quinta-feira, 24 de março de 2022

Atletas e treinadores estrangeiros aprovam qualidade e estrutura do treinamento de campo no Brasil

Noel Van T'End, da Holanda, em Pinda. Foto: Anderson Neves/Click Certo AWN/CBJ

O judô brasileiro recebeu, na última semana, seis seleções estrangeiras, em Pindamonhangaba (SP), para um período de dez dias de treinamento em camping organizado pela Confederação Brasileira de Judô em parceria com o Comitê Olímpico do Brasil. Cerca de 160 atletas de Brasil, Holanda, França, Bélgica, Argentina, Portugal e Paraguai participaram da atividade, desfrutando de um treino de muita qualidade e de uma estrutura de apoio que impressionou atletas e treinadores estrangeiros.  

“Eu já estive muitas vezes no Brasil. Então, quando soube que teria um treinamento de campo de novo em Pinda eu disse ao meu técnico ‘precisamos ir’. É bom para a equipe, bom para o sentimento de equipe, é legal. Vir fazer bons treinos, treinos pesados num bom ambiente e com bom clima faz muito bem para o corpo“, afirmou o campeão mundial da Holanda, Noel Van T’End (90kg), que buscou o treino no Brasil para retomar a forma após recuperar-se de lesões sofridas depois dos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020.  

A número um do mundo das pesos pesados, Romane Dicko, da França, também é fã dos treinamentos de campo de Brasil. Ela esteve aqui em outras edições de campings realizadas antes da pandemia e explicou porquê pretende voltar sempre que possível.  

“Foi muito bom, tivemos muitas parceiras (de treino), é ótimo. E faz sol também, é diferente da França, de Paris. Fomos muito bem recebidas pelos brasileiros e brasileiras, o clima é bom, comemos bem, o treino de judô é bom. Então, de verdade, eu volto quando vocês quiserem”, assegurou a medalhista de ouro (equipe) e prata (individual) em Tóquio 2020.  

Para o técnico da seleção feminina francesa, Christophe Massina, o Brasil oferece um cardápio diversificado de estilos de judô, com grande volume de bons atletas e um ambiente favorável para que suas atletas treinem bem.  

“Foi um super estágio porque tivemos muitas possibilidades de fazer muitos combates, muitos parceiros diferentes que praticam judô muito bem. Além disso, o cenário é magnífico. Isso permite de trabalhar de forma diferente e é algo realmente interessante para a gente vir aqui”, avaliou.  

Esse tipo de intercâmbio é muito comum no judô, mas ficou inviável nos últimos anos no contexto da pandemia. Por isso, para a seleção brasileira foi uma ótima oportunidade. 

“A França veio com as principais atletas, então, não tem como não aproveitar ao máximo esse treinamento”, considera Beatriz Souza (+78kg), ressaltando a presença das três pesados francesas em Pinda, Dicko, Julia Tolofua e Lea Fontaine. “Treinar com adversária não é muito uma novidade para mim, foi minha vida no ciclo passado todo”, brincou Bia referindo-se à sua companheira de clube, Maria Suelen Altheman, que disputou a vaga para Tóquio com Bia.  

“Acho que o mais importante é o psicológico das atletas, de poder pegar no quimono de uma melhor do mundo, ver que não é um bicho de sete cabeças, conseguir pegar, movimentar, entrar golpes. Isso eleva a confiança de uma forma muito positiva”, considera Sarah Menezes, técnica da seleção feminina do Brasil. 

“Acho que foi um ótimo treinamento, a equipe brasileira vai chegar muito bem preparada agora para a competição na Turquia e foi também um treinamento visando ao Campeonato Pan-Americano”, concluiu Kiko Pereira, treinador da seleção masculina do Brasil.  

Com o sucesso da primeira edição de 2022, a CBJ já planeja fazer um segundo camping, em maio. Dessa vez, já está confirmada a presença da seleção principal (feminina e masculina) da Alemanha. 

Por: Assessoria de Imprensa da CBJ


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