domingo, 3 de outubro de 2021

FIJ: Ser um júnior


Ser júnior é dizer adeus à adolescência e se apresentar à maturidade. Está terminando a faculdade e procurando uma universidade, deixando a casa da família, abrindo uma primeira conta no banco, votando e comprando um carro. É muito mais do que uma transição; é o momento de tomar uma decisão fundamental pela primeira vez. Às vezes dá certo, às vezes dá errado. Esta é a vida. A mesma coisa acontece no judô.


Ser junior é estar no limiar do sério, do profissional. É aqui que você deve escolher entre ser mais um ou buscar a excelência. O mundo dos profissionais do judô não difere de nenhum outro esporte do ponto de vista competitivo. Muitos tentam, mas poucos chegam onde todos sonham. Ser campeão, na melhor das hipóteses, medalhista se tudo correr bem, ou não ganhar nada, é o que separa os melhores dos demais. Isso não é novo. O que diferencia o judô, sua marca registrada, é a educação. Dito assim, pode soar como propaganda ou clichê, mas não significa que esteja errado. O judoca junior quer ser senior e para bater na porta da mansão do World Judo Tour teve que suar muito, aprender o código moral de uma especialidade tão artística quanto marcial. Uma medalha, em qualquer categoria, é a soma de muitas horas de esforço e sacrifício, respeito às regras e ao adversário, um espírito de luta que cada vez menos se vê no nosso dia-a-dia. Porém, quando os juniores se despojam de sua inocência, porque aspiram à grandeza, eles se encontram no sopé da montanha porque a categoria superior é outra. Um título mundial ou olímpico significa ir para a cama cedo e acordar cedo, treinar muito, comer bem e manter uma postura irrepreensível. É muito complicado. É desistir de uma parte da juventude. É preciso ter um caráter especial para chegar ao fim e o fim é sempre o começo de algo novo. porque aspiram à grandeza, encontram-se ao pé da montanha porque a categoria superior é outra. Um título mundial ou olímpico significa ir para a cama cedo e acordar cedo, treinar muito, comer bem e manter uma postura irrepreensível. É muito complicado. É desistir de uma parte da juventude. É preciso ter um caráter especial para chegar ao fim e o fim é sempre o começo de algo novo. porque aspiram à grandeza, encontram-se ao pé da montanha porque a categoria superior é outra. Um título mundial ou olímpico significa ir para a cama cedo e acordar cedo, treinar muito, comer bem e manter uma postura irrepreensível. É muito complicado. É desistir de uma parte da juventude. É preciso ter um caráter especial para chegar ao fim e o fim é sempre o começo de algo novo.

O mundial de juniores é algo como o último exame, mas um teste onde o mais importante é ser introspectivo. Independentemente do resultado, é hora de decidir o tipo de vida que você deseja levar. Alguns descobrirão que não têm o talento ou a força mental para se dedicar mais dez anos a um esporte que exige disciplina. Ninguém é campeão por acaso; no judô isso não acontece. Você tem que merecer e o nível de demanda é extremo. Outros decidirão continuar sabendo que nunca serão os melhores, mas são motivados pelo amor por um esporte que é também filosofia de vida, acima de tudo. Com o tempo outros se tornarão campeões, alguns serão referências e um punhado deles se tornarão lendas do judô.

OZBAS Szofi (HUN)

É por isso que ser um júnior é um momento tão especial; emocionante e preocupante ao mesmo tempo. Sempre há pessoas inconscientes ou imaturas que não digerem a importância do momento e acabam se chocando contra a parede da decepção. É para isso que serve a educação ministrada nos dojos; para se levantar e continuar caminhando. Ser júnior é renunciar naturalmente à infância, confiar no instinto e exercer o livre arbítrio. É hora de se julgar, sem máscaras ou desculpas. É uma transparência absoluta porque você tem que se olhar no espelho.

Este ano o espelho está em Olbia. Este ano será uma seleção natural mais implacável. Aqui veremos se a pandemia deixou consequências na determinação das novas gerações, se os valores do judô se impõem no ambiente decadente de uma sociedade atormentada. Não ousamos citar nomes, seria muito temerário, mas já sabemos que, se apenas um desses jovens se profissionalizar, o judô terá vencido e o mundo terá vencido também. A boa notícia é que a experiência nos diz que haverá muito mais de um.

Fotos: Gabriela Sabau e Emanuele Di Feliciantonio


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