"Não queremos formar somente campeões. Queremos formar pessoas, no sentindo amplo. Com responsabilidade, disciplina e perseverança". Essa é a filosfia de João José Antonelli, presidente da Associação Esportiva Piracicaba Judô. Para chegar neste objetivo? Um galpão grande, com 150 pessoas, desde crianças a partir de 6 anos até senhores que já passaram da casa dos 60. Idade e sexo não importam e sim vontade de mudar a vida.
A maioria dos judocas que participam do projeto sem fins lucrativos da associação não pode pagar por uma academia ou por treinamento especializado. "Aqui tudo é voluntário, nos pagamos para dar aulas. Os alunos, que podem, desenbolsam R$ 30, que é usado para gastos com competições em outras cidades, para alugar ônibus, pagar taxa de inscrição e comprar lanche para os atletas", explica Antonelli.
Mesmo sem pagar, o nível de treinamento é de elite. João tem graduação faixa preta sétimo Dan Shitchidan, quarta maior graduação de todas, e 46 anos de experiência. A academia conta também com aulas de Oswaldo Hatiro Ogawa, que além de ter a mesma graduação que Antonelli, é professor do Projeto Futuro (projeto de incetivo a jovens da Federação Paulista de Judô) e neto de Ryuzo Ogawa, um dos lutadores que trouxeram o esporte para o Brasil. Mais cinco integrantes da comissão técnica e professores graduados e reconhecidos pela Federação fazem parte do plantel.
Outra função importante da associação é tirar adolescentes das drogas. Muitos dos lutadores que hoje suam nos tatames do galpão são ex-viciados que encontraram ali uma nova oportunidade. "Aqui fazemos o trabalho de vigilância na vida de todos. Se sabemos que algum dos meninos mexeu com drogas, nós ficamos em cima. Marcação pesada para que eles não voltem para o caminho errado", conta o presidente.
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