sexta-feira, 15 de maio de 2020

Guarapuava: Academias de judô se reinventam para enfrentar a pandemia


Embora o último decreto assinado pelo prefeito de Guarapuava Cesar Silvestri Filho permita o retorno de atividades em academias de Guarapuava, a situação ainda preocupa parte desse setor. De acordo com o parágrafo 6º do decreto 790420, academias, estúdios e centros de ginástica, devem aderir ao Programa Empresarial de Prevenção e Cuidado.

Esse programa responsabiliza empresários ao cumprimento dos protocolos de prevenção à covid-19. Porém, é a restrição de uma pessoa a cada nove metros quadrados de distância que pode inviabilizar a atividade.

"Conforme o sensei Fernando Felipe de Lima Santos, as aulas da academia de judô estão sendo por vídeo. " Porém, dos mais de 300 alunos, menos de um terço está participando.

Segundo Fernando, ele paga R$ 7 mil de aluguel por mês e mesmo que haja uma redução nesse valor, ele não sabe se o número de alunos será suficiente para pagar essa despesa. O sensei observa que os colégios estão com aulas on-line e com muitas atividades absorvendo o tempo dos alunos.

Todavia, ainda nesta semana uma decisão será tomada. “Estamos bem preocupados porque tem possível rescisão de contrato, pois corremos o risco de fechar as portas”.

O tempo é de reinvenção

Por ser uma atividade que requer o contato físico, o judô – a exemplo de outras artes marciais -, vai ter que se reinventar. Essa é a opinião do sensei Lucas, diretor da Federação Paranaense de Judô e coordenador técnico regional.

“Algumas modalidades de artes marciais podem treinar sozinhas, outras não. Então o momento é de reinvenção, de readequação de modelos . No judô já temos esse modelo sem o contato físico, mas precisamos intensificar”.

É justamente isso que o sensei Milton Roseira Junior está fazendo. Com a maioria dos alunos entre 0 e 12 anos, faixa etária que não pode participar de atividade coletiva, conforme o decreto municipal, Miltinho investe na criatividade.

De acordo com o sensei, a confecção de um boneco para auxiliar nos treinos em casa também motivou os alunos. “Ensinamos a cada um fazer o seu com o auxílio do pai. Está sendo muito bacana porque muitos pais nem sabiam como era a saudação do judô”.

Segundo o sensei, as atividades são um princípio do judô, o ‘Jita Kyoei’, que é o benefício mútuo.

Conforme o sensei, uma das provas era desenhar o professor. “Olha só, ficou bem igualzinho”, diz Miltinho referindo-se a si mesmo.



Entretanto, Miltinho ainda não decidiu quando reabrirá as portas da academia. 

Por: Rede Sul de Notícias - Paraná

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