sábado, 28 de outubro de 2023

Judô mostra força no primeiro dia de Pan com quatro ouros e dois bronzes


O judô brasileiro iniciou de forma avassaladora sua campanha nos Jogos Pan-Americanos de Santiago 2023, conquistando seis medalhas com os seis atletas que lutaram no primeiro dia de competição individual. Aléxia Nascimento (48kg), Michel Augusto (60kg), Larissa Pimenta (52kg) e Rafaela Silva (57kg) foram campeões, enquanto Willian Lima (66kg) e Amanda Lima (48kg) faturaram bronze neste sábado, 28 de outubro, dia em que se é comemorado o Dia Mundial do Judô. 


Dobradinha no 48kg 


Nas primeiras finais do dia, Amanda Lima abriu a contagem de medalhas para o Brasil com vitória por ippon sobre a chilena Mary Dee Vargas Ley, finalizando a adversária com um estrangulamento. Antes disso, a brasileira havia estreado com vitória por ippon sobre Luz Pena, da Colômbia, mas caiu na semifinal para o ippon de Edna Carrillo, do México.


Já Aléxia fez uma luta a mais nas preliminares. Estreou com vitória por ippon sobre a venezuelana Maria Gimenez, nas oitavas, e bateu a argentina Keisy Perafan, nas quartas-de-final. Na semifinal, a brasileira foi superior à colombiana Érika Lasso e venceu a luta nas punições (3-1) para chegar à final. 


Na decisão, bateu Edna Carrillo para conquistar sua primeira medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos, aos 21 anos. Ela foi campeã do Pan Júnior de Cali, em 2021, e conquistou assim sua vaga no pan adulto. 

“Estou muito feliz, mas ainda processando tudo isso. Fui a primeira pessoa a conseguir a medalha de ouro na categoria do judô e só tenho a agradecer ao Time Brasil, a CBJ, por ter me dado essa oportunidade e confiança, porque foi um processo muito longo chegar até aqui. Foram muitas derrotas, muitas alegrias”, celebrou Aléxia.  


A última medalha de ouro do judô brasileiro no peso ligeiro feminino (48kg) foi com Mônica Angelucci, no Pan de Indianápolis 1987. 


Menino de ouro 


A segunda medalha de ouro do Brasil veio com o novato Michel Augusto que, mesmo aos 18 anos, não se intimidou e mostrou personalidade para derrubar três adversários. Estreou com vitória por waza-ari sobre Jairo Moreno, de El Salvador, nas quartas, e bateu Sebastian Sancho, da Costa Rica, na semifinal, com um waza-ari no golden score. 


Na final, Michel enfrentou o colombiano Johan Rojas e ficou em desvantagem nas punições. Mas, recuperou-se na luta e impôs outras três punições ao adversário para faturar mais um ouro para o Brasil.

“Com 18 anos poder viver isso aqui é muito gratificante. Foram lutas bem duras, mas acho que meu diferencial na competição foi não desistir, dar o melhor de mim. Nessa final, comecei perdendo, mas consegui virar e ser campeão”, contou Michel.



Pimenta domina e assegura bicampeonato do Pan


No 52kg, o judô brasileiro foi muito bem representado por Larissa Pimenta, que defendeu seu título de 2019 com solidez, dominando todas as adversárias até a final. 


Estreou com um ipponzaço sobre a chilena Judith Gonzalez, nas quartas, e repetiu a dose contra a americana Angelica Delgado, na semifinal. 


A medalha de ouro veio depois de um combate equilibrado com a mexicana Paulina Martinez, vencido pela brasileira na tática das punições (3-2). Três shidos e segundo ouro pan-americano para Larissa Pimenta.

“Essa é minha segunda medalha de ouro nos Jogos Pan-americanos. É um título muito importante para mim, um título que vim buscar e estou feliz com essa conquista. Já começamos bem, mas sempre podemos melhorar. O Brasil é uma potência, acredito muito no nosso país e vamos torcer que ainda tem mais”, projetou Pimenta. 


Willian se recupera na repescagem e garante bronze


A quinta medalha do Brasil veio com o meio-leve Willian Lima (66kg), que foi surpreendido pelo venezuelano Willis Garcia, nas quartas-de-final, e precisou passar pela repescagem para chegar à disputa pelo bronze. Venceu Juan Pablo Hernandez, da Colômbia, por waza-ari, e liquidou Juan Postigos, do Peru, com ippon na disputa pelo bronze.


Campeã de tudo


O grand finale veio com Rafaela Silva (57kg), que confirmou o favoritismo e não tomou conhecimento das adversárias para conquistar a medalha de ouro que faltava em seu já recheado currículo. 


Estreou com vitória por ippon sobre a panamenha Kristine Jimenez e seguiu desfilando suas técnicas ajustadas para finalizar Maria Villalba, da Colômbia, com um ipponzaço que a conduziu à final. 


Na última luta, Rafa quis acabar rápido com o combate e, nos primeiros segundos, marcou um waza-ari. Manteve a postura agressiva e projetou Brisa Gomez, da Argentina, novamente, para marcar o segundo waza-ari e entrar para a história como a primeira judoca brasileira “campeã de tudo”: Jogos Olímpicos (2016), Campeonato Mundial (2013 e 2022) e Jogos Pan-Americanos (20123) 


“Estou muito feliz. Sabemos como é o judô, um esporte de alto rendimento, então não adianta chegar e falar que bateu na trave, que foi prata, bronze, porque o próximo é só daqui a quatro anos. Este é meu quarto Pan-americano, então, tenho pelo menos 16 anos aí de estrada, batalhando, para conseguir essa medalha de ouro, esse feito e estou feliz de ter essa resiliência, essa capacidade mental de conseguir chegar aqui e fazer o meu papel. O meu objetivo era sair daqui com a medalha de ouro”, analisou Rafa. 


Por: Assessoria de Imprensa da CBJ

Foto: Anderson Neves/CBJ

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