"Acima de tudo o judô é respeito e educação. Não é violência." É com essa mensagem que o organizador do torneio de judô dos Jogos Escolares de São Caetano, Wagner Vettorazi, 48 anos, pretende apresentar a modalidade e angariar novos praticantes.
As disputas da modalidade foram realizadas durante todo o dia e contaram com a participação de 261 estudantes, de 20 escolas. As luta ocorreram no CER Circolo Italiano, no bairro Santa Paula.
Apesar do teor de competição dos jogos, Vettorazi disse que pais e professores têm de tomar cuidado no trato com as crianças. "Mais importante do que vitórias e derrotas é formar a pessoa.
No começo da vida esportiva somos mais educadores do que técnicos," afirmou o professor, que também dá aulas de judô para cerca de 200 crianças na equipe ligada à Prefeitura de São Caetano.
Nas derrotas, muitas crianças caem em lágrimas, como foi o caso de Juliana Cavanhaze, 13, da escola Angelo Rafael Pellegrino, que perdeu na final da categoria mirim. "Nessas horas, precisamos mostrar outro ponto de vista para o jovem. Essa menina era muito ingênua e ansiosa. Só de chegar à final já é uma vitoriosa", disse Sergio Oliveira, professor de Juliana.
A melhora no comportamento é ponto recorrente entre os pais que compareceram ao tatame. "Desde que minha filha entrou no judô, ela está cada vez mais disciplinada", afirmou a dona de casa Rosângela Monreal Martins, 39, mãe de Camila.
Para Rosângela, a filha vai continuar no esporte por muitos anos. "Quem sabe até não vire uma judoca profissional", sonha.
Já Julia Pegoraro, 8, deixou o balé para se dedicar ao judô. Para a mãe, Damaris Pegoraro, 38, a troca foi muito positiva para a criança. "Ela era muito tímida e insegura. O judô a transformou em uma menina muito mais solta e confiante."
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Por: Henrique Munhoz - Diário do Grande ABC
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