A revista francesa Le Sprit du Judo informou há poucos dias, o Grand Slam de Paris normalmente organizado em fevereiro e programado para este ano em maio - o calendário da FIJ atestou isso há alguns dias - não acontecerá este ano.
Decisão federal pelo bem da economia? De jeito nenhum. O presidente da FFJudo, Stéphane Nomis, após uma fase de reflexão coletiva com vista a encontrar soluções para reduzir custos face à provável ausência do público (nomeadamente por considerar uma opção do Stade de Coubertin como nos bons velhos tempos), acabava de obter o apoio de todos os presidentes das ligas e comitês para a organização deste Grand Slam em Bercy, a fim de manter o judô francês na vanguarda. Mas, a FFJudo recebeu então uma carta da Federação Internacional de Judô (FIJ) informando sobre sua decisão de não deixar essa data para a França para a organização de seu torneio. Ao mesmo tempo, ela anunciou a ele que a Rússia o havia concedido. O Grand Slam de maio acontecerá em Kazan.
Um contrato não retornou?
Qual é o motivo apresentado pelo FIJ? Um contrato de renovação de quatro anos em julho de 2020 teria sido enviado ao FFJudo, ao qual este último não reagiu quando tinha vários meses para fazê-lo. Apesar do pedido imediato da presidência do judô francês para reconsiderar esta decisão brutal, e que causou esses três dias de silêncio de sua parte enquanto aguardava uma resposta, a FIJ manteve sua decisão.
Claro, pode-se, sem dúvida, compreender o desejo da FIJ de “concretizar” seu calendário em uma circunstância tão difícil como a que estamos vivenciando. Claro, é possível que a FIJ tivesse um pouco de dúvida, visto que o contrato não foi devolvido em novembro passado, e esse será o seu argumento. Mas tudo o mesmo. Este episódio um tanto triste para os judocas franceses levanta algumas questões.
Não é um telefonema...
Opção "depois dos jogos"
O resultado está aí: a França é privada da organização de seu grande torneio pela federação internacional em um período decisivo. Não totalmente, porém, já que se oferece a opção de organizá-la "após os Jogos de Tóquio", em data a ser agendada. Isso significa sem nenhuma garantia de poder ter Bercy, e com a certeza de não ter muitas pessoas se os Jogos acabaram de acontecer. O certo é que os russos ganham um encontro estratégico na disputa, com possibilidade de se organizarem em casa, com quatro representantes, na reta final da distribuição de pontos no ranking. Um procedimento de emergência talvez, mas um belo presente de qualquer maneira.
Aniversário triste
A única boa notícia a lembrar: o Grand Slam de Paris retorna em 2022, 2023 e 2024 e será organizado em fevereiro. Nessa altura, a água terá escorrido por baixo das pontes.
Foto: Aurélien Brandenburger / AB Pictures
Por: LeSpiritduJudo
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