sexta-feira, 13 de novembro de 2020

Gratidão! Cria do Judô Rio, Rodrigo Lopes brilha por Portugal, mas não esquece as origens


De acordo com o dicionário, a gratidão é o ato de reconhecimento de uma pessoa por alguém que lhe prestou um benefício, um auxílio ou um favor. E um exemplo prático do que significa esse sentimento foi dado pelo judoca Rodrigo Lopes, carioca que defende a bandeira de Portugal. Algumas horas após Rodriguinho conquistar o bronze na categoria ligeiro, o telefone do professor Mauro Silva, ex-técnico dele no Jequiá Iate Clube, alertou para uma mensagem de um número que não começava com 021: “Lembra de mim??? Esse final de semana ganhei minha primeira medalha em Grand Slam. Gostaria de agradecer por tudo, nunca esqueço de tudo que aprendi. Saudade, abraços”.

Um exemplo da valorização de um árduo e diário trabalho da dupla de 2009 a 2013, quando o atleta nascido e criado no Jardim América conquistou quase todos os títulos importantes nas categorias de base como o tricampeonato brasileiro (2010, 2012 e 2013), o tricampeonato pan-americano (2010, 2012 e 2013), o título do International Master Bremen 2013, a prata na European Cup Pitesti (Romênia 2013) e o bronze na European Cup Antalya (Turquia) 2013.

“O Sensei Mauro Ramos foi uma pessoa fundamental na base do meu judô, não só tecnicamente, mas também de como me portar fora do tatame. Foi o meu primeiro clube grande, que me permitiu lutar pela FJERJ. Eu comecei o judô disputando a Liga e era totalmente diferente”, contou Rodriguinho em entrevista exclusiva para o portal da FJERJ.

“Eu sou muito grato pela caminhada que fiz no Rio de Janeiro. Teve, tem e continuará tendo atletas de altíssimo nível, grandes clubes. Foi aí no Rio que eu comecei a ter bons resultados, que acabaram me rendendo o convite para treinar na Sogipa, no Rio Grande do Sul”, completou.

Depois de período defende o clube que é uma das maiores potências do judô nacional, berço de lendas como João Derly e Mayra Aguiar, Rodriguinho acabou sendo convidado a atravessar o Atlântico, se mudar para Lisboa, capital portuguesa, defender o Benfica e lutar pelo verde e vermelho da bandeira de Portugal. Vivendo em terras lusitanas desde março de 2019, Lopes já foi 5º no Grand Slam de Brasília, 7º na European Cup Celje, disputou o Mundial Tóquio 2019, foi campeão português em 2020 e, finalmente, o terceiro lugar no Grand Slam de Budapeste.

Pouco ainda para o jovem de 24 anos que almeja grandes voos no judô mundial e, principalmente, na vida. “Pretendo completar mais 3 ciclos olímpicos: Tóquio 2020, Paris 2024 e Los Angeles 2028. O meu principal objetivo é criar um projeto social onde eu morava no Rio para ajudar crianças que vieram de onde eu vim e mostrar, através da minha história, que elas tem, sim, capacidade de chegarem a qualquer lugar. Quero ser um exemplo de quem “venceu” na vida”, disse Rodriguinho.

“Meu sonho sempre foi voltar ao Rio, pra minha casa. Só que hoje, com quase dois anos morando em Portugal, penso em construir minha família por aqui, porque a qualidade de vida é muito diferente. Mas nunca vou esquecer de onde eu vim”, concluiu.

O futuro é incerto, mas pode ter certeza, Rodriguinho, que você já é um exemplo do que é “gratidão” para todos.

Por: Valter França - Judô Rio

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