sábado, 9 de fevereiro de 2013

Seleção feminina Sub-21 treina em Centro Olímpico francês que é referência


Um dos objetivos  da CBJ ao levar atletas brasileiros para treinar fora do Brasil, os chamados Estágios Internacionais, é fazer com que eles possam ter acesso ao que de melhor existe no mundo em termos de estrutura para a prática esportiva. Nesse sentido, as dez meninas que viajaram para essa primeira etapa dos estágios puderam desfrutar de um local de treinamento considerado excelente pela comissão técnica.  De quatro a oito de fevereiro, Gabriela Chibana (SP), Samanta Soares (SP), Nathália Brígida (SP), Tawany Silva (SP), Jéssica Pereira (RJ), Camila Barreto (RS), Jéssica Santos (SP), Isadora Pereira (MG), Ana Carla Grincevicus (MG) e Camila Gebara (MS) treinaram diariamente no INSEP, uma espécie de Centro Olímpico Francês, com as seleções da França, Alemanha, Japão e Kazaquistão.  

\\\"Essa semana foi muito produtiva. As atletas tiveram a oportunidade de treinar com as melhores de suas categorias de peso e conhecer um Centro Olímpico de excelência, referência em todo mundo. Nossas técnicas, Danusa Shira e Andrea Berti, estão sempre ao lado das atletas orientando e auxiliando no processo de aprendizagem. Estou certo que elas retornarão melhores do que vieram e com alguns deveres de casa, cientes do que precisam melhorar\\\", afirmou Kenji Saito, gestor técnico nacional de base, lembrando que a partir deste sábado, oito de fevereiro, será a vez dos 12 atletas da seleção masculina júnior treinarem no local. Todos assistirão ao Grand Slam de Paris, onde utilizadas as novas regras da FIJ pela primeira vez.

Depois da primeira guerra mundial, a França passou a adotar um modelo de incentivo à prática esportiva focado em escolas específicas que integravam a educação tradicional e educação física de alto nível. Por conta do fraco desempenho nos Jogos de 1960 e 1964, foi inaugurado em 1965 pelo general Joseph Hall Maigrot De Gaulle a Escola Normal Superior de Educação Física com o objetivo de reunir várias dessas escolas especiais. Em 1975, o local passou a se chamar INSEP (sigla em francês para Instituto Nacional do Esporte e da Educação Física) oficialmente e, com o passar dos anos, várias dessas instituições de ensino foram se juntando nessa estrutura.  Atualmente, são 27 pólos espalhados pela França e mais de 600 atletas beneficiados, sendo que destes 150 são menores que estudam em sistema de internato.

Por lei, o INSEP tem como missões participar no desenvolvimento da política nacional do desporto e da atividade física, particularmente no que diz respeito ao alto rendimento, dando toda a infraestrutura necessária para a preparação de atletas olímpicos e paralímpicos; contribuir para a proteção da saúde dos atletas e preservar a ética do esporte. Entre as atividades que são desenvolvidas no espaço destacam-se o treinamento e preparação de atletas, associada à formação acadêmica; contribuir pela tecnologia científica, médica e no campo da atividade física, incluindo a produção e disseminação do conhecimento na área de esportes de alto rendimento; e a cooperação com instituições francesas e estrangeiras no campo da atividade física. E é desse último pronto que a CBJ tem feito uso nos últimos anos.

Hoje, o INSEP é considerado um Centro Olímpico de referência em todo o mundo. Em 2011, o investimento do governo francês chegou a 42 milhões de dólares. Em compensação, um terço da delegação francesa nas Olimpíadas de Atenas 2004 e Pequim 2008 saíram do INSEP. Das 41 medalhas da França nos Jogos da China, 21 foram conquistadas por atletas que foram ou são treinados nos pólos. Em Londres 2012, foram 19 das 34 medalhas. Mais uma prova de que uma boa estrutura, faz toda a diferença na hora de chegar ao pódio.

Por: Imprensa CBJ

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