sábado, 31 de outubro de 2020

Geraldo Bernardes: uma vida dedicada ao judô e ao olimpismo do Brasil

 
Aos 76 anos, o sensei Geraldo Bernardes já experimentou momentos excepcionais no esporte. Como técnico da seleção brasileira de judô, acompanhou de perto a história sendo escrita quando viu Aurélio Miguel conquistar o primeiro ouro olímpico da modalidade nos Jogos de Seul 1988. Depois disso, esteve ao lado de Rogério Sampaio no ouro em Barcelona 1992, guiou novamente Aurélio Miguel, juntamente com Henrique Guimarães, rumo ao bronze em Atlanta 1996, e, finalmente, fechou sua caminhada olímpica em Sydney 2000 com as pratas de Thiago Camilo e Carlos Honorato.


Encerrados as Olimpíadas na Austrália, uma mudança de rumo na política da Confederação Brasileira de Judô foi responsável por alterar o curso da vida de Geraldo Bernardes. Retirado dos trabalhos na seleção brasileira, ele se viu obrigado a se reinventar. Foi o início de uma nova estrada que culminaria, em 2003, na fundação do Instituto Reação, um projeto criado por Geraldo Bernardes, pelo judoca Flávio Canto, atleta formado por Geraldo, e amigos no Rio de Janeiro. O Reação atende atualmente a cerca de 1600 crianças, adolescentes e jovens a partir de 4 anos, beneficiados em seis polos de comunidades no Rio de Janeiro.

Um ano depois do nascimento do Instituto Reação, Geraldo Bernardes viu Flávio Canto chegar ao bronze nos Jogos de Atenas 2004 e, no ápice de suas emoções, acompanhou a carioca Rafaela Silva conquistar o ouro no Rio 2016.

"Ela veio de uma comunidade muito pobre e eu vi desde o primeiro momento que eu tinha um diamante bruto na minha mão e que esse diamante deveria ser lapidado. Falei para ela que um dia eu a colocaria na seleção brasileira e foi o que aconteceu. Rafaela foi campeã mundial (no Rio de Janeiro, em 2013) e depois se tornou a primeira atleta campeã mundial e campeã olímpica do judô brasileiro, na Rio 2016. Isso para mim foi uma emoção muito grande, além das emoções que eu já tinha tido antes com o Flávio Canto sendo medalhista de bronze em Atenas", prossegue o treinador."Eu saí da seleção em Sydney e, depois disso, fundei o Instituto Reação, juntamente com o Flávio Canto. Aos 8 anos, a Rafaela apareceu para fazer judô", recorda Geraldo, referindo-se à menina da Cidade de Deus que tinha uma garra incomum.

A vida dedicada ao judô e o trabalho vitorioso com os atletas brasileiros renderam a Geraldo, no dia 18 de dezembro, no Rio de Janeiro, uma homenagem no Prêmio Brasil Olímpico, promovido pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB).

Ele recebeu o Troféu COI Olimpismo em Ação, destinado a pessoas que tenham promovido a atividade física, a educação e o desenvolvimento por meio do esporte, a igualdade de gêneros, o esporte a serviço da humanidade e a ajuda aos refugiados por meio do esporte.

Clique aqui e leia a matéria na íntegra.

Por: RedeDoEsporte


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