quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Maiores nomes do judô mundial estarão reunidos no Japão para o Grand Slam de Tóquio


O Grand Slam do Japão surgiu a partir da Copa Jigoro Kano, torneio idealizado para homenagear o criador do judô. A competição começou a ser disputada em 1978 apenas por homens. Na terceira edição, em 1986, um brasileiro entrava para a história ao se tornar o primeiro ocidental a ganhar o campeonato. Sérgio Pessoa foi campeão na categoria superligeiro.

“Essa conquista foi um marco para os atletas brasileiros, para mostrar que tínhamos condições e capacidade de ter bons resultados, de buscar medalhas. Para ganhar confiança foi muito bom”, disse Sérgio Pessoa, hoje treinador de equipes de base no Canadá.

A competição feminina começou a ser disputada apenas em 2007 e a partir de 2009 a Federação Internacional de Judô assumiu a organização do evento. O nome oficial passou a ser Grand Slam de Tóquio. Uma tradição que foi mantida desde os primórdios da competição é que o Japão pode colocar até quatro atletas por categoria, o que aumenta muito o nível técnico do torneio. No Mundial, por exemplo, cada categoria pode ter no máximo dois atletas de um mesmo país e nos Jogos Olímpicos, não há “dobra”.

A partir desta quinta-feira, outros 24 brasileiros tentarão fazer história ao chegar ao pódio do tradicionalíssimo torneio que terá 396 atletas de 55 países. O Brasil terá a terceira maior delegação, ficando atrás da Rússia com 28 atletas (14 homens e 14 mulheres) e dos donos-da-casa que terão nada menos que 56 atletas, 28 de cada sexo. A competição contará com a participação de oito dos 14 líderes do ranking mundial. Entre eles está a holandesa Kim Polling (70kg), mesma categoria de Maria Portela (14ª) e Nádia Merli (16ª). A “raçudinha dos pampas” vai em busca dos pontos para ganhar algumas posições e começar bem ranqueada em 2014 mas também da realização de um sonho.

“Olhamos as atletas inscritas e vimos que todas as japonesas que lutaram o Mundial e estavam de férias estão voltando. Tenho consciência que é uma das mais tradicionais e sempre tive vontade de estar naquele pódio. Quem sabe não seja o momento? Eu me sinto preparada para mais esta competição, com boas expectativas de bons confrontos”, disse Portela.

A ausência de alguns dos líderes do ranking, pode facilitar a chegada de alguns brasileiros ao topo da tabela. No pesado masculino, Teddy Rinner não estará no Japão e Rafael Silva pode se aproveitar da ausência para subir um degrau e assumir a liderança do ranking. Caso semelhante ao de Rafaela Silva. A atual campeã mundial é a terceira colocada entre as de peso médio, 128 pontos atrás da francesa Automne Pavia que não vai ao Grand Slam e 76 da alemã Miryam Roper. 

O campeão do Grand Slam de Tóquio garante 500 pontos; o segundo, 300; e o terceiro, 200. A divulgação da atualização do ranking depois da competição vai definir quem se manterá automaticamente na seleção principal no ano que vem. Para isso, é preciso estar na zona de ranqueamento olímpico - até o 22º lugar no masculino e até o 14º no feminino sem descarte. Os que não conseguirem esse objetivo, terão que disputar a Seletiva Rio 2016 – Etapa II no Rio de Janeiro de 13 a 15 de dezembro


Confira abaixo os representantes brasileiros no Grand Slam de Tóquio:

Sarah Menezes (48kg, A.J. Expedito Falcão/PI)
Nathália Brigida (48kg, Minas T.C./MG)
Érika Miranda (52kg, Minas T.C./MG)
Eleudis Valentim (52kg, E.C. Pinheiros/SP)
Rafaela Silva (57kg, J.C. Instituto Reação/RJ)
Ketleyn Quadros (57kg, Minas T.C./MG)
Mariana Barros (63kg, Palmeiras/Mogi/SP)
Katherine Campos (63kg, C.R. Flamengo/RJ)
Maria Portela (70kg, SOGIPA/RS)
Nádia Merli (70kg, E.C. Pinheiros/SP)
Maria Suelen Altheman (+78kg, A.J. Rogério Sampaio/SP)
Rochele Nunes (+78kg, SOGIPA/RS)

Felipe Kitadai (60kg, SOGIPA/RS)
Eric Takabatake (60kg, E.C. Pinheiros/SP)
Charles Chibana (66kg, E.C. Pinheiros/SP)
Luiz Revite (66kg, A.J. Rogério Sampaio/SP)
Marcelo Contini (73kg, E.C. Pinheiros/SP)
Alex Pombo (73kg, Minas T.C./MG)
Eduardo Santos (90kg, SOGIPA/RS)
Eduardo Bettoni Silva (90kg, Minas T.C./MG)
Renan Nunes (100kg, SOGIPA/RS)
Rafael Buzacarini (100kg, A.D. São Caetano/SP)
Rafael Silva (+100kg, E.C. Pinheiros/SP)
David Moura (+100kg, Kodokan Cuiabá/MT).

Por: Assessoria de Imprensa da Confederação Brasileira de Judô

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