quinta-feira, 26 de outubro de 2023

Medalhistas olímpicos do judô apontam relevância do Pan


Do time de judocas brasileiros convocados para lutar os Jogos Pan-Americanos Santiago 2023, quatro são atletas medalhistas olímpicos de diferentes gerações, mas com o mesmo objetivo de estar novamente nos Jogos, em Paris 2024. Para isso, precisam fechar a corrida olímpica entre os 18 melhores do mundo em suas categorias, amealhando pontos nas etapas do Circuito Mundial IJF até o fechamento do ranking, no ano que vem. O Pan de Santiago, contudo, não pontua neste ranking. Mas, a "mini Olimpíada", como dizem alguns atletas, é um importante laboratório, sobretudo mental, na preparação para os Jogos de Paris.


Rafaela Silva, Daniel Cargnin, Ketleyn Quadros e Rafael Silva “Baby” já escreveram seus nomes na história do esporte e enxergam no Pan uma nova oportunidade de, não só aparecer com a grande badalação do evento, mas também de vivenciar um ambiente “olímpico” antes do maior objetivo do ciclo daqui a menos de um ano. 


Campeã olímpica em 2016 e bicampeã mundial (2013 e 2022), Rafa busca no Pan de Santiago se testar nesse ambiente de grande pressão, com todos os olhares de público e mídia voltados para ela no dia 28, primeiro dia de competição. 


“Eu dou a mesma importância para todas as competições que luto, sejam Olimpíadas, Mundiais, Jogos Pan-Americanos ou Estadual. É sempre importante estar representando meu país da melhor maneira possível. Minhas expectativas são muito boas para Santiago, acredito que essa experiência de vila, backnumber diferente e tatame sobre o tablado é uma boa experiência pensando em Paris 2024”, aponta a atual número quatro do ranking olímpico na categoria até 57kg. 


Medalhista de bronze em Tóquio, Daniel Cargnin vive um novo momento neste ciclo para Paris, com uma mudança de categoria do 66kg para o 73kg que lhe trouxe novos desafios. Entre eles, a chance de buscar uma medalha de ouro inédita no Pan depois de bater na trave em Lima 2019, que foi sua primeira participação. Medalhista de bronze no Mundial de 2022 e campeão do World Masters, Daniel acredita que o título do Pan seria também um grande marco na sua carreira. 


“O que me motiva a lutar nessa competição é saber que fui prata em Lima 2019. A carreira é curta e eu quero um título de Jogos Pan-Americanos para somar com os outros que já conquistei. É um desafio novo, um clima diferente. Infelizmente não conta ponto para os Jogos Olímpicos, mas é muito importante para a carreira de qualquer atleta”, considera o judoca gaúcho que, atualmente, é o número três do mundo no ranking olímpico. 


Atleta mais experiente da equipe que estará em Santiago, Rafael Silva “Baby”, dono de duas medalhas de bronze olímpicas e quatro mundiais (3 bronzes e 1 prata), teve apenas uma oportunidade de lutar o Pan, em Guadalajara 2011, onde conquistou a medalha de bronze. Ele chegou a ser convocado para as edições de Toronto 2015 e Lima 2019, mas sofreu graves lesões e perdeu a oportunidade de buscar um ouro inédito em sua carreira, o que o motiva para estar em Santiago aos 36 anos.


“Acho que o Pan é uma mini Olimpíada. Apesar de já ter lutado em três Jogos Olímpicos, só fui ao Pan de 2011 e lembro que foi uma baita experiência para chegar em Londres ambientado com essa atmosfera. Eu estava machucado em 2015 e em 2019, então é uma competição que quero muito lutar. E essa deve ser provavelmente minha última oportunidade. Então, estou bastante apreensivo e ansioso. Mas, ao mesmo tempo, com uma energia muito boa para Santiago”, conta. 


Para Ketleyn Quadros, que tem seu nome para sempre gravado na história do esporte como a primeira mulher medalhista olímpica do judô brasileiro, o Pan de Santiago terá um sabor ainda mais especial. Mesmo aos 36 anos e com uma carreira consolidada entre as melhores do mundo, ela terá, pela primeira vez, a chance de lutar nos Jogos Pan-Americanos e tentar mais um feito inédito em sua história no esporte. 


“É muito legal o esporte proporcionar a uma atleta com uma bagagem igual a minha a oportunidade de lutar os Jogos Pan-Americanos pela primeira vez. Você nunca envelhece, está sempre aprendendo e vivendo experiências novas. Eu amo os processos que o judô me proporciona e essa oportunidade é criada com muito investimento, suor e pessoas envolvidas. O Pan é mais uma surpresa agradável para minha jornada no esporte e quero vivê-lo intensamente”, comentou Ketleyn, que também busca sua terceira participação olímpica, em Paris 2024. 


De todos os medalhistas olímpicos do judô do Brasil em atividade atualmente, apenas Mayra Aguiar não estará em Santiago. Mas, Mayra luta pan-americanos desde os 15 anos de idade, quando estreou no Rio 2007. Participou de quatro edições e é a maior medalhista da história do judô brasileiro em Pan, com um ouro, duas pratas e um bronze. Em Lima 2019, ela conquistou a medalha de ouro que lhe faltava e concluiu sua missão com os Jogos Pan, optando por ficar fora de Santiago.


As disputas do judô em Santiago começam neste sábado, 28, com preliminares às 10h e finais às 15h. Rafaela luta já no sábado; Cargnin e Ketleyn lutam no domingo, 29; e o Baby luta na segunda, 30. Com exceção de Ketleyn, os outros três retornam ao tatame na terça-feira, 31, para a disputa por equipes mistas.


+CONVOCAÇÃO DA SELEÇÃO PARA O PAN

+AGENDA DO JUDÔ NO PAN

+GUIA DO JUDÔ NO PAN

Por: Assessoria de Imprensa da CBJ


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Gostou da matéria? Deixe um comentário!
Aproveite e seja um membro deste grupo, siga-nos e acompanhe o judô diariamente!

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...
Pesquisa personalizada