quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Engrenagem do judô alavanca desenvolvimento da modalidade no Brasil

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Que uma modalidade de sucesso não se faz com apenas com uma Confederação todos sabem. Mas como funciona a engrenagem que movimenta o judô ainda é desconhecida da maioria das pessoas. Visando esclarecer esse ponto, a Confederação Brasileira de Judô elaborou um infográfico mostrando qual o papel de cada um dos agentes envolvidos no crescimento do esporte que já acumula 19 medalhas olímpicas, a mais vitoriosa dentre os esportes individuais.

O judô brasileiro conseguiu nas últimas edições dos Jogos Olímpicos não só se manter entre os esportes que chegaram ao pódio, como também crescer no número de conquistas em cada uma delas. Em Atlanta 96, Sidney 2000 e Atenas 2004, foram conquistadas duas medalhas. Já em Pequim 2008, foram três, sendo a primeira entre as mulheres. E em Londres 2012, veio o melhor resultado da história, graças ao ouro de Sarah Menezes (48kg) e os bronzes de Felipe Kitadai (60kg), Mayra Aguiar (78kg) e Rafael Silva (+100kg). Superando desse modo a fantástica geração que em Los Angeles 84 havia faturado três medalhas: a prata de Douglas Vieira (95kg) e os bronzes de Walter Carmona (86kg) e Luís Onmura (71kg). A diferença é exatamente que há 30 anos não havia uma estrutura dando suporte ao talento dos nossos judocas.

O papel fundamental da CBJ seria agregar todos esses agentes, fazendo com que o esporte seja conhecido no Brasil e no mundo. Entre os parceiros da Confederação estão o Comitê Olímpico Brasileiro, o Ministério do Esporte e os patrocinadores (Sadia, Bradesco, Infraero, Petrobras, Mizuno, Scania e Cielo), cada um com uma função específica. O COB, através de seu mapa estratégico, dá suporte ao desenvolvimento da modalidade. No caso do judô, a parceria pode ser vista de maneira concreta nos diversos treinamentos de campo do alto rendimento, como os realizados no Centro de Treinamento Time Brasil, dentre outras atividades. 

O Ministério do Esporte, através de convênios e da Lei de Incentivo ao Esporte, tem possibilitado não só viagens para treinamentos e competições do alto rendimento, mas também o desenvolvimento das equipes de base - que também tem conseguido disputar campeonatos e realizar treinamentos fora do país, como os de Paris no início de fevereiro – e a realização dos Campeonatos Brasileiros fora do eixo Sul-Sudeste – o que num âmbito maior fomenta e fortalece a modalidade em outros centros como o Norte e o Nordeste do país. 

Os patrocinadores possibilitam à CBJ manter a sua estrutura funcional, com pessoas dedicadas exclusivamente ao desenvolvimento do esporte nas áreas administrativa, técnica, comunicação e estrutura. Hoje, a Confederação conta com um corpo de 37 funcionários em sua sede de 1800 m². São três veículos: um utilitário, um ônibus exclusivo double deck e um caminhão baú. O portal da CBJ (www.cbj.com.br) é a principal fonte de notícias da modalidade no país e conta com uma média de 140 mil acessos por mês. A CBJ realiza nos últimos anos 4 eventos esportivos internacionais e 13 nacionais por ano.

Mas tudo isso só é possível por conta dos três pilares da CBJ: as Federações, os clubes e os praticantes. Hoje, o judô brasileiro está representando nos 26 estados e também no Distrito Federal e são essas Federações as responsáveis por organizar os campeonatos estaduais e seletivas para os Campeonatos Brasileiros sub 13, sub 15, sub 18, sub 21 e sênior, bem como graduar os seus filiados com o aval da CBJ.

Já os clubes, associações e academias, ligados diretamente às Federações, são os responsáveis pelas práticas recreativas e de competição. Dentre dessas instituições, são criados novos atletas e também passados os conceitos filosóficos da modalidade como o respeito, a disciplina e a superação. Dentro do ambiente de alto rendimento, contam com dois campeonatos organizados pela CBJ dedicados exclusivamente à eles: o Troféu Brasil Interclubes – competição individual - e o Grand Prix Nacional – torneio por equipes.

Estima-se que o Brasil tenha hoje cerca de dois milhões de praticantes de judô, sendo que apenas 10% são de competidores. Eles podem participar de competições de shiai – o tradicional modo de competição como em Jogos Olímpicos e Mundiais - e kata - conjunto de técnicas fundamentais, método de estudo especial para transmitir a técnica, o espírito e a finalidade do judô.

“Hoje, por conta de toda essa estrutura montada, vejo o judô brasileiro bem consolidado e caminhando para ser verdadeiramente um esporte de massa, graças ao nosso projeto social que atende cerca de 2000 crianças em 10 núcleos espalhados pelo Brasil e à política de descentralização que está dando estrutura para as Federações e levando a nata do judô para competir na regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste”, disse o presidente Paulo Wanderley Teixeira.

Por: Assessoria de Imprensa da Confederação Brasileira de Judô

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