Noel Van T'End, da Holanda, em Pinda. Foto: Anderson Neves/Click Certo AWN/CBJ
“Eu já estive muitas vezes no Brasil. Então, quando soube que teria um treinamento de campo de novo em Pinda eu disse ao meu técnico ‘precisamos ir’. É bom para a equipe, bom para o sentimento de equipe, é legal. Vir fazer bons treinos, treinos pesados num bom ambiente e com bom clima faz muito bem para o corpo“, afirmou o campeão mundial da Holanda, Noel Van T’End (90kg), que buscou o treino no Brasil para retomar a forma após recuperar-se de lesões sofridas depois dos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020.
A número um do mundo das pesos pesados, Romane Dicko, da França, também é fã dos treinamentos de campo de Brasil. Ela esteve aqui em outras edições de campings realizadas antes da pandemia e explicou porquê pretende voltar sempre que possível.
“Foi muito bom, tivemos muitas parceiras (de treino), é ótimo. E faz sol também, é diferente da França, de Paris. Fomos muito bem recebidas pelos brasileiros e brasileiras, o clima é bom, comemos bem, o treino de judô é bom. Então, de verdade, eu volto quando vocês quiserem”, assegurou a medalhista de ouro (equipe) e prata (individual) em Tóquio 2020.
Para o técnico da seleção feminina francesa, Christophe Massina, o Brasil oferece um cardápio diversificado de estilos de judô, com grande volume de bons atletas e um ambiente favorável para que suas atletas treinem bem.
“Foi um super estágio porque tivemos muitas possibilidades de fazer muitos combates, muitos parceiros diferentes que praticam judô muito bem. Além disso, o cenário é magnífico. Isso permite de trabalhar de forma diferente e é algo realmente interessante para a gente vir aqui”, avaliou.
Esse tipo de intercâmbio é muito comum no judô, mas ficou inviável nos últimos anos no contexto da pandemia. Por isso, para a seleção brasileira foi uma ótima oportunidade.
“A França veio com as principais atletas, então, não tem como não aproveitar ao máximo esse treinamento”, considera Beatriz Souza (+78kg), ressaltando a presença das três pesados francesas em Pinda, Dicko, Julia Tolofua e Lea Fontaine. “Treinar com adversária não é muito uma novidade para mim, foi minha vida no ciclo passado todo”, brincou Bia referindo-se à sua companheira de clube, Maria Suelen Altheman, que disputou a vaga para Tóquio com Bia.
“Acho que o mais importante é o psicológico das atletas, de poder pegar no quimono de uma melhor do mundo, ver que não é um bicho de sete cabeças, conseguir pegar, movimentar, entrar golpes. Isso eleva a confiança de uma forma muito positiva”, considera Sarah Menezes, técnica da seleção feminina do Brasil.
“Acho que foi um ótimo treinamento, a equipe brasileira vai chegar muito bem preparada agora para a competição na Turquia e foi também um treinamento visando ao Campeonato Pan-Americano”, concluiu Kiko Pereira, treinador da seleção masculina do Brasil.
Com o sucesso da primeira edição de 2022, a CBJ já planeja fazer um segundo camping, em maio. Dessa vez, já está confirmada a presença da seleção principal (feminina e masculina) da Alemanha.
Por: Assessoria de Imprensa da CBJ
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