, permitindo a troca de experiências com seus ídolos. Eles assistem as competições, entregam medalhas, alguns participam da cerimônia de abertura, de bate-papos e ações educativas. E certamente serão abordados para muitas selfies no Centro de Convivência da competição.

Além de Sarah, o COB já havia anunciado a presença em Aracaju de outras duas campeãs olímpicas, Ana Marcela Cunha e Rebeca Andrade, além da medalhista mundial de salto em distância Letícia Oro. Completam o elenco de embaixadoras Janeth Arcain, Juliana Felisberta, Natalia Falavigna e Virna Dias, todas com pódios olímpicos e muita história para contar. Inspiração não faltará aos mais de 4.100 atletas de até 17 anos de todos os estados do país que competirão em 16 modalidades nos Jogos da Juventude.

"Sarah Menezes é mais um grande exemplo de atleta de sucesso que passou pelos Jogos da Juventude, brilhando dentro e fora dos tatames. Além dela, outras mulheres, ídolos do esporte, estarão presentes, confirmando a força da mulher no esporte, demonstrando para as jovens que estarão em Aracaju, que o caminho olímpico vale a pena e é possível”, destacou Kenji Saito, diretor de Desenvolvimento e Ciências do Esporte do COB.

Três professores que fazem sucesso com seus vídeos na Internet também farão parte do grupo de embaixadores nos Jogos da Juventude para passar a mensagem da importância da união entre o esporte e a educação. São eles: Arthur Neto (física), Carol Mendonça (português) e Rodrigo Sacramento (matemática).

Os Jogos Escolares da Juventude são uma realização do Comitê Olímpico do Brasil (COB), com o apoio do Governo do Estado de Sergipe e da Prefeitura de Aracaju.

Fonte: cob.org.br  /  Foto: Alaor Filho - COB


domingo, 28 de agosto de 2022

Campeonato Mundial Sub-18 por Equipes Mistas: Nasce uma nova geração


O Campeonato Mundial de Judô de Sarajevo Cadetes 2022, na Bósnia e Herzegovina, terminou com a vitória da equipe francesa, que já havia dominado a competição individual. Não foi uma vitória fácil, longe disso, na verdade. Resumindo a semana inteira, podemos dizer que vimos, diante de nossos olhos, uma nova geração de campeões nascendo em um dos melhores campeonatos mundiais de cadetes organizados.

1 - França - 2 - Azerbaijão 3 - Uzbequistão e Türkiye

Alguns dirão que o roteiro do filme foi perfeito, outros que todos os ingredientes estavam lá para inventar um prato delicioso. O que é certo é que o torneio de equipes mistas do Campeonato Mundial de Judô de Sarajevo Cadetes 2022 correspondeu às expectativas, após um torneio individual que também manteve todas as suas promessas.

O troféu desenhado pela Herend Porcelana foi entregue pela Dra Lisa Allan, Membro do Comitê Executivo da Federação Internacional de Judô; as medalhas de ouro foram entregues pelo Dr. Branislav Crnogorac, Presidente da Federação de Judô da Bósnia & Herzegovina e Diretor Técnico da Comissão de Educação da IJF, as medalhas de prata foram entregues pelo Sr. Naser Al Tamimi, Tesoureiro Geral da Federação Internacional de Judô, as medalhas de bronze foram entregues pelo Sr. Ki-Young Jeon, Diretor de Árbitro Chefe da Federação Internacional de Judô e pelo Sr. Skander Hachicha, Diretor esportivo da Federação Internacional de Judô e Presidente da Federação de Judô da Tunísia
Desde os primeiros minutos da competição, sentimos que as partidas seriam muito disputadas e, embora certas delegações dominassem os primeiros dias de competição, tudo era possível. O que tivemos ao longo do dia foi intensidade e engajamento, abnegação e dedicação, motivação e espírito. Tínhamos tudo isso e muito mais.

O Time França, que terminou no topo do quadro de medalhas na competição individual, não teve o que costumávamos chamar de caminhada no parque, na verdade o oposto. Oposta por um time valente do Brasil no primeiro turno, o placar foi apertado (4-2), mas isso não mostra a intensidade das competições. Foi ainda mais intenso na segunda rodada, sendo necessário esperar o empate da categoria 'golden score', para a França se classificar para a semifinal, em detrimento da equipe Türkiye que acreditou nisso até o último segundo.

Time França, medalhistas de ouro

Na metade francesa do sorteio, a Tunísia criou uma surpresa ao eliminar a Geórgia, subindo, pela primeira vez em sua história, para as semifinais de um campeonato mundial. Na semifinal, os franceses não deixaram nenhuma chance para os tunisianos, embora este último não precisasse ter vergonha de seu desempenho, muito pelo contrário. Eles fizeram o que puderam. A França era mais forte, mas os atletas franceses ainda tinham que dar tudo para ganhar sua passagem para a final. Vimos no passado, equipes favoritas, construídas sobre judocas incríveis, mas incapazes de atuar quando reunidos. Não seria divertido se tudo fosse escrito com antecedência. Isso definitivamente não é e nunca será o caso no judô. Além disso, mesmo quando o time de cima ganha, isso nunca significa que é um pedaço de bolo. 

No topo do empate, na outra semifinal, a Ucrânia teve seu destino em suas mãos contra o Azerbaijão, mas com um placar de 3-3 após as seis primeiras partidas, tudo foi decidido através do golden score, para uma vitória do Azerbaijão.

Ao final das fases preliminares, Turkiye e Ucrânia e Uzbequistão e Tunísia disputavam as medalhas de bronze, enquanto França e Azerbaijão se enfrentaram na final.

FINAL: França x Azerbaijão

Com a campeã mundial cadete lançando sua equipe, a França teve uma boa oportunidade de marcar um segundo ponto imediato, já que não havia nenhum competidor azeri em -63kg, mas contra todas as probabilidades, foi Nigar Suleymanova quem jogou o novo cadete campeão mundial por ippon; 1-1. 

Com +81kg, pudemos sentir desde o início que não chegaria ao fim do tempo alocado e não tínhamos que esperar muito. Em uma situação de contra-ataque, Ramazan Ahmadov virou o poder em sua vantagem e mandou Matheo Akiana Mongo para o chão com um ippon maciço; 2-1 para o Azerbaijão.

Com um primeiro waza-ari de uma técnica o-uchi-gari, Aydan Valiyeva entrou perfeitamente na competição de -48kg. O resto foi uma soma de penalidades em vantagem de Valiyeva, que adicionou mais um ponto ao recorde do Azerbaijão; 3-1. A próxima luta, entre Nizami Imranov e Kelvin Ray poderia ter sido decisiva, mas depois de uma disputa impressionante, Imranov foi desclassificado para um mergulho na cabeça; 3-2. Tudo ainda era possível.

O suspense estava no máximo quando Thomas Puchly marcou ippon contra Ali Hajizada. A França estava de volta à disputa; 3-3. Era hora de desenhar a categoria de peso que decidiria o vencedor. Mais uma vez, tudo ainda era possível. -63kg apareceram no telão e isso significou lágrimas no lado do Azerbaijão, já que eles não tinham atleta nessa categoria.

Houve uma enorme explosão de alegria no lado francês, entendendo que a medalha de ouro era deles. A temporada de 2022 terminou da maneira perfeita para o Judô da França: Primeira nação durante a competição individual e agora cadete campeã mundial por equipes mistas. Uma nova geração nasce na França, mas também em muitos outros países do planeta.

Time França

+63kg: Nigar Suleymanova vs Grace-Esther Mienandi Lalou
+81kg: Ramazan Ahmadov vs Matheo Akiana Mongo
-48kg: Aydan Valiyeva vs Mel Le Cam
-60kg: Nizami Imranov vs Kelvin Ray
-63kg: - vs Doria Boursas
-81kg: Ali Hajizada vs Thomas Puchly

Equipe França com o troféu desenhado por Herend Porcelana

CONCURSOS DE MEDALHA DE BRONZE

Uzbequistão x Tunísia

Começar 2-0 para baixo não é fácil. Foi o que aconteceu com Tunísia, que só pôde apresentar quatro jogadores de judô. Matematicamente ainda era possível vencer, porém, as coisas ficaram ainda mais complicadas para a Tunísia quando Elnur Kholmuminov derrotou Karim Gharbi por um único waza-ari: não são mais erros permitidos.

Durante a partida entre Sardor Khimmatov e Ibrahim Hlaili, não houve suspense, Khimmatov marcando um primeiro waza-ari e concluindo um pouco mais tarde com uma imobilização para ippon. A colina era definitivamente muito alta para escalar para o time da Tunísia. Continua válido, porém, que eles fizeram um trabalho fantástico hoje em Sarajevo. Uzbequistão conquista a primeira medalha de bronze do dia.

Time Uzbequistão

+63kg: Barchinoy Kodirova vs -
+81kg: Elnur Kholmuminov vs Karim Gharbi
-48kg: Zarina Jamalova vs -
-60kg: Sardor Khimmatov vs Ibrahim Hlaili
-63kg: Khurshida Razzokberdieva vs Ons Romdhani
-81kg: Alisher Samanov vs Rayen Mejri

Türkiye vs Ucrânia

Logo no sino, Diana Semchenko marcou o primeiro ponto para a equipe Ucrânia, depois de uma disputa sem shido que parecia destinada ao golden score, mas no judô tudo é possível, especialmente a possibilidade de marcar no último segundo e foi isso que aconteceu. Semchenko empregou um belo ko-uchi-gari makikomi. A segunda partida foi para o golden score, depois de um impressionante primeiro quarto minuto, com Tataroglu e Kviatkowski marcando waza-ari cada. No início do golden score, Tataroglu marcou o ponto número um para a equipe Türkiye, com seu segundo waza-ari, levando-o para 1-1.

O segundo ponto para Türkiye foi vencido por Zeynep Betul Sarikaya após um longo golden score, concluindo com uma vitória shido; 2-1 para Türkiye. A liderança turca não demorou para que Nazar Viskiv rapidamente marcasse ippon com um juji-gatame perfeitamente executado; 2-2. Como em um jogo de ping-pong, o ponto seguinte foi novamente vencido por Türkiye com Gulzade Kormaz entregando um jogo muito bom contra Anna Oliinyk-Korniiko, que era claramente mais alta e mais poderosa, mas que não conseguia evitar a intensidade servida por Kormaz; 3-2. O último ponto foi para a Ucrânia; 3-3.

A vitória tinha que ser decidida entre Zeynep Betul Sarikaya e Anastasiia Levchenko em uma disputa de golden score. Depois de uma partida já intensa no tempo normal, quem ganharia? Levchenko se vingaria ou Sarikaya consolidaria sua primeira vitória? Tivemos a resposta rápido, quando Sarikaya jogou seu oponente com um seoi-nage para waza-ari quase imediatamente.

Como uma das competidoras mais leves da competição, ela é a estrela mais brilhante da equipe Türkiye hoje. Com esta medalha de bronze indo para Türkiye após a medalha de prata há algumas semanas na divisão júnior no Equador, isso confirma mais uma vez a boa forma do sistema de judô de Türkiye.

Equipe Türkiye

+63kg: Elif Baskut vs Diana Semchenko
+81kg: Ibrahim Tataroglu vs Nikita Kviatkowski
-48kg: Zeynep Betul Sarikaya vs Anastasiia Levchenko
-60kg: Omer Faruk Turgutlu vs Nazar Viskiv
-63kg: Gulzade Kormaz vs Anna Oliinyk-Korniiko
-81kg: Erman Gurgen vs Igor Tsurkan


Resultados (Equipes Mistas)

1 - França
2 - Azerbaijão
3 - Uzbequistão
3 - Türkiye
5 - Ucrânia
5 - Tunísia
7 - Canadá
7 - Geórgia

Por: Nicolas Messner - Federação Internacional de Judô

Campeonato Mundial Sub-18: Resultados do quarto dia


-70 kg: 
Temos repetido há vários dias: ser semeado nos cadetes não garante um curso fácil durante as rodadas preliminares. Não é que seja mais fácil para as outras faixas etárias, mas a falta de experiência dos mais jovens nem sempre lhes permite afirmar claramente seu potencial. Na categoria até 70kg, a semente número um, Shavon Gonzales (EUA) foi, portanto, eliminado prematuramente por um futuro semifinalista, Azhar Askhat (KAZ), que teve que se curvar nas mãos de Serena Ondei do time italiano. Oposição a Serena Ondei foi Barchinoy Kodirova (UZB), semeado número quatro aqui em Sarajevo.

A final começou com um estrondo, quando Kodirova lançou sua oponente com um enorme ura-nage, recompensado com ippon. O placar foi então alterado para waza-ari e um shido dado a Serena Ondei por usar seus cotovelos para evitar o pouso plano em suas costas. Não demorou muito tempo para Kodirova marcar novamente, desta vez com um seoi-nage levando seu oponente para o chão, sem uma tentativa de usar os cotovelos para proteção desta vez. 

Para se classificar para a disputa da medalha de bronze, Ingrid Nilsson (SWE) teve que passar por Lila Mazzarino (FRA). Ela então ainda tinha outra francesa para enfrentar, Teophila Darbes-Takam, para trabalhar por um lugar no pódio. Que começo para o bloco final de hoje; Apenas alguns segundos após o início da competição, Darbes-Takam foi para o ura-nage, que Ingrid Nilsson evitou e com uma mudança inteligente de direção e uma poderosa unidade para o chão ela marcou ippon para ganhar uma medalha de bronze rápida e clara.

Antes mesmo do início do bloco final, Mazzarino tinha sua medalha de bronze no bolso. Incapaz de aparecer no tatame por causa de um hansoku-make direto conquistado no início da competição, Azhar Askhat (KAZ) abriu as portas do pódio mundial para o judoca francês.


Resultados Finais (-70 kg)
1. KODIROVA Barchinoy (UZB)
2. ONDEI Serena (ITA)
3. NILSSON Ingrid (SWE)
3. MAZZARINO Lila (FRA))
5. DARBES-TAKAM Teophila (FRA)
5. ASKHAT AZHAR (KAZ)
7. GONZALEZ Shavon (EUA))
7. WERNERT Jael (AUT))

-90 kg:
A categoria foi especialmente espetacular desde o início da sessão da manhã, com judoca voador por todo o lugar e ippon sendo marcado um após o outro. Milan Bulaja era o principal favorito da competição e você podia ouvi-lo enquanto o público estava torcendo alto por ele. Isso não perturbou Abbos Shermakhmatov (UZB) na semifinal e ele derrotou Bulaja com estilo para entrar na final, onde ele foi adversário por Peter Kenderesi (HUN).

Abbos Shermakhmatov (UZB) vs Peter Kenderesi (HUN)
Um primeiro shido foi dado a Kenderesi, pois ele era menos ativo do que Shermakhmatov, que tentou várias vezes aplicar seu tokui-waza, soto-makikomi. No entanto, Kenderesi produziu uma das melhores sequências de bases de todo o campeonato. Ele começou com uma tentativa de sankaku-jime e depois usou-a para virar Shermakhmatov para prendê-lo pela primeira vez. 

Shermakhmatov escapou, mas Kenderesi manteve a pressão e o virou novamente para concluir a final com uma vitória magnífica. Havia habilidade envolvida lá e entregou um grande novo campeão mundial.

A Ucrânia teve mais uma medalha garantida como seus dois atletas em -90kg, Oleksii Boldyriev (UKR) e Nikita Yudanov (UKR), classificados para a primeira competição de medalhas de bronze. A questão é sempre, quanto dois competidores da mesma nação treinam juntos. Eles obviamente se conheciam e isso tornava as coisas um pouco difíceis de jogar.

Em primeiro lugar, há o fato de que você sabe o que o outro faz, mas também é uma questão de supremacia dentro de uma delegação, especialmente quando um receberá uma medalha, mas não o outro. Rapidamente, Yudanov foi penalizado com dois shido, colocando-o em uma situação difícil. Com menos de um minuto no relógio, o terceiro shido foi premiado, Boldyriev levando a medalha de bronze.

Na segunda disputa da medalha de bronze, Jesse Barbosa (BRA) enfrentou Milan Bulaja (SRB), com a multidão logo atrás dele. Os primeiros minutos foram uma fase de observação, mas com um minuto no relógio, Bulaja e Barbosa travaram uma batalha apertada que parecia decisiva e foi. Contra um grande uchi-mata, Barbosa tentou contra-atacar, mas Bulaja mudou para um o-goshi e jogou por ippon para ficar com a medalha de bronze.


Resultados Finais (-90 kg)
1. KENDERESI Peter (HUN)
2. SHERMAKHMATOV Abbos (UZB)
3. BOLDYRIEV Oleksii (UKR)
3. BULAJA Milão (SRB))
5. YUDANOV Nikita (UKR)
5. BARBOSA Jesse (BRA)
7. HARVENT Keziah (FRA))
7. BIZANS Maksims (LAT)

+70 kg:
Isso não é preciso dizer, mas a França é uma grande jogadora quando se trata de pesos pesados femininos. Por muitos anos, mesmo há décadas, o país esteve presente no cenário internacional com incríveis +78kg de atletas e aparentemente isso não vai acabar tão cedo. Com uma final 100% francesa, já podemos supor que esta não é a última vez que veremos competidores franceses se apresentando nessa divisão de peso. Há certamente muitas razões para isso, mas ter modelos nas outras categorias etárias está definitivamente ajudando. Assim foi Grace-Esther Mienandi Lahou (FRA) e Celia Cancan (FRA), que se classificaram para a final, garantindo que a França adicionaria mais uma medalha de ouro à sua já impressionante medalha em Sarajevo.

Mienandi Lahou foi rapidamente penalizada com um shido por um urso, mas então ela assumiu a liderança, lançou um o-soto distante, mas como ela caiu não foi devidamente controlado, então ela modificou sua posição para jogar seu companheiro de equipe em suas costas para ippon. Era ouro e prata para a França.

A primeira medalha de bronze se opôs a Nyam-Erdene Batsuuri (MGL) e Diana Semchenko (UKR). A partida pode ser summerizada como uma série de shido. Neste jogo, Semchenko ganhou três peças, enquanto Batsuuri apenas duas; a medalha de bronze para Batsuuri.

Com seu número muito pequeno comparado com outros atletas da categoria, Mika Nakano (JPN) teve que trabalhar duro para chegar ao bloco final. Contra Grace-Esther Mienandi Lahou, ela estava muito perto de alcançar o feito do dia e acabou de ser eliminada por penalidades. Ela ainda tinha uma chance de subir ao pódio, mas para isso teve que eliminar Jovana Stjepanovic (SRB).

Com apenas 71kg na balança, Nakano foi definitivamente o competidor mais leve da categoria, um quilo acima do limite é suficiente para competir na categoria e o mínimo que podemos dizer é que ela se saiu muito bem ao longo do dia. Usando seus movimentos precisos e suas habilidades técnicas de alcance, ela conseguiu marcar um waza-ari seguido de excelente controle em ne-waza para marcar ippon e ganhar a medalha de bronze.


Resultados Finais (+70 kg)
1. MIENANDI LAHOU Grace-Esther (FRA)
2. Célia CANCAN (FRA))
3. BATSUURI Nyam-Erdene (MGL)
3. NAKANO Mika (JPN)
5. SEMCHENKO Diana (UKR)
5. STJEPANOVIC Jovana (SRB))
7. SOLIMAN Safa (EGY)
7. SULEYMANOVA Nigar (AZE))

+90kg:
A última categoria do dia e a última da competição individual, antes das equipes mistas, opôs-se a Gabriel Santos (BRA) e John Jr Messe A Bessong (CAN), que se apresentaram perfeitamente ao longo das fases eliminatórias, derrotando a japonesa Dota Arai nas semifinais. Como sabemos, o Japão sonha em reconquistar o mundo dos pesos pesados masculinos. Ainda há trabalho a ser feito e, portanto, não foi em Sarajevo que isso aconteceria. Para esses jovens atletas ainda há um longo caminho a percorrer e muita coisa pode acontecer até mesmo no menor período, em termos de judô.

Na final, o primeiro a entrar em ação foi o Santos, sem pontuar. Após o segundo forte ataque de Santos, Messe A Bessong foi penalizado com um primeiro shido para a passividade. Tão espetacular durante a sessão da manhã, Messe A Bessong parecia ser um pouco neutralizado, talvez estressado pelo título em jogo. Com então dois shido em seu nome, o judoca canadense não teve outra escolha a não ser atacar e correr riscos. Ainda assim foi Santos quem tomou a iniciativa, mas após uma sequência à beira da área da competição, Messe A Bessong executou a jogada perfeita com um de-ashi-barai que deixou seu oponente de costas. Isso foi brilhante! Era ouro para John Jr Messe A Bessong.

A delegação turca tinha grandes esperanças para seu peso pesado, Ergin Recep, que claramente tinha potencial para ganhar a medalha de ouro. Talvez ele não acreditasse em si mesmo o suficiente. De qualquer forma, ele ainda conseguiu entrar na disputa da medalha de bronze contra Dota Arai (JPN).

Canhoto, Arai estava procurando o uchi-mata no início da partida, mas foi contra-dito para um primeiro waza-ari para Recep. Sem querer repetir o mesmo erro, Arai foi para o o-uchi-gari e desta vez foi mais bem sucedido; um waza-ari cada um. Enquanto isso, o judoca turco foi penalizado duas vezes, tornando as coisas um pouco complicadas. Recep então recebeu sua terceira penalidade e mandou a medalha de bronze para Arai e Japão.

A terceira dobradinha do dia, com a final +78kg e a disputa pela medalha de bronze em -90kg, duas judocas vieram do mesmo país; desta vez romênia, para competir por um lugar no pódio. Darius Georgescu e Bogdan Petre se agarraram, mas Georgescu estava imediatamente em perigo e recebeu dois de um possível três shido por falsos ataques. O terceiro veio um pouco mais tarde e isso significou uma medalha de bronze para seu companheiro de equipe Petre.


Resultados Finais (+90 kg)
1. MESSE A BESSONG John Jr (CAN)
2. SANTOS Gabriel (BRA))
3. ARAI Dota (JPN)
3. PETRE Bogdan (ROU)
5. ERGIN Recep (TUR)
5. GEORGESCU Darius (ROU)
7. STRAZDINS Janis (LAT)
7. ZHOLDOSHKAZIEV Emirkhan (KGZ))

Por: Nicolas Messner - Federação Internacional de Judô
Fotos: Lars Moeller Jensen, Tamara Kulumbegashvili

sábado, 27 de agosto de 2022

Piauiense Stanley Torres irá disputar Mundial de judô na Polônia


O judoca Stanley Torres irá representar o Piauí no Mundial Veteranos de Judô, que acontece na Polônia entre os dias 8 e 11 de setembro. Um dos principais nomes do estado, o piauiense retorna a uma competição internacional após oito anos. O ano de 2022 é o primeiro de Stanley na categoria Veteranos e os resultados não poderiam ser melhores, o judoca conquistou sete ouros na temporada sendo metade deles na nova categoria. 

“O ano de 2022 graças a Deus tem sido um ano maravilhoso. Das oito competições que eu participei ganhei sete medalhas de ouro, metade delas foram no veteranos, que a categoria que estou participando pela primeira vez e com a vitória no Panamericano, Sul americano, Open, Piauiense e Brasileiro a gente conseguiu a vaga para o Mundial e com ajuda da prefeitura de Teresina consegui a passagem. Será a realização de um sonho, pois são 25 anos de judô eu nunca pensei que depois de 25 iria conseguir isso, né? Achava que iria conseguir antes”, narrou Stanley Torres. 

As disputas na categoria Veteranos se soma a categoria Sênior, que Stanley também segue competindo. No Mundial, espera encontrar atletas que assim como ele tem fortes currículos nos tatames com experiencia recente em olimpíadas ou assim como ele tentando chegar até Paris-24. O Mundial Veteranos será a última competição nessa categoria e será usada para chegar afinado e confiante para as disputas de uma possível vaga na seletiva olímpica. 

Stanley voltou com três ouros no Pan-Americano realizado na Bahia

“Ainda tem o qualifying para seletiva olímpica, é uma competição nova que criarão porque alguns atletas de alto rendimento estão ficando de fora da seletiva olímpica. Esse ano pelo péssimo resultado que eu tive, pois foi a única competição que perdi por conta de lesão, excesso de treinos e de trabalho eu ficaria fora, estou a vários anos participando e agora vou ter mais essa chance através desse qualifying”, explicou o judoca piauiense. 

Nesses mais de 20 anos de judô quem sempre acompanhou Stanley foi o técnico Queiroz Filho e para ele o sucesso do atleta na categoria Veteranos era algo esperado. 

“O Stanley já é um sucesso na categoria adulto, vai continuar sendo inclusive esse ano ganhou o regional, ficou entre os sete primeiros no Brasileiro (Sênior) e já campeão Brasileiro adulto (no ano de 2017) e no veteranos a gente já sabia que ele iria ter um bom rendimento, mas a confiança dele é tão que ele conseguiu administrar o tempo dele como fisioterapeuta, policial militar, professor voluntário no ginásio de lutas (Sarah Menezes) e isso daí fez com que a própria federação incentivasse ele a lutar o veteranos”, contou o técnico Queiroz Filho. 

O Mundial de judô acontece nos dias 8 a 11 de setembro, em Krakow, na Polonia. Stanley Torres será o único piauiense na competição internacional. 

Por: Pâmella Maranhão - CidadeVerde.com

MUNDIAL SUB-18 - Gabriel Santos é prata e mantém tradição brasileira de pódio nos pesados


O judô brasileiro foi ao pódio, neste sábado, 27, pelo segundo dia consecutivo no Campeonato Mundial Sub-18, que acontece em Sarajevo, na Bósnia e Herzegovina. O peso pesado Gabriel Santos venceu quatro lutas por ippon e parou apenas na final diante do canadense John Jr Messe Bessong.

“Não foi o resultado esperado. Mas, estou feliz por ter alcançado os meus objetivos esse ano. Foi um ano muito difícil. Algumas derrotas me deixaram com gosto amargo na boca, mas acho que, para essa medalha, consegui me redimir”, resumiu o mais novo medalhista mundial do judô brasileiro. 

A campanha de Gabriel no Mundial Sub-18 começou com vitória por ippon sobre o americano Isaac Zucker. Nas oitavas, ele bateu o senegalês Libasse Ndiaye, também por ippon e, nas quartas, repetiu a pontuação derrubando Janis Strazdins, da Letônia. Na semifinal, Gabriel projetou o romeno Bogdan Petre duas vezes (waza-ari) para assegurar seu lugar na grande final.  

O brasileiro dominou boa parte do combate, projetando o adversário e ficando muito perto da pontuação. O volume de ataques rendeu duas punições ao canadense. Apesar da vantagem, Gabriel acabou sendo contra-atacado por Bessong e caiu de ippon, adiando o sonho do seu primeiro título mundial.  

Gabriel Santos tem apenas 16 anos e é atleta do Instituto Reação, do Rio de Janeiro. O Mundial de Sarajevo foi sua primeira competição internacional Sub-18 e o resultado mostra o quão promissor é esse jovem atleta. No Brasil, ele conquistou o título brasileiro juvenil nesta temporada, além das pratas no Meeting Nacional, na Taça Brasil Sub-21 e na Seletiva Sub-18, no início do ano.  

Além dele, o Brasil contou com outro peso pesado em Sarajevo, Vitor Fagundes, que venceu um Georgiano na estreia, mas caiu para um judoca do Quirguistão, nas oitavas. Vitão é outro jovem talento que também está sendo trabalhado para a renovação do peso pesado no Brasil. Ele é o atual campeão pan-americano Sub-18, título conquistado sobre Messe Bessong, adversário de Gabriel na final do Mundial.  

Esses resultados recentes dos dois indicam o caminho da renovação de uma das categorias mais tradicionais do judô brasileiro, o peso pesado, que trouxe medalhas olímpicas e mundiais nos últimos ciclos com David Moura e Rafael Silva.  

Quinto lugar para Jesse Barbosa  

O Brasil teve ainda o meio-pesado Jesse James Barbosa (90kg) na disputa pelo bronze, neste sábado, 27. Judoca da Umbra, do Rio de Janeiro, Jesse começou bem em Sarajevo, com um ipponzaço sobre Khalil Guzanai, da Tunísia, e passou por Hazem Hosan, do Egito, nas oitavas.  

Em seguida, caiu para Peter Kenderesi, da Hungria, que se sagrou campeão ao final do dia, e não precisou lutar a repescagem, já que o adversário havia desclassificado da competição. Na luta pelo bronze, Jesse foi superado por ippon por Milan Bulaja, da Sérvia, e fechou sua participação em quinto lugar.  

Nas chaves femininas, o Brasil teve Mari Silva (70kg), Emily Santos (+70kg) e Anna Soares (+70kg), que não avançaram em suas chaves.  

O Mundial continua neste domingo, com a competição por equipes mistas e a seleção brasileira vai em busca de mais uma medalha. 

Por: Assessoria de Imprensa da CBJ


sexta-feira, 26 de agosto de 2022

MUNDIAL SUB-18 - Bianca Reis (57kg) conquista a prata e firma-se como uma das grandes revelações do judô brasileiro em 2022


A judoca brasileira Bianca Reis, 17, conquistou, nesta sexta-feira, 26, a medalha de prata no Campeonato Mundial Sub-18, que acontece em Sarajevo, na Bósnia e Herzegovina.  Após quatro vitórias por ippon nas preliminares, Bianca sofreu o único revés logo na final em combate duro com a indiana Linthoi Chanambam, que conquistou a primeira medalha de ouro da Índia em Mundiais de Judô.  

O vice-campeonato mundial juvenil coroa o grande ano da jovem judoca do Distrito Federal, que treina na Academia Corpo Arte de Cultura Física, com o sensei Oswaldo Navarro, e a credencia como um dos nomes mais promissores da nova geração do judô brasileiro. Além da prata no Sub-18, ela conquistou também o quinto lugar no Mundial Sub-21, a prata na Copa Sub-21 de Paks (Hungria) e os títulos pan-americanos Sub-18 e Sub-21.  

Quatro vitórias no “chão” 

Em Sarajevo, Bianca demonstrou muita habilidade nas técnicas de ne-waza (luta no chão) e finalizou suas adversárias com uma sequência de imbolizações, estrangulamentos e chaves de braço, vencendo todas as suas quatro lutas por ippon até a final. Ela passou por Maira Silveira (POR), Gaia Stella (ITA), Anna Gulite (LTA) e Savita Russo (ITA).  

Na decisão, a brasileira encarou a indiana Linthoi Chanambam que, apesar de vir de um país com pouca tradição no judô, vem tendo resultados relevantes, como o ouro no forte campeonato asiático sub-18 e a prata no mesmo evento, mas na classe sub-21.  

A luta começou com as duas atletas se estudando muito, já que nunca haviam se enfrentado. Chanambam abriu um waza-ari logo no primeiro minuto e fez Bianca ir para cima. Em duas ocasiões, a brasileira conseguiu a projeção, mas, por decisão da arbitragem, as quedas não foram validadas. Em uma última tentativa já nos segundos finais, Bianca tentou um estrangulamento, mas a indiana defendeu-se e assegurou o título inédito para Índia.  

“Era um sonho meu ter uma medalha em Mundial. Foi meu primeiro Mundial juvenil, o segundo contando o Júnior. E eu estava com essa sede de ficar com uma medalha, porque eu peguei quinto (lugar) no Júnior, não tive medalha, mas foi uma experiência incrível. Eu vim para cá com a cabeça de “vai ser uma competição difícil também”. Fiz cinco lutas duríssimas e agora é agradecer todo mundo que treina comigo sempre, essa era a competição alvo do ano”, resumiu a brasileira.  

5º lugar para Antônio Neto (73kg)

Nas chaves masculinas, Antonio Neto (73kg) chegou à disputa pelo bronze, mas deixou a medalha escapar num detalhe na luta contra o Georgiano Giorgi Mishvelidze. O brasileiro começou melhor e forçou duas punições ao adversário. A terceira daria a vitória a Antonio, mas Mishvelidze conseguiu derrubar o brasileiro por ippon, no tempo extra, e ficou com a medalha.  

Outros três judocas brasileiros também lutaram nesta sexta. Matheus Guimarães (81kg), Francisco Gorgulho (81kg) e Isabela Montaldi (63kg) venceram suas primeiras lutas, mas não conseguiram avançar nas chaves.  

No sábado, o Brasil terá outros seis judocas em ação a partir das 6h da manhã, com finais às 11h. Acompanhe ao vivo pelo live.ijf.org 

Por: Assessoria de Imprensa da CBJ.


Campeonato Mundial Sub-18: Resultados do terceiro dia


-57 kg:

As fases eliminatórias da categoria se assemelhavam fortemente a um jogo de eliminação. Não foi bom ser o favorito hoje na categoria -57kg. Fidan Alizada (AZE), semeado número um, foi eliminado na primeira rodada. Gaia Stella (ITA), número 2, foi eliminada na segunda rodada e assim por diante. Nesse contexto, a judoca francesa Emma Melis viu uma estrada aberta para a final, mas isso sem contar com a performance de Linthoi Chanambam (IND). Foi, de fato, o último que obteve seu ingresso para a última partida, onde foi oposta pela brasileira Bianca Reis, ela mesma uma totalmente estranha.

Foi uma bela oportunidade para a Índia ganhar uma medalha de ouro no campeonato mundial, especialmente depois de uma grande semifinal onde ela executou um perfeito o-uchi-gari. A final começou muito bem para Linthoi Chanambam, que marcou um waza-ari muito bom. Um momento difícil começou, porém, como ela tinha que manter essa vantagem viva. Apesar da incrível pressão que teve sobre os ombros e um par de shido mais tarde, ela poderia comemorar uma medalha de ouro histórica para a Índia; a primeira medalha de qualquer cor e em qualquer categoria etária a nível mundial. Parabéns campeão!

A primeira disputa pelo terceiro lugar no pódio foi contra Julia Bulanda (POL) e Savita Russo (ITA). Desde o início da competição, temos visto muitas técnicas de queda das mangas, que às vezes podem marcar, mas muitas vezes são penalizadas como falsos ataques.

A luta entre Bulanda e Russo começou com alguns deles e Bulanda foi penalizado com um shido. Depois de um bom trabalho no chão, depois de ter extraído sua perna, Savita Russo então prendeu seu oponente por um waza-ari. Ela então só tinha que ficar no controle até o fim para desfrutar desta medalha de bronze.

Anna Gulite (LAT) e Emma Melis (FRA) se classificaram para a segunda luta para a medalha de bronze. Apesar de ser a favorita desta luta, Emma Melis não parecia estar em sua melhor forma como Anna Gulite dominou-a fisicamente, mas com menos de um minuto para ir, foi Gulite que recebeu a primeira penalidade da partida, seguido por um para Melis por um ataque falso.

Deve-se notar que ao longo da competição até agora, temos visto pouquíssimas partidas estratégicas. Cadetes estão indo para ippon e isso é muito bom de ver. No entanto, alguns cadetes e talvez, além disso, alguns de seus treinadores ainda não estão totalmente acostumados com as regras e alguns erros vieram disso. Enquanto isso, o judoca francês foi penalizado pela segunda vez quando o golden score começou. Uma terceira penalidade concedida a Melis ofereceu a medalha de bronze para Gulite.


Resultados Finais (-57 kg)
1. CHANAMBAM Linthoi (IND)
2. REIS Bianca (BRA)
3. RUSSO Savita (ITA)
3. GULITE Anna (LAT)
5. BULANDA Julia (POL)
5. MELIS Emma (FRA)
7. ABDIROVA Dana (KAZ)
7. GANBAT Munkhtuya (MGL)

-73kg:

Keito Kihara (JPN) não teve uma primeira competição fácil contra o ex-número 1 do mundo e atual número 4 do ranking mundial, Mihajlo Simin (SRB). Foi muito equilibrado e teria sido preciso muito pouco para a partida mudar em favor do sérvio. O dia, portanto, prometeu ser difícil para Kihara. No entanto, foi com puro estilo de judô japonês que ele passou todas as rodadas seguintes sem incidentes para chegar à final, eliminando o número um do mundo, Giorgi Mishvelidze (GEO) nas semifinais. Não foi seu último georgiano para o dia, pois na final ele enfrentou Luka Javakhishvili, que não estava entre os favoritos da competição. Neste nível, no entanto, sabemos que tudo pode acontecer.

Foi uma partida apertada, nenhum dos dois competidores foi capaz de jogar. Foi tenso, foi difícil, mas no final foi Keito Kihara quem ganhou o título mundial como Luka Javakhishvili foi desclassificado por aplicar uma técnica proibida. Durante um contra-ataque, ele enrolou a perna na perna de Kihara, o que pode ser perigoso. Hansoku make foi merecido como foi o título para Kihara. Foi um dia difícil no escritório para ele, mas com uma bela conclusão.

Em uma categoria particularmente disputada que mostrou ao longo da temporada que muitos atletas poderiam conquistar o pódio, Samariddin Muxibiddinov (UZB) e Joshua De Lange (NED) ofereceram a si mesmos uma oportunidade de subir ao pódio, mas De Lange nunca realmente entrou na partida, catapultado para o chão por um enorme ura-nage. Foi uma medalha de bronze para Samariddin Muxibiddinov.

Na disputa pela segunda medalha de bronze encontramos Antonio Medeiros Neto (BRA) e Giorgi Mishvelidze (GEO) prontos para ganhar uma medalha. Medeiros Neto tinha, quase, como seu adversário tinha dois shido em seu nome e o terceiro era sinônimo de desqualificação, mas novamente, no judô tudo é possível. No golden score foi, eventualmente, Mishvelidze que marcou ippon com um contra-ataque no momento certo. A medalha de bronze foi para a Geórgia.


Resultados Finais (-73 kg)
1. KIHARA Keito (JPN)
2. JAVAKHISHVILI Luka (GEO)
3. MUXIBIDDINOV Samariddin (UZB)
3. MISHVELIDZE Giorgi (GEO)
5. DE LANGE Joshua (NED)
5. MEDEIROS NETO Antonio (BRA))
7. ALTAY Akbar (KAZ)
7. TSATSALASHVILI Lasha (CAN)

-63kg:

Que dia desafiador para as melhores sementes; o grupo -63kg também não escapou da regra. Hoje, ser o número um do mundo não garantiu nada e às vezes nem sequer abriu as portas para o bloco final. Doria Boursas (FRA) sofreu com isso, assim como Emily Daniela Jaspe (EUA), Khurshida Razzokberdieva (UZB) e Marjona Nurulloeva (UZB), todas eliminadas prematuramente. Na ausência dos favoritos, Türkiye, mais uma vez, puxou todas as paradas e qualificou Sinem Oruc para enfrentar Franziska Schloegl (AUT) na final.

Depois de um primeiro alerta vindo do lado austríaco e um waza-ari que acabou sendo cancelado, foi Sinem Oruc quem ganhou o título com um poderoso o-uchi-gari, fantasticamente executado. A medalha de ouro foi para Sinem Oruc e Türkiye. Não dissemos que Türkiye estava ganhando força? Esta é a prova disso. Türkiye está em órbita.

Lenka Tomankova (SVK) e Sagda Ghonim (EGY) se classificaram para lutar pela primeira medalha de bronze. Tomankova tentou alguns ataques, só para sentir seu oponente para fora. O último ataque foi então tremendo; um uchi-mata maciço eo jogo tinha acabado. Foi um belo ippon e uma medalha de bronze para Tomankova.

Na segunda luta pela medalha de bronze foi Khurshida Razzokberdieva (UZB) que enfrentou Emily Starzer (AUT). A partida foi tão rápida quanto a anterior, Khurshida Razzokberdieva marcando um ippon maciço com um tani-otoshi.


Resultados Finais (-63 kg)
1. ORUC Sinem (TUR))
2. SCHLOEGL Franziska (AUT))
3. TOMANKOVA LenKA (SVK)
3. RAZZOKBERDIEVA Khurshida (UZB))
5. GHONIM Sagda (EGY)
5. STARZER Emily (AUT))
7. JASPE Emily Daniela (EUA))
7. KOH Euna (KOR)

-81kg:

Assim como os -57, no joguinho de eliminação das sementes de topo, a categoria -81kg não ficou de fora. Foi Gor Karapetyan (ARM) quem se saiu melhor, se classificando brilhantemente para a final. No topo do sorteio, Alisher Samanov não era esperado em tal festa, mas foi ele quem finalmente se qualificou para encontrar Karapetyan para a concessão do título mundial.

Havia um sentimento no local de que a final não iria para o tempo integral, mas com apenas um minuto no relógio, havia um waza-ari cada, ambos atacando sem parar. O fato é que ele foi para o gongo final e fomos convidados para desfrutar do balé desses dois gatos por um pouco mais de tempo. Eles atacaram e defenderam simultaneamente em uma batalha incrível. Foi finalmente Gor Karapetyan que marcou novamente para vencer e adicionar mais um país à lista de nações que ganharam medalhas de ouro.

Panagiotis Kyvelidis (GRE) manteve o fogo durante todo o dia. Sem dúvida, faltou algo para impedi-lo de chegar à final. Ele, no entanto, se qualificou para enfrentar Dusan Grahovac (SRB) pela medalha de bronze. Foi uma partida difícil para Kyvelidis, pois Grahovac teve todo o apoio do público e definitivamente desempenhou um papel. Sob os hurrahs, Grahovac alfinetou seu oponente por ippon e bronze.

Thomas Puchly (FRA) não se classificou para a final como seus companheiros de equipe no início da competição, mas ele estava presente para uma luta pelo bronze contra Igor Tsurkan (UKR). Este último rapidamente levantou as mãos em comemoração depois que ele obteve a submissão com um juji-gatame, mas o ippon foi cancelado, uma vez que veio de uma combinação direta de tomoe-nage e juji-gatame, o que não é permitido; deve haver uma separação entre as duas técnicas.

Independentemente da revisão e mudança de pontuação, os competidores continuaram com o mesmo ritmo alto, mas Tsurkan cometeu um grande erro que Puchly usou para prendê-lo por waza-ari. Ippon teria sido bom para o competidor francês porque esse foi o último erro de Tsurkan. Ele então passou a marcar um primeiro waza-ari, seguido por um segundo que veio logo após uma chamada de "companheiro", mas ele finalmente concluiu com um segundo waza-ari para atribuir a partida. Que competição soberba! O bronze foi para Igor Tsurkan, da Ucrânia.


Resultados Finais (-81 kg)
1. KARAPETYAN GOR (BRAÇO))
2. SAMANOV Alisher (UZB)
3. GRAHOVAC Dusan (SRB))
3. TSURKAN Igor (UKR)
5. KYVELIDIS Panagiotis (GRE)
5. PUCHLY Thomas (FRA))
7. BAGISHOV Jamal (AZE)
7. SANSONETTI Francesco (ITA)

Por:  Nicolas Messner - Federação Internacional de Judô
Fotos: Lars Moeller Jensen e Tamara Kulumbegashvili

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