sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Feliz em estar novamente com a seleção, Maria Suelen segue se recuperando de cirurgia


O que diferencia o ser humano dos animais é a capacidade de viver em grupo. Para se desenvolver, é preciso estar inserido em um grupo, participar, trocar. Além disso, existem os benefícios sociais. Se sentir parte de um grupo, promove o aumento da autoestima, da segurança e da autoconfiança, fatores importantes para o bem estar emocional. E são esses últimos efeitos que estão fazendo com que Maria Suelen Altheman se sinta em casa no Treinamento de Campo Internacional em Saquarema, que começou no dia 27 de fevereiro e termina neste sábado. Ainda se recuperando de uma cirurgia, “Sussu” foi convocada para participar da concentração e listou os benefícios de estar com a seleção novamente.

“Eu só ganhei de estar aqui. A minha psicóloga e a minha nutricionista são da seleção. As palestras que tivemos trouxeram informações importantes.”, disse. “Ver o pessoal treinando foi bom também porque me deu mais vontade de melhorar. Às vezes, estamos fazendo coisas na fisioterapia que doem mas aquela dor também dá a sensação de que eu vou voltar logo. E isso me deu uma gana a mais pra voltar.”

Maria Suelen já é um dos grandes nomes do judô feminino. Ela conquistou duas medalhas de prata nos últimos dois Mundiais, perdendo apenas para a cubana Idalys Ortiz nas duas competições. Porém, na decisão em Chelyabinsk, acabou sofrendo uma grave lesão no joelho direito e teve que operar. Desde então não esteve mais com as companheiras de seleção, em especial sua grande amiga e habitual companheira de quarto Rafaela Silva. 

“O que me deixa feliz é estar com o grupo porque quando você faz uma cirurgia, você fica um tempo afastada, sem ver o pessoal. Isso te deixa um pouco de lado. Quando você tá junto, você toda aquela energia boa de novo, do grupo, dos técnicos... isso me deixa muito feliz”, disse.

Além do contato com os outros atletas e convívio diário com a nutricionista e a psicóloga, a preparação física e a fisioterapia são partes importantes do treinamento. Ao contrário do que muita gente pensa, mesmo ainda se recuperando de lesão, a rotina na academia é intensa. E o motivo é simples: tem que compensar o tempo em que o atleta não pode estar no tatame.  

“A gente tenta manter as valências físicas que deixam de ser treinadas na parte técnica, tenta transferir, de acordo com a possibilidade do atleta, para a preparação física. Quando o atleta está voltando de lesão, como é o caso da Suelen, a gente se preocupa mais em ganho de massa muscular da perna operada que perde muito. Aos poucos ela vai sendo liberada pelo departamento médico e a gente vai acrescentando algo a mais no trabalho dela”, explicou Wagner Zaccani, um dos preparadores físicos da seleção.

O trabalho da fisioterapia, que no clube dela é feito por Priscila Marques que também trabalha para a seleção, está sendo complementado durante o TC e também foi destacado por Suelen. 

“É bom ter outros fisioterapeutas porque cada um tem uma maneira diferente de trabalhar, uma técnica diferente. É uma troca de informações que, com certeza, eu vou passar pra Priscila”, disse. “Às vezes, o (Fábio) Minutti fala: quer parar? Eu penso: está doendo mas não quero parar, quero continuar porque eu preciso ganhar aquele movimento. Então, cada dia é um ganho, uma superação”.

Por: Assessoria de Imprensa da CBJ

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