Confira a entrevista de Flávio Canto para o site carioca ODia, onde conta um pouco sobre sua nova trajetória profissional e como lidou com a questão de abandonar as competições para se dedicar aos trabalhos na televisão.
Como foi a decisão de abandonar o judô e virar apresentador?
Flávio Canto: A única certeza que eu tinha é que o caminho que escolhesse não poderia atrapalhar meu trabalho no Instituto Reação, projeto social que existe há 12 anos. É o meu projeto de vida. No judô, treinava muito todos os dias, mas tinha tempo para me dedicar ao projeto e a outras coisas, estudar, criar. Me perguntava se teria esse tempo quando parasse e me dedicasse à TV.
Como a TV surgiu na sua vida?
Fui convidado para ser comentarista do Mundial de Judô, em 2005. Depois, me chamaram para fazer o ‘Sensei’, programa sobre lutas no Sportv. Gravei o piloto e fiquei só fazendo comentários. Parei por causa das lutas. Em 2010, me chamaram para apresentar o programa. Em meados de 2011, fui convidado para gravar um piloto do ‘Corujão do Esporte’. Até que, em dezembro passado, me convidaram para apresentar o programa porque o Tande não conseguia mais conciliar o ‘Esporte Espetacular’ com o ‘Corujão’. Tande me apoiou muito nessa transição.
Parar de lutar foi uma escolha difícil?
Parei porque não estava na minha melhor forma, longe da condição dos meus adversários. Percebi que podia seguir outros caminhos. As lesões me atrapalharam muito, caí no ranking, teria dificuldades para conseguir vaga para as Olimpíadas de Londres. Mas estou vivendo um momento muito legal. Me formei em direito, mas quero fazer uma pós em jornalismo esportivo. Quero aprender todas as fases de produção na TV.
Como se sente na frente das câmeras? Qual é a sua maior dificuldade?
Estou lidando com muita coisa nova. A câmera não é tão simples, tem uma relação com ela que eu não imaginava que podia ter, falar com o Brasil inteiro. É como se estivesse contando uma história para as pessoas, procuro ter uma relação mais humanizada com a câmera.
Está preparado para as críticas sobre o seu trabalho?
No esporte, você é muito mais respeitado, as críticas são menos recorrentes, independentemente dos resultados. Na TV, você é mais criticado. As pessoas se dão o direito de falar do seu trabalho, é uma coisa que ainda procuro entender. Mas acho que comecei com sorte.
Recebeu dicas da sua namorada, Fiorella Mattheis?
Com experiência de dois anos ao vivo no ‘Video Show’, ela foi um dos meus principais professores, me ajudou muito. Também tenho uma fonoaudióloga. A dica da Fiorella é: ‘Seja você e conduza o programa com sua personalidade’. Não é tão simples assim porque acontece muita coisa durante o programa. Mas faço o dever de casa, leio e estudo sobre tudo o que vou falar no ar.
Como vocês se conheceram?
A família dela organizou um evento beneficente no fim de 2010 e me procurou para fazer um bazar do Reação. A gente se conheceu assim, me envolvi de cara, começamos a namorar logo e já estamos vivendo juntos há um ano e quatro meses.
Enfrentou algum problema ou dificuldade por ela ser artista?
Tive que me acostumar com algumas situações. A minha popularidade era bem diferente da dela, ela é apresentadora, atriz. Até me acostumar, isso me assustou um pouco, nem sempre fotografava junto. Confesso que acho um pouco exagerada a relevância que às vezes dão quando aparecemos juntos.
Você é ciumento?
Não sou um cara muito ciumento. Mas, quando ela está como apresentadora, é diferente de quando trabalha como atriz. Temos muito respeito pelo trabalho do outro. Eu também viajo muito por causa do Reação. Se não houver confiança, a relação não dá certo.
Fazem planos de casamento?
Sem dúvida! De certa maneira, a gente já vive uma vida de casado, morando junto. Uma hora vamos formalizar isso. Todo mundo gosta de festa. É bom, né?
Por: Paulo Ricardo Moreira - O Dia on line
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