Rafaela Silva mostrou, mais uma vez, ao mundo sua incrível capacidade de dar a volta por cima e se reconstruir. Nesta sexta-feira, 28, a judoca brasileira derrubou quatro adversárias para conquistar a medalha de ouro no Grand Prix de Almada, em Portugal, evento que abriu o Circuito Mundial IJF em 2022. De quebra, registrou a primeira vitória, o primeiro ippon e a primeira medalha do judô brasileiro em 2022. Melhor: faturou 700 pontos no ranking mundial para deixar para trás a incômoda posição de nº 175 do mundo.
“É diferente, parece que eu cheguei na seleção brasileira agora, minhas primeiras competições, meus primeiros passos, relembrei hoje a sensação de ouvir o hino depois de tanto tempo afastada do judô, do tatame, desse clima de competição que eu amo. Estou muito feliz com meu desempenho, são 700 pontos muito importantes na busca pra minha vaga olímpica Acho que a diferença, não só hoje, mas desde o momento que voltei, é que estou muito determinada a voltar a estar entre as melhores da minha categoria”, disse Rafaela.
O Grand Prix de Almada foi apenas a sua segunda competição no Circuito desde que voltou. No Grand Slam de Baku, em novembro de 2021, caiu na primeira luta e somou apenas os 10 pontos de participação. Em Portugal, chegou mais preparada e buscou o pódio.
Primeiro, venceu Evelyne Tschopp, da Suíça, por ippon, em apenas 34 segundo de luta. Avançou às quartas-de-final e bateu a tcheca Vera Zemanova por waza-ari em luta mais equilibrada. Na semifinal, despachou a sul-coreana Eunsong Park também por waza-ari após quase dois minutos de Golden score.
Na luta pelo ouro, Rafaela dominou a pegada e projetou Pleuni Cornelisse, da Holanda, com um golpe forte de quadril que ensaiou na área de aquecimento com a ajuda de Amanda Lima, que lutou nesta sexta e ficou na repescagem.
“A adversária era muito parecida com a Amanda e encaixou direitinho o jogo que a gente fez na área de aquecimento”, revelou Rafaela que, pela primeira vez, teve na cadeira uma nova treinadora, sua ex-companheira de seleção, Sarah Menezes.
“A Sarinha como treinadora foi fundamental. Ela me ajudou, me deu várias dicas. Teve um momento que eu perdi um pouco a cabeça antes de começar a competição e a Sarinha veio conversar comigo, me manteve focada”, contou.
“Eu conversei com todas fora do tatame, orientei e combinei de esperar o primeiro hajime para passar as instruções. Com a Rafa foi assim. Ela pegou, fez, sentiu, e quando eu via que estava bom dizia para continuar ou refazia a estratégia de acordo com a situação. Me emocionei muito com essa medalha cheguei a chorar um pouco, mas ninguém viu. Acho que deu certo com todas, mas acho que as mais novas sentiram um pouco a competição. Mas, com a sequência, vão evoluir”, avaliou Sarah Menezes após sua estreia como técnica.
O Grand Prix de Almada continua neste sábado, com mais cinco brasileiros em ação a partir das 8h30 (Brasília): Daniel Cargnin (73kg/Sogipa), que estreia em nova categoria, além de Julio Koda Filho (73kg/Minas Tênis Clube), Guilherme Schimidt (81kg/Minas Tênis Clube), Aléxia Castilhos (63kg/Sogipa) e Maria Portela (70kg/Sogipa).
Por: Assessoria de Imprensa da CBJ
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