“Neste Campeonato Mundial, vou trazer minha melhor versão em busca da medalha de ouro”. Foi assim que Guilherme Schimidt, de 21 anos, definiu sua preparação para o Mundial de Tashkent. Dono dos únicos ouros brasileiros em Grand Slam no ano, o peso meio-médio chega embalado para a principal competição de 2022 após excelentes resultados contra os melhores atletas do mundo. Faltando pouco mais de duas semanas para a estreia no Uzbequistão, ele desembarca com muita vontade de conquistar seu primeiro pódio.
“No Brasil, faço três treinos por dia, sendo físico, técnico e randori. Aos sábados, faço treino tático para competição, sempre estudando meus adversários e acompanhando as competições internacionais. Esse mês [setembro], tive a oportunidade de treinar em Riccione, onde estavam os principais atletas da minha categoria, e voltei muito confiante para o Campeonato Mundial”, disse Schimidt em entrevista à CBJ.
O judoca do Minas Tênis Clube garantiu seu primeiro título de 2022 no Grand Slam de Antalya, no início de abril. A medalha de ouro veio em cima do turco Vedat Albayrak, atual número três do mundo, após uma campanha de seis vitórias. Ainda no mesmo mês, conquistou o ouro no Campeonato Pan-Americano - Oceania, realizado no Peru — o segundo da carreira.
Já na primeira quinzena de julho, durante o Grand Slam de Budapeste, Schimidt colocou sua terceira medalha de ouro no peito. Nas semifinais, venceu novamente Vedat Albayrak e, na grande decisão, em um combate estudado, forçou três punições ao azebe Saeid Mollaei, campeão mundial e atual vice-campeão olímpico. Com os 1000 pontos da conquista, o brasileiro subiu duas posições no ranking mundial — de sexto colocado, foi para quarto.
“Minha expectativa é a melhor possível [para o Mundial]. Esse ano pude fazer vários treinamentos e competições, nos quais enfrentei os principais atletas da minha categoria. Ganhar de campeões mundiais e medalhistas olímpicos me fez ter cada vez mais confiança e me tornar um dos principais atletas da minha categoria mundialmente”, contou ele.
O Campeonato Mundial de Tashkent será o segundo de Schimidt na classe sênior. Em 2021, ele disputou a edição de Budapeste, mas encerrou sua participação na primeira rodada após uma luta dura contra o alemão Dominic Ressel. Um ano depois, com mais experiência internacional na bagagem, ele espera mostrar uma melhor versão de si mesmo.
“Ano passado eu não esperava que lutaria o Mundial, fui convocado em cima da hora. Fiz uma competição forte, acabei caindo na primeira rodada, mas serviu de grande aprendizado para esse ciclo. A diferença para o Schimidt de 2021 é igual ao que sempre digo: estou trabalhando sempre para mostrar uma melhor versão a cada competição”.
A capital uzbeque Tashkent recebe o Mundial de 2022 na primeira quinzena de outubro, entre os dias 06 e 13. A Seleção Brasileira de Judô contará com uma delegação de 19* atletas e, antes de embarcar para a Ásia Central, terá um período de aclimatação na França. Será o primeiro Mundial de judô do ciclo olímpico Paris 2024 e o Brasil contará com força máxima.
“O Mundial, independente do momento no ciclo, é uma competição extremamente importante tanto pela pontuação no ranking, quanto pela grandiosidade. Um dos meus sonhos é ser campeão e estou trabalhando para isso”, finaliza Schimidt.
*Juscelino Nascimento (+100kg) participará apenas da disputa por equipes.
Por: Assessoria de Imprensa da CBJ
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