sábado, 16 de abril de 2022

Brasil conquista quatro ouros e dois bronzes no primeiro dia de Pan-Americano de Judô, em Lima


Quatro judocas brasileiros subiram ao lugar mais alto do pódio nesta sexta-feira, 15, primeiro dia de Campeonato Pan-Americano e de Oceania de Judô. Amanda Lima (48kg) e Jéssica Lima (57kg) foram campeãs continentais pela primeira vez, enquanto Larissa Pimenta (52kg) conquistou o bi e Eric Takabatake (66kg) faturou sua primeira medalha na nova categoria depois de subir do 60kg para o 66kg. Além dos quatro ouros, o Brasil ainda teve mais dois bronzes, com Rafaela Silva (57kg) e Willian Lima (66kg), que só perderam para seus compatriotas, Jéssica e Eric, respectivamente, nas semifinais.  

“Feliz, essa medalha significa superação por tudo o que eu vim passando essa semana. Eu coloquei na minha cabeça que eu ia ser campeã e avançar no ranking internacional”, disse Amanda, que quebrou um jejum de seis anos do Brasil sem ouro no 48kg. O último foi conquistado por Sarah Menezes, em 2016, em Cuba. Agora, como técnica, Sarah mostrou o caminho à pupila. “Foi uma responsabilidade muito grande (representar essa categoria), mas a Sarinha teve total paciência comigo, analisamos, trabalhamos juntas e conseguimos o ouro”, concluiu Amanda.  

O segundo ouro do dia veio com Larissa Pimenta, no meio-leve feminino (52kg). Atleta olímpica em Tóquio 2020 e uma das grandes revelações do judô brasileiro no último ciclo olímpico, Larissa Pimenta, 23 anos, chegou à Lima buscando defender seu título continental conquistado em 2021, em Guadalajara, no México. Depois de ficar em quinto lugar no Grand Slam da Turquia, Pimenta recuperou seu lugar na seleção e conquistou a vaga para disputar o Pan. Ela fez três lutas preliminares em Lima e venceu todas por ippon. Imobilizou Fabiola Diaz, da Venezuela, e projetou Melissa Hurtado Muñoz (CUB) e Kristine Jimenez (PAN). Na decisão, bateu Angelica Delgado, dos Estados Unidos, com um waza-ari por dez segundos de imobilização.  

“Esse recomeço está sendo importante para mim. Precisei ter bastante paciência. Ainda assim, ainda há muito o que trabalhar. Mas, essa medalha significa muito para mim. Com certeza, vai me motivar nesse início de ciclo e na questão dos pontos no Ranking de classificação para o Campeonato Mundial vai ser muito importante também”, avaliou Pimenta.  

Em seguida, Eric Takabatake silenciou a animada torcida anfitriã projetando Juan Miguel Postigos por ippon para ficar com o terceiro ouro do Brasil no dia. Antes disso, o brasileiro havia vencido Michel Villagra (PER), Ari Berliner (EUA) e o companheiro de seleção, Willian Lima, que ficou com o bronze. Os dois, que também são companheiros de clube no Pinheiros, demonstraram muito espírito esportivo durante o dia e Willian, assim que saiu de sua última luta, foi à arquibancada torcer pelo colega.  

“A gente queria fazer a luta final. Mas, infelizmente, teve um australiano que não ajudou muito, não veio e, pelo ranking, a gente acabou se encontrando na semi. E não tem para onde fugir. A gente treina junto, cresce junto, fica forte junto e, sempre que a gente se enfrentar vai ser uma luta de detalhe”, contou Willian.  

“Espero que seja a primeira de muitas vezes que a gente possa subir no pódio juntos”, projetou o campeão, Eric, que conseguiu seu primeiro grande resultado no 66kg. “Primeira medalha é sempre um marco muito importante, ainda mais num Campeonato forte, porque lutar pan-americano não é fácil. Fico muito feliz de subir no pódio”, concluiu.  

Por fim, Jéssica Lima (57kg) mostrou que vive um grande momento na carreira. Depois de estrear no pódio do Circuito Mundial com o bronze no Grand Slam de Antalya, há duas semanas, a novata da seleção venceu o Pan-Americano, batendo Arnaes Odelin Garcia, de Cuba, nas punições na grande final. Antes disso, ela havia vencido sua compatriota Rafaela Silva, pelo mesmo resultado, na semifinal. Rafa, por outro lado, disputou o bronze com Brisa Gomez, da Argentina, e resolveu a luta com ippon em poucos segundos.  

A última vez que o Brasil conquistou ouro nessa categoria no Pan foi em 2013, exatamente com Rafaela Silva, ano em que ela conquistou o título mundial. Nos anos seguintes até 2021, Rafaela, Tamires Crude, Ketelyn Nascimento e Jéssica Pereira bateram na trave e coube à Jéssica quebrar esse tabu quase dez anos depois do último ouro no 57kg.  

“Ainda não caiu muito a ficha do que eu fiz lá dentro. Eu sempre me foco muito e penso “vou lutar judô”. Eu estou encarando tudo como um grande desafio, porque ter a Rafa como adversária é desafiador pela grandiosa atleta que ela é”, reconheceu Jéssica. “Com a medalha no Grand Slam e com esse título agora eu estou começando a sonhar grande. Primeiro, garantir a vaga para o Mundial, lutar lá com as melhores e surpreender, que é o que venho fazendo.” 

O Brasil ainda teve Ryan Conceição (60kg), Ketleyn Quadros (63kg) e Daniel Cargnin (73kg) no tatame nesta sexta. Ryan caiu na segunda luta e não avançou às disputas por medalhas em seu primeiro Pan. Já os medalhistas olímpicos começaram bem, com vitórias, mas terminaram em 5º lugar. Ketleyn caiu para Cindy Mera, da Colômbia, na disputa pelo bronze, e Daniel foi poupado da última luta depois de sofrer uma pancada na costela durante a semifinal com Alonso Wong (PER).  

No sábado, 16, outros 9 judocas brasileiros buscarão mais medalhas para o país na competição. Maria Portela (70kg), Luana Carvalho (70kg), Mayra Aguiar (78kg), Beatriz Souza (+78kg), Guilherme Schimidt (81kg), Vinicius Panini (81kg), Marcelo Gomes (90kg), Rafael Buzacarini (100kg) e Rafael Silva (+100kg) lutam as preliminares a partir das 11h30 (Brasília). As finais serão às 19h, ao vivo, no SporTV. 

Por: Assessoria de Imprensa da CBJ

Foto: Lara Monsores


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