sexta-feira, 30 de março de 2012

Jogos Olímpicos: Guilheiro espera dia bom em Londres e nega pressão por ranking.

Os resultados dos últimos dois anos levaram o brasileiro Leandro Guilheiro à liderança do ranking mundial de judô da categoria até 81kg, mas o trabalho do paulista é voltado para um único dia: 31 de julho. É nesta data que ocorrerão as disputas de seu peso nos Jogos Olímpicos de Londres 2012, em que ele precisa superar a forte carga emocional e vencer cinco combates para conquistar pela primeira vez a medalha de ouro.

O judoca de Santos já foi a duas Olimpíadas e voltou delas com medalhas na bagagem. Em Atenas 2004, quando era considerado azarão na luta pelo pódio da categoria 73kg, surpreendeu e ficou com o bronze. Quatro anos depois, em Pequim, ainda entre os leves, repetiu o desempenho.
"No judô tudo se resolve em um dia, então o cara treina a vida inteira para resolver em um dia. A carga emocional é muito pesada", avaliou Guilheiro, que lidera o ranking mundial com 1390 pontos. "É uma competição diferente, totalmente atípica. Todo atleta quando é garoto sonha com os Jogos Olímpicos", explicou.

Para evitar decepções em Londres, Guilheiro traçou um programa de treinamento diferente dos principais atletas nacionais da modalidade. Com a classificação a Londres já garantida, ele não disputou as competições do início da temporada e permaneceu treinando para ganhar peso e evoluir aspectos técnicos.

O motivo é a forte disputa entre os principais atletas do mundo na categoria até 81kg. De acordo com o brasileiro, todos os atletas que se classificarem a Londres têm chances de lutar pelas medalhas, independentemente de suas colocações no ranking mundial da modalidade.
"A vantagem que eu tive de ser o número 1 do ranking foi essa: ter tempo para treinar melhor, me preparar melhor, me planejar melhor. Agora isso aí não significa nada quando começam os Jogos", afirmou.

Na capital britânica, Leandro Guilheiro chega como um dos principais favoritos a conquistar o ouro, situação bem diferente da que viveu oito anos antes em Atenas. Apesar da mudança de status, o paulista nega pressão extra por ser o líder do ranking mundial e tenta enxergar de forma positiva o fato de seus rivais o conhecerem bem.

"Eu nunca busquei esse lance de ser o primeiro do ranking. Aconteceu e continuo fazendo meu trabalho da mesma forma", garantiu.

Segundo o judoca, seu estilo de luta já ser conhecido pelos principais judocas do mundo faz com que ele precise aprimorar fundamentos e pensar formas diferentes de combate, pontos que tornam seu judô mais forte.

"Eu não vou lutar sempre da mesma forma, vou sempre tentar criar alternativas para melhorar meu jogo. Para mim, está sendo muito mais divertido treinar dessa forma do que se fosse no automático, porque estou precisando pensar, tentar fazer coisas que tenham um diferencial."


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