segunda-feira, 29 de novembro de 2021

Judô brasileiro finaliza Pan de Cali com 11 medalhas e cinco vagas em Santiago 2023


A seleção brasileira Júnior de Judô brilhou nos inéditos Jogos Pan-Americanos Sub-21 de Cali e retorna ao Brasil, nesta segunda, 29, com 11 medalhas na bagagem. Foram seis ouros, uma prata e quatro bronzes conquistados pelo judô brasileiro, que manteve a hegemonia continental na modalidade, tanto nas disputas individuais, liderando o quadro geral, quanto na competição por equipes mistas que teve o time brasileiro como grande campeão. De quebra, os cinco atletas que foram campeões no individual garantiram vagas para representar o país nos Jogos Pan-Americanos de Santiago 2023, na classe sênior.  

“A gente bateu a nossa meta, que era de cinco ouros e demos um passo importante na transição, pois garantimos que cinco atletas jovens participem de Santiago em categorias que são chave para nós, como 73kg, 70kg, 78kg e 100kg. Gostei muito também da atitude dos atletas na competição por equipes. Foi algo muito positivo. É uma nova competição que a gente tem que trabalhar porque, agora, é a 15ª medalha olímpica. Gostaria de aproveitar e agradecer ao Comitê Olímpico do Brasil por todo o suporte à nossa delegação. O atendimento em todos os serviços foi impecável: alimentação, hospedagem, transporte, departamento médico, logística de protocolo, tudo feito com muito cuidado para que a gente tivesse a melhor vivência nesses Jogos”, avaliou Marcelo Theotonio, gerente das equipes de transição da CBJ, chefe de equipe do Judô em Cali. 

A campanha do judô brasileiro em Cali começou na sexta-feira, já com quatro medalhas. Aléxia Nascimento (48kg) e Gabriel Falcão (73kg) foram campeões em suas categorias, enquanto Nauana Silva (63kg) e Matheus Pereira (66kg) faturaram medalhas de bronze. Thayane Lemos (57kg) deixou o bronze escapar por muito pouco e ficou em quinto lugar.  

“Eu fico muito feliz em ter sido a primeira atleta no judô a conquistar uma medalha de ouro nos jogos Pan-Americanos Júnior de Cali. Vai ficar marcado para mim, porque é um momento histórico”, comemorou Aléxia Nascimento. “Foram lutas muito difíceis e complicadas. Às vezes o jogo não batia, principalmente na final onde eu comecei em desvantagem porque levei dois shidos. Mas tive foco, força e pensei: não quero que outra pessoa leve essa medalha para casa. Essa medalha é minha e eu fui determinada para isso”, concluiu.  

“Foram lutas duras, até a final foi tudo bem difícil, mas aproveitei a oportunidade para imobilizar o adversário.

Minha meta é ser campeão olímpico e o Pan de Santiago vai ajudar a mostrar os atletas e a trilharem esse caminho”, projetou o peso Leve Gabriel Falcão.  

No sábado, segundo dia de competições individuais, os judocas brasileiros tiveram resultados ainda melhores, com quatro finais e duas disputas de bronze. Luana Carvalho (70kg), Eliza Ramos (78kg) e Kayo Santos (100kg) conquistaram o ouro, Marcos Santos (81kg) ficou com a prata, e Daniel Bolezina (+100kg) e Luana Oliveira (+78kg) ficaram com o bronze. Victor Hugo Nascimento (90kg) também lutou nesse dia, mas caiu na fase de oitavas-de-final e não chegou às disputas por medalhas.  

“Estou muito feliz por ter conquistado a vaga para Santiago 2023 e por ter tido a oportunidade de representar o Brasil nessa competição”, resumiu o meio-pesado Kayo Santos em sentimento compartilhado por suas companheiras de equipe e também campeãs Luana e Eliza: 

“Estou muito feliz com essa conquista por serem os primeiros Jogos Pan-americanos Júnior e também por valer vaga para Santiago 2023. Foi muito difícil chegar até aqui, mas não desacreditei em nenhum momento. Segui firme com o trabalho, e toda essa dedicação valeu a pena”, disse Luana.  

“Venho me dedicando e me esforçando, e essa medalha é a prova de que todo o processo está valendo a pena. Ter me classificado para Santiago 2023 faz parte da realização desse sonho e quero me preparar mais do que me preparei para estar aqui”, contou Eliza.  

As dez medalhas (5 ouros, 1 prata e 4 bronzes) deram ao Brasil o primeiro lugar geral no quadro de medalhas das disputas individuais do judô. Cuba ficou em segundo lugar (2 ouros, 2 pratas e 2 bronzes), seguida por Estados Unidos, Venezuela e República Dominicana.  

Equipe passa por República Dominicana, Cuba e Estados Unidos para ficar com ouro  

No domingo, 28, último dia de competição, todos os atletas brasileiros voltaram ao tatame do Coliseo Yuri Alvear para a disputa por equipes mistas. Mostrando muita garra e união, o time brasileiro formado por Gabriel Falcão (73kg), Marcos Santos (90kg), Victor Hugo Nascimento (90kg), Kayo Santos (+90kg), Daniel Bolezina (+90kg), Thayane Lemos (57kg), Luana Carvalho (70kg), Eliza Ramos (+70kg) e Luana Oliveira (+70kg) venceu República Dominicana, Cuba e os Estados Unidos para conquistar o sexto ouro do Brasil em Cali.  

No primeiro combate, os brasileiros bateram os dominicanos por 4 a 2, com vitórias de Falcão (73kg), Victor Hugo (90kg), Kayo (+90kg) e Thayane (57kg).  

Na semifinal, o duelo com Cuba começou tenso, com os cubanos abrindo dois a zero de vantagem. Mas, o Brasil buscou o empate e, na sequência, a virada por 4 a 3. Falcão fez o terceiro ponto que manteve o time vivo na disputa e, na luta de desempate, Marcos Santos conseguiu um waza-ari, que garantiu o Brasil na grande final. 

Depois de passar por adversários mais duros nas fases anteriores, o time brasileiro entrou confiante para a final e dominou os Estados Unidos, vencendo os quatro primeiros combates - Eliza Ramos, Victor Hugo, Daniel Bolezina e Thayane Lemos - para conquistar o título inédito e fechar Cali 2021 no topo do pódio. 

Por: Assessoria de Imprensa da CBJ


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