sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Área funcional com maior número de profissionais, fisioterapia assume novo papel no judô brasileiro


Um número apurado pela própria comissão técnica da seleção principal dá conta de que um atleta de alto rendimento passa, em média, 132 horas do ano fazendo fisioterapia. Mas está enganado quem pensa que a fisioterapia acontece apenas como parte da recuperação de traumas. Hoje, a ciência vai muito além e tem a função de diminuir a quantidade de lesões de um atleta ao longo da carreira. É a chamada fisioterapia preventiva.

“A fisioterapia pode entrar muito bem com o elemento prevenção, o elemento postura, muitos outros elementos além de tratar aquela lesão pontual”, disse Thiago Takara, um dos fisioterapeutas da comissão técnica.

“Hoje os atletas pedem que nós filmemos o processo preventivo que fazemos para levar para os seus clubes. Elas estão entendendo a necessidade desse tipo de atividade e o benefício que isso trará para a carreira deles, que é muito curta. Um dos benefícios que a fisioterapia preventiva traz é conseguir prolongar a vida competitiva em alta rendimento”, disse o fisioterapeuta Marcus Vinicius Gomes.

Também por isso, a comissão técnica é composta por dez profissionais da área. Além de Takara e Marcus Vinicius, atuam como fisioterapeutas da seleção principal Fábio Minutti, Priscila Marques, Roberta Mattar, Gláucio Paredes, Gabriel Bogalho, Camila Oliveira, Rafael Pereira e José Eduardo Arruda. 

“Eu acho que nós temos profissionais muito competentes, cada um com uma especialidade diferente e acho que isso é bastante interessante porque um complementa o trabalho do outro, cada um tem um elemento a mais e, dependendo de cada necessidade, a gente direciona o atleta para outro profissional. Assim, a abordagem fica muito mais ampla”, disse Takara.

E para que a atuação dos profissionais seja completa, é necessário que os atletas conheçam a fundamentação da ciência. Por isso, durante a semana de concentração da seleção principal em São Paulo, os fisioterapeutas convocados para o treinamento tiveram a oportunidade de fazer uma explanação sobre o seu trabalho dentro da equipe.

“É uma possibilidade da gente mostrar a parte da ciência para os atletas. Muitas vezes, eles só vêem o lado prático mas com a palestra, a gente pode apresentar a fundamentação. A gente tem explicado muito aos atletas que hoje há o profissionalismo e eles tem que se cuidar para aumentar a vida útil em alta performance. Quando percebem essa necessidade, eles passam a entender o processo, a valorizá-lo e ficam mais colaborativos”, disse Marcus Vinicius.

E uma das vantagens da equipe de fisioterapeutas da CBJ é que a maioria são ex-atletas da modalidade, o que facilita o entendimento das necessidades dos atuais judocas da seleção principal. Isso ainda não é uma tônica dentro dos clubes e, por isso, a Confederação está desenvolvendo um guia com os procedimentos a serem adotados para os atletas de judô dentro de suas equipes.

“Nós já estamos fazendo uma série de protocolos para que todos os processos possam ser usados por todos os profissionais do judô, estamos desenvolvendo ciência dentro da CBJ”, completou Marcus Vinicius.


Por: Assessoria de Imprensa da CBJ


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