sexta-feira, 29 de junho de 2012

Londres 2012: Para honrar a tradição


O judô é um dos carros-chefes da equipe brasileira para os Jogos Olímpicos de Londres. Nas últimas sete edições, o esporte trouxe, no mínimo, uma medalha. E somente três países conseguiram classificar, via ranking olímpico, 14 judocas, para todas as classes. Os outros são Japão e França. O país é o terceiro do mundo na classificação por nações, superado por japoneses, franceses e sul-coreanos. Hoje, a Confederação Brasileira de Judô (CBJ) trabalha com a previsão da conquista de quatro medalhas. Mas por que o Brasil se tornou potência mundial? O que é feito nos bastidores?

O segredo está na maneira de administrar. Com um orçamento anual de R$ 25 milhões, entre o dinheiro que entra em caixa e patrocinadores de material e equipamento, a CBJ procura estruturar cada federação do país, segundo o presidente Paulo Vanderlei. 

“As 27 federações foram equipadas. Cada uma recebeu duas áreas de tatame, além de placas, filmadoras e equipamento de edição de vídeos. Isso perfaz um total de R$ 3 milhões para cada uma, dinheiro que advém do Ministério do Esporte. O nosso projeto é para que cada uma delas tenha quatro dessas áreas. Pretendemos alcançar a meta até o ano que vem.”

Mas não é só isso. No total, o custo de funcionamento da entidade, contando viagens de atletas, da equipe principal e de base, é de R$ 10 milhões. “Não só os atletas do chamado nível olímpico e mundal têm ajuda. Foram 800 passagens aéreas para atletas e técnicos. Além disso, descentralizamos as competições. Hoje, não há mais uma concentração no Sul e Sudeste”, diz Vanderlei.

E, no projeto para conquistar medalhas olímpicas, num total jamais obtido por qualquer outra modalidade, tudo está pronto. A Seleção Brasileira ficará baseada em Sheffield. “Alugamos um hotel numa área verde e os treinos serão na Universidade de Sheffield”, diz o coordenador técnico Nei Wilson, responsável por esse planejamento. “Não estamos levando apenas a equipe, com os 14 atletas e os treinadores Luiz Shinohara e Rosicléia Campos. Nossa equipe terá ainda 18 técnicos, assistentes, médico, psicólogo, massagista, e o mais importante, 18 atletas com idade máxima até 23 anos, que servirão de sparrings para os 14 classificados.”

Por: Ivan Drummond - Estado de Minas

* O repórter viajou a convite da Confederação Brasileira de Judô.

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