O judô brasileiro amanheceu de luto, neste sábado, 02, pelo falecimento de Luiz Yoshio Onmura, medalhista olímpico de bronze nos Jogos de Los Angeles 1984. Onmura tinha 64 anos e, desde 2022, lutava contra um câncer, que o levou na noite de sexta-feira, 01, em Santos, onde morava.
Em memória e ao enorme legado deixado por Luiz Onmura, a Confederação Brasileira de Judô prestará homenagem a ele durante o Troféu Brasil de Judô, que acontece em Belo Horizonte, neste final de semana, com a participação dos principais judocas brasileiros.
“É um momento de muita tristeza e consternação. Em nome do judô brasileiro, envio minhas sinceras condolências aos familiares, amigos, alunos do Luiz Onmura, que foi um guerreiro em seu último combate, o mais difícil, creio eu, contra o câncer. A CBJ lamenta profundamente a perda de um de seus maiores judocas, o primeiro medalhista olímpico nascido no Brasil. Mas, ficaremos para sempre com a lembrança das suas conquistas, que deram muitas alegrias à família do judô e ao povo brasileiro. Seu legado será eterno”, lamentou o presidente da CBJ, Silvio Acácio Borges.
Luiz Yoshio Onmura nasceu em 29 de junho de 1960, em São Paulo, e iniciou sua trajetória no judô no tradicional dojô da Vila Sônia. Ele foi aluno do sensei Massao Shinohara, único 10º Dan do Brasil, e, mais tarde, ainda representaria grandes clubes, como o Flamengo.
Onmura participou de três Jogos Olímpicos — Moscou 1980, Los Angeles 1984 e Seul 1988 —, e conquistou o bronze na edição de 1984, quebrando o jejum de 12 anos após a primeira medalha brasileira conquistada por Chiaki Ishii, em Munique 1972. Desde então, o judô brasileiro subiu ao pódio de todas as edições olímpicas, completando, em Paris 2024, os 40 anos de pódios consecutivos.
Ainda no cenário internacional, foi responsável por diversas conquistas para o Brasil. Em 1979, foi medalhista de prata nos Jogos Pan-Americanos de San Juan, e, nas duas edições seguintes, em Caracas 1983 e Indianápolis 1987, foi prata novamente. Também foi bicampeão do Campeonato Pan-Americano, em 1980 e 1988, e campeão sul-americano em 1979.
Sensei Onmura era Kodansha 7º dan e, após deixar os tatames, passou a trabalhar na Polícia Civil de São Paulo como instrutor de tiro e professor de defesa pessoal até a aposentadoria. Ele deixa a esposa, Stefania Ribeiro Onmura, e as filhas Giulia Onmura e Yumi Ribeiro Onmura.
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