quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Rosicleia Campos explica o que fez para mudar a cara do judô no Brasil.


Técnica da Seleção Brasileira feminina de judô desde 2005, Rosicleia Campos alcançou um feito histórico às vésperas do teste de fogo nos Jogos Olímpicos. Mergulhada há seis anos no que batizou de “causa”, atualmente seis das sete categorias olímpicas estão dentro dos critérios de classificação para Londres 2012. Premiada pelo feito como a melhor treinadora do país em esportes individuais de 2011, Rosicleia acredita que o judô feminino, enfim, tenha obtido a atenção necessária para ir atrás das medalhas.

Logo depois de receber o troféu do Prêmio Brasil Olímpico, no Theatro Municipal, no Rio de Janeiro, a comandante da Seleção Brasileira conversou com o Correio sobre as mudanças pelas quais o esporte passou. “A primeira coisa que fizemos em 2005 foi mapear o cenário. Onde é que estamos perdendo as lutas? Para quem? Onde temos que melhorar? Para se ter uma ideia, a gente não era a número 1 nem na Pan-América. O trabalho e o resultado não aconteceram por acaso. Fizemos um estudo detalhado de onde era nossa maior dificuldade.”

Atleta olímpica nos Jogos de Barcelona (1992) e Atlanta (1996), Rosicleia assumiu o cargo de técnica da Seleção numa época em que nem sequer existia planejamento para o judô feminino. Enquanto os homens eram beneficiados com experiências na Europa em competições e treinos, ela tinha de se virar com suas pupilas em locais não tão promissores, como Cuenca, no Equador.
“Boas atletas sempre existiram no Brasil, mas faltava dinheiro. Agora, não falta. Temos tudo o que precisamos. No começo do trabalho eu avisei às meninas que precisávamos de resultados. Mostramos e agora tenho certeza que não será por falta de locais de treinamento, por pedidos não atendidos, que os resultados não virão”, celebra Rosicleia.

Prova de uma das conquistas fora do tatame alcançadas pela técnica atual foi o último intercâmbio no Japão. Classificadas como as principais adversárias do Brasil nas disputas pelo ouro em Londres, as japonesas ficaram sob os olhares atentos das brasileiras. “Acabamos de passar três semanas no Japão. O que mais vimos é que elas treinam muito. Eu passava cinco horas e meia em pé. Sabe quando alguém no Brasil treinou assim? Nunca! Passei isso para as meninas. Querem chegar lá? É isso aí, tem que treinar. Foi isso que elas fizeram e os resultados apareceram.”

Clique aqui e leia matéria completa.

Por: Roberto Wagner - Correio Braziliense

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