Bruno Mendonça teve um início inusitado no judô: pelo ouvido. Criança, foi escutando de casa gritos e barulhos de quedas que ficou curioso e se animou a ir até aquele lugar ao lado de casa, em Santos, para ver o que se passava por ali. Encontrou um treinamento de atletas no tatame. E um professor que o convidou a participar.
- Era o Agostinho Feijó Filho, que hoje é meu psicólogo. Sempre foi uma pessoa muito importante para mim.
Bruno tinha 10 anos. Agora, tem 27. E, depois do ouvido, neste último mês foi o nariz que deixará sua marca na carreira do judoca…
Ouvido e nariz
No Pan de Montreal, encerrado no último domingo (30 de abril), tinha uma semana de cirurgia e estava lutando “meio de lado”, meio receoso de levar uma pancada justamente no rosto. Na final, ficou com a medalha de prata.
- Quebrei o nariz, fiz a cirurgia, viajei e lutei no Pan exatamente a uma semana da operação, no sábado (29).
Por regra do judô, não é permitido – como no basquete, por exemplo – lutar com uma máscara protetora. Não se pode usar nada de plástico ou metal, para não colocar o adversário em risco.
Décimo do mundo
Uma Olimpíada, diz Bruno Mendonça, “é o sonho de todo atleta, de qualquer esporte”. Agora, está na equipe brasileira que irá a Londres, aonde chega como décimo colocado no ranking internacional da categoria -73 kg.
Um alívio e uma alegria, depois de uma temporada de lesões.
- É muito difícil ficar fora do tatame, fazendo fisioterapia. Você fica repensando sobre muitas coisas, passa muito pela cabeça. Conversei com os técnicos e eles me falaram que precisava ter calma na recuperação. Deu tudo certo, mas a gente precisa aprender a ter paciência…
Por: Denise Mirás - R7.com
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