A temporada de competições internacionais do judô chegou ao fim nesse final de semana com a disputa do Grand Slam de Abu Dhabi, nos Emirados Árabes. E o judô brasileiro encerrou o ano da melhor forma possível, com duas atletas no pódio. Beatriz Souza (+78kg) confirmou o favoritismo e conquistou a medalha de ouro, sua primeira em etapas de Grand Slam, enquanto Ketleyn Quadros (63kg) manteve a consistência de resultados e levou a medalha de bronze na categoria até 63kg. A novata Eduarda Rosa (70kg) também lutou em Abu Dhabi, mas caiu na estreia.
Atual número dois do mundo, Bia chegou ao último Grand Slam do ano como cabeça-de-chave número um. Ela precisou de apenas duas lutas para conquistar a medalha de ouro. Primeiro, bateu a mongol Adiyasuren Amarsaikhan com um ippon escandaloso destacado até pela Federação Internacional de Judô em suas redes sociais.
Na decisão, a brasileira encarou a atleta mais pesada do Circuito Mundial, a francesa Léa Fontaine, campeã europeia júnior e prata no Grand Slam de Paris. Com mais mobilidade e técnica, Beatriz projetou Fontaine ao chão para marcar um waza-ari no início da luta e administrou a vantagem forçando ainda duas punições à adversária. Vitória e ouro inédito para Bia em Grand Slam.
Os mil pontos não serão suficientes para ultrapassar a francesa Romane Dicko, bronze em Tóquio, que fechará o ano como número um do mundo. No entanto, Beatriz fecha 2021 como a melhor brasileira no ranking mundial.
Em Abu Dhabi, ela estreou com vitória por ippon sobre Sappho Coban, da Alemanha, mas caiu nas quartas-de-final diante da australiana Katharina Haecker. Na repescagem, a brasileira conseguiu se impor e vencer Gili Sharir, de Israel, com um waza-ari e o ippon.
Na luta pelo bronze, Ketleyn imobilizou Renata Zachova, da República Tcheca, e faturou a medalha para o Brasil. Com os pontos, ela fecha 2021 em 8º no ranking mundial do 63kg.
Se a temporada internacional chegou a fim, a nacional ainda tem mais uma parada. Nos dias 15 e 17 de dezembro a CBJ realizará a Seletiva Nacional - Projeto Paris 2024 para formar a seleção brasileira de 2022. Os medalhistas do Rio 2016 e os atletas classificados até a 7ª colocação em Tóquio 2020 já estão garantidos na seleção do próximo ano.
Os demais deverão lutar por uma das duas vagas que estarão em jogo na Seletiva. Dessa forma, Beatriz, que não foi a Tóquio, ainda terá de enfrentar as adversárias brasileiras na Seletiva para manter sua posição na equipe principal. Ketleyn, por outro lado, está dispensada por ter ficado em 7º em Tóquio.
Por: Assessoria de Imprensa da CBJ
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