segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Rio 2016: Judô mira 2016 e aposta no 'fator casa'


Com as quatro medalhas de Londres, sendo 19 na história da Olimpíada, o judô viverá mais uma vez a pressão de ser um dos esportes com mais chances de pódio. E “jogando” em casa. Para os Jogos do Rio de Janeiro, em 2016, a ideia é superar a marca de 2012, mesmo que não haja uma projeção de resultado. Recursos para investir e material humano, ao que parece, não são problemas. 

“Apostaria nesses mesmos atletas que conseguiram medalha agora, pelo fato de serem jovens. Veremos em 2016. Eles estavam sendo preparados para o Rio e acabaram estourando um pouco antes. Temos toda uma equipe muito boa, mas, para criar três medalhistas olímpicos, é preciso ter seis em condições”, afirma o presidente da CBJ (Confederação Brasileira de Judô), Paulo Wanderley Teixeira, que diz não se preocupar em competir com outras modalidades.

“Não nos importamos em ser o esporte com mais medalhas para o Brasil”, disse. Depois de Londres, o judô só perde para o vôlei, com 20 pódios. Mas o dirigente arrisca fazer uma promessa ao falar dos investimentos, que devem ser maiores em 2016.

“Nesse último ano foram investidos R$ 5 milhões só com a seleção principal, sem contar as equipes de base. Com uma Olimpíada em casa, as exigências aumentam e as necessidades de recurso também. No total, esperamos R$ 25 milhões por ano, e vamos conseguir. O judô entrega o que promete. Isso atrai investidores”, garante.

A meta – atingida – em Londres era subir ao pódio quatro vezes. Só que parte do resultado veio justamente com os judocas menos cotados para medalha, caso do bronze de Felipe Kitadai e do ouro de Sarah Menezes (de Rafael Silva e Mayra Aguiar, que ficaram com bronze, já se esperava medalha). No fim, ficou a sensação de que poderia ter vindo mais.

“Falar sobre a Olimpíada de 2016 ou fazer qualquer prognóstico é prematuro. Estamos sempre nos superando. Quem sabe a gente consegue bater a marca de Londres. Nós já estamos trabalhando há dois, três anos” diz.

Mauro Oliveira, técnico de quatro judocas da seleção brasileira no Clube Pinheiros, em São Paulo, também evita projeções de resultado, mas aposta: “lutar em casa vai ser um diferencial”.

Ele é responsável pelo treinamento de Rafael Silva, Tiago Camilo, Leandro Cunha e Leandro Guilheiro – este último, então favorito ao ouro em Londres. “A gente esperava uma medalha do Leandro Guilheiro. Ele vinha ganhando tudo que competia, mas não estava no melhor momento. Não é que o judô seja uma ‘caixinha de surpresas’, mas é um trabalho de longo e médio prazo”, analisa.

E o trabalho também começa cedo. No Pinheiros, Oliveira já vê o resultado da medalha de Rafael Silva na base do judô do clube. E espera aproveitar o momento. Para ajudar, ele já tem um “garoto-propaganda” de peso.

“As mães estão vindo, os alunos perguntam sobre o Rafael, sobre a medalha. Vamos fazer um marketing melhor do judô, trazer o Rafael para perto dessa criançada, e tentar fazer um trabalho para 2016”, planeja.

Oliveira abre as portas para os pais que pretendem inscrever os filhos nas academias, mas faz um alerta: a formação de um atleta olímpico depende de muito mais que algumas aulas.

“O esporte vive de talento. O professor é responsável pelo desenvolvimento desse talento. Além de dedicação e disponibilidade do atleta, para saber aonde ele quer chegar. Depois tem trabalho com psicólogo, fisioterapeuta, médico... É assim que se cria um campeão”, finaliza.

Por: Band.com

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