Depois de se encontrar na sede da Confederação Brasileira de Judô, no Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro, nesta quarta-feira, 12 de agosto, a seleção brasileira embarcou para um período de aclimatação em Sainte Genevieve de Bois, a cerca de 24km de Paris, e sede do SGS Judo, um dos clubes de judô mais importantes da França. Os atletas das categorias mais leves e uma parte da comissão técnica saem da França no dia 20 para Astana e o restante da equipe parte no dia 24. O Brasil será representado por 18 atletas na competição, número máximo permitido. As mulheres convocadas foram Sarah Menezes (48kg), Nathália Brigida (48kg), Érika Miranda (52kg), Rafaela Silva (57kg), Mariana Silva (63kg), Maria Portela (70kg), Mayra Aguiar (78kg), Maria Suelen Altheman (+78kg ) e Rochele Nunes (+78kg). Felipe Kitadai (60kg), Eric Takabatake (60kg), Charles Chibana (66kg), Marcelo Contini (73kg), Victor Penalber (81kg), Leandro Guilheiro (81kg), Tiago Camilo (90kg), Luciano Correa (100kg) e David Moura (+100kg) vão representar os homens na capital do Cazaquistão. Além deles, vão participar da aclimatação os atletas de apoio Eduardo Faria (90kg) e Adriana Leite (78kg).
Érika Miranda é a atleta que mais disputou Mundiais Adultos entre as mulheres: são sete. O primeiro foi em 2007, no Rio de Janeiro. Depois de ficar longe das medalhas em Roterdã 2009 e Paris 2011 e ficar em quinto no Rio 2007 e Tóquio 2010, a brasiliense chegou ao pódio nas duas últimas edições do Mundial. Foi prata no Rio 2013 e bronze em Chelyabinsk 2014.
“Eu sempre bati muito na trave em Campeonato Mundial e em 2013 saiu uma medalha nessa competição que é muito forte e que, hoje, eu gosto muito de lutar. Com muita persistência, eu vi como era o caminho e chegar no final com uma medalha é a certeza de que tudo valeu a pena”, disse Érika Miranda, campeã dos Jogos Pan-Americanos Toronto 2015.
A campeã olímpica Sarah Menezes não disputou o Pan exatamente para focar no Mundial, competição em que possui três bronzes (Tóquio 2010, Paris 2011 e Rio 2013). A preparação da piauiense para o torneio mais importante do ano foi intensa nos últimos meses e passou, além de Teresina, por Porto Alegre e Rio de Janeiro. Agora é a vez de treinar na Europa. A aclimatação é parte da estratégia da CBJ para alcançar os objetivos traçados para Astana 2015.
“Essa aclimatação antes da competição é importante para pegar o ritmo já, adaptar ao fuso-horário, à temperatura local, à alimentação e fechar a nossa preparação com os treinos por lá também. Eu estou indo com muito mais motivação e vontade porque é uma medalha que falta no currículo, o ouro em Campeonato Mundial”, disse Sarah Menezes.
O objetivo da Confederação Brasileira de Judô é conquistar cinco medalhas, chegando a duas finais e com duas medalhas no masculino. Dois homens no pódio no Mundial é algo que não acontece desde 2011. Apesar disso, o pesado David Moura, quinto colocado no Mundial Chelyabinsk 2014 após perder a semifinal para o japonês Ryu Shichinohe e a disputa de terceiro para o russo Renat Saidov, acredita que é possível cumprir a meta.
“Assim como eu estou mais bem preparado em relação ao ano passado, todos os atletas da equipe também estão e, por isso, essa é uma meta bastante possível de ser batida. Mundial é muito duro e é um laboratório importante para saber o que vem em 2016”, disse David, campeão dos Jogos Pan-Americanos Toronto 2015.
O sorteio das chaves do Mundial Astana 2015 será no dia 22 e as disputas começam no dia 23 com a categoria ligeiro. Em 2014, em Chelyabinsk, o Brasil conquistou quatro medalhas: ouro com Mayra Aguiar (78kg), prata com Maria Suelen Altheman (+78kg) e bronzes com Érika Miranda (52kg) e Rafael Silva (+100kg).
No Cazaquistão, a comissão técnica será formada por Ney Wilson, chefe da delegação; pelos técnicos Rosicleia Campos, Luiz Shinohara, Fulvio Miyata e Mário Tsutsui; pelo supervisor Amadeu Moura; pelo médico Antônio Guilherme Garofo; pela psicóloga Adriana Lacerda; pela nutricionista Gisele Lemos; pelo preparador físico Wagner Zaccani; pelo fisioterapeuta Glaucio Paredes; pelo massoterapeuta Hans Peter Strubreiter; pelo estrategista Ricardo Lúcio; e pelo assistente administrativo Bernardo Seabra.
Por: Assessoria de Imprensa da CBJ
Foto: Daniel Ramalho
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