sexta-feira, 13 de julho de 2012

Mayra e Guilheiro querem transformar o topo do ranking em medalha olímpica


Nações de grande tradição no judô, como China, Cuba, Holanda e Rússia, não contarão com representantes em todas as categorias nos Jogos Olímpicos 2012. Este fato torna o feito do Brasil, que subirá ao tatame londrino nas 14 diferentes divisões de peso, ainda mais relevante. De todos os judocas brasileiros, dois chegam à "Terra da Rainha" procurados pelos holofotes: Mayra Aguiar e Leandro Guilheiro, melhores colocados do ranking olímpico.

Medalhista nos mundiais de Tóquio (2010) e Paris (2011), prata e bronze, respectivamente, Mayra Aguiar sabe que, por ser a primeira colocada no ranking da categoria até 78 kg, todas suas adversárias estudam intensamente os seus movimentos. Assim, uma das estratégias para enfrentar nomes como Akari Ogata (JPN), Audrey Tcheuméo (FRA) e Kayla Harrison (USA) será a imprevisibilidade.

"Sei da minha capacidade e estou em uma época muito boa. Minhas adversárias estão me estudando assim como estou estudando elas. É bom dar uma surpreendida, aparecer com uma pegada diferente, um golpe mais evoluído", disse a gaúcha de apenas 20 anos.

Mayra também tem o conhecimento de que, em Londres, a honrada e comemorada primeira posição no ranking não ajudará em nada no sonho da conquista olímpica.  

"Adorei ser a número um do ranking e vou levar isso para a vida toda. Imagina poder contar para meus filhos! Mas é algo que já passou. Na Olimpíada não vou ter nenhuma vantagem por ser a primeira do ranking."

Leandro Guilheiro, o outro número um do país, já tem seu nome escrito na história olímpica brasileira. Hoje, o paulista se posiciona na categoria até 81 kg à frente de nomes como Kim Jae-Bum (KOR), Elnur Mammadli (AZE) e Ole Bischof (GER), só para citar judocas que subiram ao pódio nos Jogos de Pequim, em 2008. Segundo Guilheiro, existe um lado bom e um ruim em ocupar o lugar mais nobre do ranking.

"Não é tão bom ser o líder do ranking como muitos acham. Na verdade, vejo muitas desvantagens em ser o número um. Nos últimos tempos, por exemplo, tem sido cada vez mais difícil lutar, e alguns atletas que eu ganhava com facilidade se tornaram adversários duros. Por outro lado, ser o líder significa que tudo que tenho feito tem dado certo. Isto me motiva, me faz crer mais no meu trabalho e na minha capacidade", afirmou o, assim como Aurélio Miguel e Tiago Camilo, dono de duas medalhas olímpicas (foi bronze em Atenas e Pequim).

Por: In Press Media Guide - CBJ

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