terça-feira, 12 de maio de 2020

Cuiabá: Criação de Projeto Social como forma de retribuição


Há oito anos, o mato-grossense David Moura, 32, filho do judoca Fenelon Oscar Muller, medalhista de bronze nos Jogos Pan-Americanos de 1975, foi ao morro da Rocinha para treinar no Instituto Reação. Queria aprender com o medalhista olímpico Flávio Canto a lutar melhor no chão.

O programa social fundado por Canto em 2004 atende a 1.750 crianças e adolescentes no Rio de Janeiro – desses, 37% estão abaixo da linha da pobreza. Foi onde Rafaela Silva, campeã olímpica em 2016, começou a praticar o esporte.

O lutador da categoria acima de 100 kg passou a ir para o Rio de Janeiro com frequência a partir de 2012. Quando não dava, treinava na escola construída em Cuiabá pelo pai, a sua maior inspiração.

“Eu nunca quis sair daqui. Temos hoje na academia sete bons atletas no peso-pesado, o que é difícil de reunir nessa categoria. São atletas do interior, de São Paulo, de Minas Gerais, querendo o seu espaço. Isso deixa o treino mais bruto”, afirmou Moura.

Campeão pan-americano em 2015, em Toronto, o cuiabano voltou para o Brasil após aquela conquista com a sensação de estar em dívida com a população desassistida. “O Reação mudou a minha maneira de ver a vida e o judô", explica.

Inicialmente sem um patrocinador ou benefícios com a lei de incentivo ao esporte, Moura deu início ao seu projeto social em um tatame improvisado numa igreja, no bairro de Cidade Alta. Para manter a atividade, o lutador contou com a ajuda dos pais e familiares, que contribuíam com dinheiro, refeições e quimonos.

Após visitá-lo, Canto demonstrou interesse em abrir uma unidade do Reação na capital mato-grossense. 

O Reação na cidade de Cuiabá, inaugurado oficialmente no início de março de 2020, já tem 250 crianças e adolescentes matriculados.

A prefeitura cedeu espaço em uma escola municipal no bairro de Três Barras, periferia de Cuiabá, e vai arcar com despesas mensais de água e de luz. Um banco de investimentos que já patrocina o judoca e o instituto fará um aporte de R$ 800 mil por ano.

Clique aqui e confira a matéria completa de Carlos Petrocilo para a Folha de São Paulo.

Foto: Divulgação



Nenhum comentário:

Postar um comentário

Gostou da matéria? Deixe um comentário!
Aproveite e seja um membro deste grupo, siga-nos e acompanhe o judô diariamente!

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...
Pesquisa personalizada