quinta-feira, 7 de janeiro de 2021

FIJ: Narizes felizes

Nesse ponto e se partirmos do pressuposto de que o judô é imortal, há três outras coisas inevitáveis: impostos, morte e exames para detectar o maldito coronavírus. Com a parte do tesouro estamos em ordem e mais vivos do que nunca! O que é novo, o que é engraçado, porque você tem que rir nesses tempos doentios, é que vamos ao médico para ter o nariz picado com um sorriso de recém-casado.

Fazemos com aquela leveza que dá a certeza de que algo de bom vai acontecer. Algo realmente ótimo, que chamamos de 'The Masters' (11 a 13 de  janeiro), está à nossa frente e nada mais é do que o primeiro torneio internacional de judô de 2021. É também o evento que reúne os dezesseis melhores judocas de cada categoria. Por ser um ano olímpico e o confinamento merece uma forte resposta, Doha será nossa linha de defesa, o Eldorado do esporte de combate por excelência. Lá, entre dunas, mar e arranha-céus ultramodernos, o judô abrirá seu ano mais importante, por tudo o que isso acarreta. Para os Jogos de Tóquio, já o dissemos, para os campeonatos mundiais de Budapeste, para as nomeações em Tel Aviv, Tashkent, Tbilisi, Antalya e Paris. É uma aposta arriscada, um duplo ou nada com que reivindicamos o nosso direito de viver em liberdade e de acordo com as nossas regras, que são os princípios do judô.


É por isso que somos felizes pelo nariz. É por isso que, desde Cleópatra, Cyrano de Bergerac e a invenção dos óculos, nunca tantos narizes foram tão felizes como agora. Um cotonete dentro de nossas narinas significa que vamos fazer as malas, pegar um avião e viajar para algumas das cidades mais maravilhosas do mundo para trabalhar e nosso trabalho é judô. É através do nosso esporte que fazemos felizes milhões de pessoas, começando pelos nossos judocas, verdadeiros heróis modernos, capazes de sacrifícios à disposição de poucos, para perseverar quando as coisas ficam difíceis. Por eles, por todos os torcedores, por todos aqueles que vivem para e pelo judô, que transmitem valores e oferecem educação, temos a obrigação de seguir em frente, preparados e felizes. Pela primeira vez, essa felicidade está localizada em nossos narizes.

Por: Nicolas Messner e Pedro Lasuen - Federação Internacional de Judô


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