WJD 2022: Inclusão – Da Equidade à Igualdade

Há alguns anos, a IJF criou a Comissão de Equidade de Gênero da IJF, com o objetivo principal de fortalecer e consolidar a posição das mulheres no judô. Na época, verificou-se que em nosso esporte as mulheres eram sub-representadas em muitos níveis quando comparadas com os homens: como atletas, treinadores, árbitros, funcionários e em posições de liderança. Em muitos países do mundo, o judô ainda é visto como um esporte dominado por homens. A IJF está totalmente comprometida em garantir que todas as medidas de equidade sejam cumpridas para que as mulheres tenham as mesmas chances que os homens.

É por isso que, para capacitar meninas e mulheres no judô, a IJF recomenda que a representação de gênero nos órgãos governamentais das federações nacionais membros e nas uniões continentais deve ser de pelo menos 25% para o gênero menos representado. 

Como a IJF já definiu sua estratégia de Comissão de Equidade de Gênero e destacou a necessidade de trabalhar na sua implementação com sindicatos continentais e federações nacionais de judô, estamos agora caminhando para uma nova fase dessa estratégia, estabelecendo Comissões de Igualdade de Gênero a nível nacional/continental. Dessa forma, poderemos coordenar e implementar melhor nossas atividades, para atrair mais mulheres para o judô, mas também mantê-las dentro da comunidade do judô. 

A IJF já decidiu que a Sua Comissão de Equidade de Gênero mudará agora o seu nome para Comissão de Igualdade de Gênero. As federações nacionais foram convidadas a usar o mesmo para suas próprias comissões. Isso não é para contornar o impulso pela equidade, mas para estender o objetivo, através de práticas equitativas, para o objetivo final da igualdade.

O presidente da IJF, Marius Vizer, disse: "Acredito fortemente que, com sua ajuda, o IJF será mais bem sucedido na salvaguarda dos direitos humanos e na implementação de Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU em relação à igualdade de gênero."

A Comissão de Igualdade de Gênero, sob a liderança de Lisa Allan (GBR) há muitos anos e agora Sanda Corak (CRO), está à disposição das federações nacionais e sindicatos continentais para qualquer assistência relativa à criação e implementação da Comissão de Igualdade de Gênero. 

Nos últimos anos, muita coisa já foi feita para empoderar as mulheres no judô. Entre os fatos mais perceptíveis estão: a mesma chance de participar em eventos do IJF, a exposição igual e o prêmio igual em dinheiro. No ano passado, em Tóquio 2020, pela primeira vez na história, o evento por equipes mistas foi incluído no programa dos Jogos Olímpicos, composto por 3 mulheres por equipe. Ainda há trabalho a ser feito para promover igualdade de chances para todos, do nível internacional ao local. É a isso que a IJF e as Comissões de Igualdade de Gênero estão comprometidas.

Por: Nicolas Messner e Jo Crowley - Federação Internacional de Judô