sábado, 20 de novembro de 2021

Copa Brasil 2021 - Pinheiros bate Minas por 4 a 0 e é bicampeão


O Esporte Clube Pinheiros (SP) foi o grande campeão da Copa Brasil Interclubes de Judô ao vencer, neste sábado, 20, o Minas Tênis Clube pelo placar de quatro a zero. Rafael Freitas (73kg), Ellen Santana (70kg), Vinícius Panini (90kg) e Beatriz Souza (+70kg) venceram seus combates e garantiram o título ao Pinheiros pelo segundo ano consecutivo. A Copa Brasil é a principal competição por equipes mistas do judô brasileiro. O evento é realizado pela Confederação Brasileira de Judô com apresentação do Bradesco, patrocinador do judô brasileiro há mais de dez anos.  

Para chegar à final, o Pinheiros bateu o Clube Athletico Paulistano (4 a 0) na fase de grupos e perdeu para o Instituto Reação (4 a 3) na final da chave do Grupo 1, passando às semifinais em segundo do grupo. Com isso, o clube paulista precisou vencer a Sogipa (4 a 3), líder do Grupo 2, na semifinal para chegar à decisão.  

O Minas teve caminho semelhante, vencendo a Umbra/Vasco (4 a 2), na primeira rodada do Grupo 2, e perdeu para a Sogipa (4 a 2), na última rodada da fase de grupos. Na semifinal, a equipe de Belo Horizonte superou o Instituto Reação (4 a 3) e chegou à final também pela segunda vez consecutiva.  

A disputa pelo ouro  

Na decisão deste sábado, o Pinheiros começou bem, com vitória de Rafael Freitas sobre Fernando Ramos, por waza-ari.  

No 70kg, o Minas tentou surpreender, escalando Gabriella Mantena, cuja categoria de origem é o meio-médio (63kg), para encarar Ellen Santana, que investiu na luta no solo para vencer sua oponente. Dessa forma, conseguiu encaixar uma chave de braço que fez Mantena bater e a arbitragem marcar o ippon.  

O lance gerou muita reclamação por parte do Minas, que pediu revisão do ippon entendendo que a chave teria sido aplicada após o sinal do tempo técnico soar, o que deveria paralisar a luta. A mesa, contudo, manteve a decisão do árbitro central e a vitória foi dada a Ellen Santana.  

O Pinheiros seguiu forte com Vinícius Panini projetando Eduardo Bettoni por ippon para ampliar o placar. Beatriz Souza fechou a conta ao vencer Ana Damasceno na quarta luta, sacramentando a vitória do Esporte Clube Pinheiros.  

Melhores da Copa  

Para coroar ainda mais a performance dos campeões, tanto Bia, quanto Panini foram eleitos os melhores atletas da Copa Brasil Interclubes de Judô 2021.  

“Todo mundo lutou com muita alma, se entregando de coração. E eu só tenho muito orgulho de estar lutando ao lado dessas pessoas maravilhosas, de estar junto com essa família aqui conquistando mais esse título”, festejou Bia, que embarca na próxima terça-feira para representar o Brasil no Grand Slam de Abu Dhabi.  

Para Panini, o título e a premiação teve um gostinho ainda mais especial, já que sua convocação para a Copa foi uma surpresa. Ele luta na categoria meio-médio (81kg) e precisou se adaptar rapidamente ao peso médio para substituir o titular do 90kg do Pinheiros, que virou desfalque de última hora.  

“Era para ter vindo outro atleta do peso 90kg, o Igor Morishigue, que é um baita atleta também e, infelizmente está doente. Eu vim para cobrir no lugar dele, fui pego de surpresa, estava em recuperação de uma lesão, mas deu tudo certo. Só tem adversário forte aqui, foi uma baita competição e estou muito feliz com a minha participação e a participação da minha equipe”, contou. 

Sogipa vence Reação por 4 a 3 para ficar com o bronze

A equipe da Sogipa (RS), liderada pelo medalhista olímpico de Tóquio 2020, Daniel Cargnin, conquistou, neste sábado, 20, a medalha de bronze na Copa Brasil Interclubes de Judô, principal competição por equipes mistas do judô brasileiro. O pódio veio com vitória por 4 a 3 sobre o Instituto Reação (RJ). Daniel Cargnin (73kg), Talita Libório (+70kg) e Jéssica Lima (57kg), duas vezes, fizeram os pontos que deram a vitória aos gaúchos na arena montada pela CBJ em Pindamonhangaba (SP).  

“Foi uma conquista, realmente, muito difícil. A gente veio com uma equipe muito capaz, mas que não era a nossa equipe principal e quem veio deu conta do recado. Eu acho que o resultado da Sogipa foi muito verdadeiro, foi uma conquista muito importante e todos os atletas estão de parabéns”, pontuou Daniel Pires, técnico da Sogipa. O clube gaúcho poupou alguns de seus principais atletas, como os olímpicos Maria Portela (70kg) e Rafael Macedo (90kg), que se preparam para lutar a Seletiva Nacional em algumas semanas. 

O título da Copa Brasil ficou com o Pinheiros, que bateu o Minas por 4 a 0 na grande final deste sábado. 

O caminho até o bronze 

Na fase de grupos, Sogipa e Reação classificaram-se em primeiro lugar em seus respectivos grupos. A Sogipa venceu o Paineiras do Morumby (4 a 0) e o Minas Tênis Clube (4 a 2), mas caiu para o Pinheiros (4 a 3), na semifinal. 

Já o Reação venceu o SESI (4 a 0) e Pinheiros (4 a 3) na fase de grupos, e parou no Minas (4 a 3) , na semifinal.  

A disputa de bronze 

Em 2020, os dois clubes haviam ficado fora do pódio, que teve Pinheiros, Minas e Paineiras. Para este ano, as equipes se concentraram na busca pela medalha e chegaram às finais com o melhor desempenho na fase de grupos.  

A disputa pelo bronze começou com um duelo de gerações. O novato Gabriel Falcão teve a responsabilidade de abrir o confronto enfrentando o medalhista olímpico Daniel Cargnin. Na tática, Cargnin impôs maior volume de ataques e venceu a luta nas punições.  

O Reação empatou com imobilização de Danielle Karla Oliveira sobre Aine Schimidt, no 70kg. Gustavo Assis bateu Matheus Assis, no 90kg, para virar o placar a favor do Reação.  

A Sogipa empatou com Talita Libório (+70kg), que perdia por um waza-ari e conseguiu buscar o ippon sobre Renata Januário.  

Nos pesados, o Reação voltou a liderar graças à vitória de João Cesarino sobre Leonardo Lopes.  

A Sogipa foi, então, para a última luta com Jéssica Lima tentando manter o time gaúcho vivo no combate. Ela não decepcionou e venceu Jéssica Pereira por ippon para deixar tudo igual. As duas mal respiraram e já tiveram sua categoria sorteada para a luta de desempate.  

Pereira voltou mais agressiva e buscou a luta de solo, seu ponto forte, para vencer Lima. Foi aí que o lance mais discutido da competição aconteceu. Jéssica Pereira tentava encaixar o sankaku, uma técnica de imobilização com as pernas, enquanto Jéssica Lima tentava defender-se. O árbitro deu o comando de matê para paralisar a luta e Pereira indicou que sua adversária teria batido, o que seria ippon. A arbitragem entendeu o contrário e deu seguimento à luta. Jéssica Lima, então, conseguiu projetar Pereira e marcar um waza-ari que garantiu a vitória e a medalha da Sogipa na competição.  

Ao final, Jéssica Lima enalteceu sua adversária e explicou o que aconteceu naquele momento decisivo da luta final.  

“Eu e a Jéssica viemos da categoria de baixo (52kg), então já tinha enfrentado ela outras vezes. Mas, nunca tinha saído com a vitória. Desde então, as duas subiram de categoria e eu vinha numa evolução, sabia que ia ser uma luta muito dura. Mas, estava confiante no meu judô, tenho consciência de tudo que eu estava fazendo. Ela apertou, e foi tudo muito simultâneo, o árbitro deu matê e eu realmente bati ali. Mas, foi muito simultâneo. A Jéssica é uma atleta muito dura eu sei que vou enfrentá-la o ciclo olímpico inteiro e sei que teremos mais muitas lutas boas pela frente”, disse a atleta da Sogipa ao deixar o tatame. 


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