domingo, 28 de fevereiro de 2016

Mayra Aguiar avalia positivamente início de temporada com ouro em Paris


Campeã do Grand Slam de Paris há 20 dias, a meio-pesado da seleção brasileira, Mayra Aguiar, valorizou muito o seu primeiro pódio no ano olímpico ao vencer adversárias difíceis como a vice-campeã olímpica Gemma Gibons, da Grã-Bretanha, e a campeã olímpica Kayla Harrison, dos Estados Unidos, na grande final. Em entrevista ao site da Federação Internacional de Judô logo após a cerimônia de premiação em Bercy, Mayra analisou seu desempenho e revelou a estratégia que lhe rendeu o ouro em uma das principais etapas do Circuito Mundial. 

"Fiquei muito feliz pela forma como me comportei nessa competição. A cada adversária eu consegui usar o que eu tinha estudado, então saí muito feliz desse Grand Slam", disse.

A imobilização contra a marroquina Sarra Mzougui abriu caminho para a brasileira seguir adiante. Na segunda rodada, despachou a eslovena vice-campeã mundial, Anamari Velensek, e ganhou moral para superar Laia Talarn, da Espanha, nas punições, nas quartas-de-final. 

"Eu trabalhei muito para essa primeira competição do ano e estava muito focada. Esse ano eu estou com a cabeça focada, mais até do que sempre estou, no judô", confessa.

O resultado foi visto nas duas últimas lutas, os maiores desafios para a brasileira. Primeiro, uma semifinal contra a vice-campeã olímpica, Gemma Gibons, que havia eliminado Mayra no Grand Slam de Tóquio, em dezembro de 2015. Depois, o grande reencontro com Kayla Harison, atual campeã olímpica e líder do WRL, que no último embate havia derrotado a brasileira na final dos Jogos Pan-Americanos de Toronto 2015.  

"A gente já competiu várias vezes. Ela é uma adversária super completa que eu respeito muito. É uma luta muito boa de lutar. É sempre dura. Uma hora eu ganho, outra hora ela ganha. É uma luta que me fortalece muito. Independetemente do resultado, eu sempre saio com o espírito muito fortalecido. Então, tanto eu, quanto ela crescemos juntos nessa rivalidade sadia", reconhece Mayra.  

Dessa vez, porém, ela não deu chances para novas derrotas. Se impôs diante de Gibbons levando-a a sofrer três punições e confirmou a final que todos esperavam. Até mesmo ela.

"Essa final era uma luta que eu queria fazer. Antes de entrar no tatame estava feliz por estar ali e estava muito focada também pensando no que eu precisava fazer para vencer", conta.

E Mayra sabia exatamente o caminho que a levaria ao triunfo. Estudou as fraquezas da adversária, traçou uma estratégia e foi até o fim com ela. Um uchi-mata afiadíssimo surpreendeu a americana já no segundo minuto do confronto. Ippon!

"Eu planejei lutar diferente com ela. Mesmo que eu fosse perder, era importante fazer coisas diferentes para ver como seria a reação e para ver como eu agiria também. Consegui estudar e o resultado veio também, então é um caminho bom para se levar. Lógico que ela também vai estudar o que aconteceu e tentar reverter isso. E a gente fica nessa disputa", explicou a campeã, ciente de que é preciso manter os pés no chão rumo ao objetivo maior no Rio. 

"Vou voltar para casa e me focar de novo. Aconteceu aqui (em Paris) uma coisa e no outro dia já é outra completamente diferente", comentou ainda com a medalha de Paris no peito. 

Por: Assessoria de Imprensa da CBJ

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