A carioca Anna Karolinna Belém dos Santos, a Belém, é a nova campeã mundial juvenil do judô brasileiro. O ouro inédito na carreira da jovem de apenas 17 anos veio neste sábado, no Campeonato Mundial Sub-18 de Almaty, no Cazaquistão. Atual número um do ranking mundial cadete, a brasileira foi implacável, vencendo todas as suas quatro lutas por ippon para assegurar o título do peso pesado feminino (+70kg).
Com isso, o país fechou as disputas individuais com quatro medalhas: prata de Sarah Souza (57kg), bronzes de Matheus Pereira (66kg) e Laura Soken (44kg), além do ouro de Anna Belém (+70kg). Os judocas voltarão ao tatame neste domingo para a competição por equipes mistas.
O caminho até a final
Cabeça de chave número um do Mundial, Belém “folgou” na primeira rodada e estreou direto nas oitavas-de-final diante da uzbeque Khosiyat Masharipova. Ippon em apenas 15 segundos de luta e classificação às quartas-de-final.
Nessa fase, o combate com a italiana Asya Tavano, número oito do mundo, foi equilibrado, mas a brasileira, novamente, impôs sua técnica e projetou a adversária pontuando com o ippon.
Para chegar à grande final, Belém superou a japonesa Ion Yamaki, na semifinal, novamente por ippon, e foi confiante para a última luta.
A adversária pelo título mundial, Madina Paragulgova, do Cazaquistão, contava com o apoio da torcida e foi para cima, surpreendendo a brasileira com um waza-ari nos primeiros segundos de combate. Belém recuperou-se rápido do susto, encontrou a melhor pegada no quimono da cazaque e projetou-a ao solo. Ippon confirmado pela comissão de vídeo, ouro para Anna Belém dos Santos e para o Brasil.
O início no judô
Natural do Rio de Janeiro, Anna Karolinna Belém dos Santos começou a praticar judô aos 7 anos, no polo Cidade de Deus, do Instituto Reação. Destacou-se em competições estaduais e nacionais, sendo integrada ao programa de Alto Rendimento do projeto social fundado pelo medalhista olímpico Flavio Canto e passou a treinar com o técnico Geraldo Bernardes, sensei de Flavio e da campeã olímpica Rafaela Silva.
“Eu era muito briguenta na rua, mas quando entrei no judô eles me ensinaram a me comportar, parar de brigar, a ter mais educação. Agora quero ganhar títulos, mudar a minha vida e da minha família para melhor”, projetava a jovem judoca em entrevista ao site do Instituto Reação, quatro anos atrás, antes de alcançar um dos seus primeiros objetivos, o título mundial na classe que abre as portas para o alto rendimento.
Por: Assessoria de Imprensa da CBJ
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