Os nove representantes da CBJ que vão participar do seminário continental sobre as mudanças nas regras de competição e arbitragem organizada pela Federação Internacional de Judô embarcaram hoje para o México. O objetivo do encontro que acontece até a próxima segunda é apresentar e debater as alterações. A Confederação enviou para o seminário o presidente do Conselho Nacional de Arbitragem, Professor José Pereira, outros seis árbitros FIJ A (Edson Minakawa, André Mariano, Edilson Hubold, Silvio Borges, Jefferson Vieira, Aloísio Short e Laedson Lopes), além de dois representantes da área técnica: o gerente da seleção sênior, Professor Amadeu Moura, e o gestor técnico de eventos, Professor Robnelson Ferreira.
“O objetivo é que esses representantes possam divulgar as mudanças por todo o país. É importante destacar que mesmo nesse seminário e nos que vão ser realizados nos outros continentes podem haver ajustes. Qualquer mudança só será de fato homologada pela Federação Internacional depois da análise desse período de testes entre fevereiro e setembro”, explica o presidente da CBJ, Professor Paulo Wanderley.
As mudanças validadas pela Federação Internacional após o seminário continental serão adotadas pela CBJ nos campeonatos organizados pela entidade. E, assim que as mudanças forem de fato incorporadas pela FIJ, a CBJ vai difundí-las oficialmente entre os seus filiados.
Saiba mais sobre as alterações
A Federação Internacional de Judô divulgou no final do ano passado uma série de mudanças nas regras de competição e de arbitragem para o novo ciclo olímpico. As alterações serão testadas entre o Grand Slam de Paris (em fevereiro) e o Mundial do Rio, que ocorrerá em setembro próximo.
Entre as mudanças mais significativas está a redução de três árbitros para apenas um no tatame. Um outro juiz ficará fora da área de combate e acompanhará o vídeo replay. Eles se comunicarão por meio de rádio. As punições (shido) não valerão pontuação, servirão apenas como critério de desempate. Em casa de quatro shidos, haverá desqualificação do punido. O Golden Score também não terá mais limite de tempo e o hantei foi extinto.
Uma alteração boa para o estilo de luta brasileiro é a permissão do uso do kansetsu-waza a partir do sub-18 mas os golpes abaixo da linha da cintura sejam para ataque ou defesa continuam proibidos. A pesagem passa a ser no dia anterior ao combate e não mais horas antes dos combates como é atualmente.
Houve também mudanças no sistema de ranqueamento mundial. Os valores destinados à lista para cada competição foram alterados. Agora, a medalha de ouro no Jogos Olímpicos valerá mil pontos no ranking mundial. O Campeonato Mundial passa a distribuir 900 pontos para o campeão. Masters e Grand Slams também tiveram aumento nos pontos concedidos.
A composição das delegações para os Mundiais também foi alterada. Hoje cada país pode levar até dois atletas por categoria, 14 no masculino e 14 no feminino. Agora, só poderão levar nove judocas por gênero, com o limite de dois por categoria.
Por: Valter França - Imprensa CBJ