O Brasil fechou as disputas individuais do Campeonato Mundial Júnior, de Olbia, na Itália, com três medalhas de bronze, todas elas em categorias femininas. Rafaela Batista, de 18 anos, Luana Carvalho, 19, e Eliza Ramos, 18, arremataram os bronzes do Brasil no evento e despontaram como potenciais. Na avaliação de Andrea Berti, técnica da seleção feminina Sub-21, os resultados, vindos de atletas tão jovens, superaram as expectativas e apresentaram para o judô brasileiro novos nomes que devem entrar no processo rumo aos Jogos Olímpicos de Paris 2024.
“Esse resultado superou nossas expectativas, porque não tínhamos muitas referências, nem das nossas atletas, nem das de fora, com esse tempo que ficamos parados sem competir. Acredito que para a Rafaela Batista e para a Eliza Ramos foram as melhores competições da vida delas. Competiram super bem. E são atletas novas. Rafaela e Eliza estão em primeiro ano de Júnior, Luana no segundo. São atletas que já estão melhores preparadas para o processo rumo a Paris 2024. Quem não chegar em Paris, com certeza, buscará Los Angeles 2028”, projetou a treinadora citando as três medalhistas de Olbia.
O tempo sem competição para a classe Júnior foi longo e foi o maior desafio enfrentado pela comissão técnica das seleções de base para preparar os atletas para o retorno às competições. Para se ter uma ideia, a classe Juvenil (Sub-18) até hoje não retomou os eventos internacionais.
Como alternativa, a CBJ conseguiu criar um ambiente seguro e controlado para treinamentos de campo em formato “bolha”. Dessa forma, os principais atletas do Brasil reuniram-se mensalmente para campings no centro de treinamento em Pindamonhangaba, São Paulo, onde foram observados pela comissão técnica até formarem a equipe que disputou o Campeonato Pan-Americano Júnior, em setembro.
Foi a partir dessa observação dos técnicos durante os treinamentos que duas, das três medalhistas, ganharam uma oportunidade na seleção.
“Na minha avaliação de treinamento, eu gostei e apostei na Rafaela e na Eliza como dobras desde o Pan-Americano. Tínhamos pensado nelas mais a longo prazo, mas já trouxeram resultado. Ficamos muito felizes com isso”, explica Berti.
Para a treinadora, a paralisação das competições durante a pandemia ofereceu, por outro lado, mais tempo de treinamento e contato com as atletas, o que foi fundamental para consolidar as estratégias técnico-táticas da equipe, compensando a falta de competição.
“O alinhamento com os clubes, a troca de informações para que dessem continuidade ao trabalho quando voltassem para casa também foi um processo muito importante”, completa.
A seleção voltará ao tatame neste domingo, 09, de olho em mais uma medalha na competição por equipes mistas. As preliminares começam às 5h e as finais serão a partir das 11h. O Brasil estreia nas oitavas, contra o Quênia.
Por: Assessoria de Imprensa da CBJ
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