domingo, 5 de agosto de 2012

Judô vê meta atingida, mas coordenador admite: potencial era maior


O judô brasileiro encerrou a participação na Olimpíada de 2012 com quatro medalhas, sendo um ouro (Sarah Menezes, até 48 kg) e três bronzes (Felipe Kitadai, até 60 kg; Mayra Aguiar, até 78kg; Rafael Silva, mais de 100 kg). Para o coordenador da modalidade do Brasil em Londres, Ney Wilson, o resultado foi o esperado, mesmo com resultados abaixo do esperado de nomes como Leandro Guilheiro (até 81 kg) e Luciano Corrêa (até 100 kg), sem medalhas.

"A meta foi cumprida integralmente, 100% daquilo que foi proposto pela comissão técnica", disse Ney Wilson neste sábado. "Além das medalhas, nos tivemos três quintos colocados (Tiago Camilo, até 90 kg; e Maria Suellen Althemann, mais de 78 kg) e um sétimo (Guilheiro). Tivemos um numero maior de lutas vencidas que em Pequim", comparou.

Na conta do dirigente, o Brasil chegava com muitos atletas em condições de subir ao pódio, mas alguns deles acabariam perdendo suas oportunidades. Mesmo assim, e reconhecendo que determinadas categorias ficaram abaixo do esperado, os judocas brasileiros tinham um "arsenal" de oportunidades para atingir a meta de quatro medalhas na Olimpíada de 2012, conforme a projeção.

"A equipe tinha potencial? Poderia sair com um resultado melhor? Poderia. Tenho certeza de que alguns atletas chegaram aqui como favoritos: Leandro Guilheiro, Tiago Camilo... Tinham medalhas olímpicas, experiência olímpica. Mas eu sempre disse o seguinte: temos um arsenal muito grande para acertar quatro (medalhas). Alguns comentaristas chegaram a prever seis, sete medalhas. Eu sempre fui pé no chão: quatro medalhas, e a gente está indo bem longe. O grande desafio era chegar na medalha de ouro. Fazia 20 anos que a gente não chegava a uma medalha de ouro. Essa geração merecia conquistar uma medalha de ouro", disse o dirigente, lembrando o ouro de Rogério Sampaio (até 65 kg) na Olimpíada de Barcelona, em 1992.

Ao lembrar atletas que não alcançaram o pódio que poderiam, Ney Wilson lembrou da dificuldade que todos os judocas têm em conseguir bons resultados em Olimpíadas. Mesmo acreditando que o nível da competição está abaixo do encontrado nos Campeonatos Mundiais, o dirigente vê a pressão psicológica como fator preponderante para decidir quem se torna medalhista olímpico.

"Não tenho dúvida nenhuma de que tínhamos equipe com potencial para ter melhores resultados. Mas também temos experiências olímpicas, e Jogos Olímpicos são uma coisa a parte em competições. Na nossa modalidade, o Campeonato Mundial é mais difícil que os Jogos Olímpicos. No entanto, os Jogos Olímpios têm uma carga de emoção muito grande. Alguns atletas se sobressaem pela vontade de se sobressair naquele momento. No judô, tivemos muito disso", avaliou.

Por: Edson Filho / Emmanuel Colombari - Terra Esportes

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