São 106 quilos distribuídos em 1,80m. Relação nitidamente desproporcional. Ainda mais para um garoto de 12 anos! Medidas que fazem do judoca Leonardo D’Agostin de Azevedo Santana um gigante praticamente invencível na sua categoria. Uma grande promessa do desporto brasileiro para os próximos anos, que neste ano viveu uma das experiências mais enriquecedoras da sua carreira: aprendeu a se levantar.
Nos últimos anos, Leonardo reinou nos tatames em que pisou. Foi bicampeão regional (2012/13), bicampeão estadual (2012/13) e, neste ano, conquistou o Campeonato Brasileiro sub-13. Ganhou o direito de disputar o Pan-Americano em San Salvador, capital de El Salvador. Veio a lição. Leonardo perdeu na estreia do Pan para o norte-americano Isaac Oksman. Aprendizado assimilado rapidamente. O paranaense, radicado em Pernambuco há dez anos, enxugou as lágrimas e voltou ao judô para conquistar a medalha de bronze do Pan-Americano, disputado em novembro.
Leonardo é o representante da quarta geração de uma família de judocas. O passo inicial foi dado pelo seu bisavô. E, a cada nova geração, os resultados foram melhores.
O pai de Leonardo, o capitão da Aeronáutica Ronei Azevedo, foi membro da Seleção Brasileira da modalidade na adolescência e não escondeu que desde cedo incentivou o filho a lutar. O início foi tão cedo que, aos dois anos, Leonardo já vestia o seu primeiro quimono. Aos quatro, o pequeno gigante já disputava a sua primeira luta.
Ao contrário do pai, que a todo momento lembrava e contava as proezas do filho, Leonardo é mais calado. Tão tímido que teve dificuldades para atender ao pedido do fotógrafo quando este pediu para ele fazer uma cara de “mau”. “Ele é muito tranquilo e não tem maldade. Só fica fora de si quando está com fome”, revela, aos risos, o pai.
A calma de Leonardo pode ser vista mais uma vez quando o pai passa os comandos durante os treinos. Utilizando palavras japonesas para transmitir os golpes, Leonardo mostra outra face. Ao contrário das fotos, onde apresentou bastante timidez, o garoto executa com facilidade todos os movimentos que recebeu instrução. Para azar do Sparring.
Espelho
Na lista de ídolos de Leonardo, estão Aurélio Miguel e Rafael Silva. Mas seu maior modelo judoca não é brasileiro. O francês Teddy Riner, atual campeão mundial e olímpico da categoria até 100 kg, é o exemplo em quem o garoto se espelha. Apesar de ter apenas 12 anos, Leonardo sonha enfrentar o ídolo. Se um confronto na Olimpíada de 2016 no Rio de Janeiro é impossível, parece depender mais do francês para acontecer nos Jogos Olímpicos de 2020. “Lá eu estarei com 19 anos e ele com 31. Quem sabe a gente não luta?”
Por: SuperEsportes.com
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