Mayra Aguiar (78kg) ainda levou a prata e Rafael Macedo (90kg), David Moura
(+100kg) e Rafael Silva Baby (+100kg) conquistaram as primeiras medalhas da
seleção masculina em 2019, todas de bronze. Com a prata conquistada por Maria
Portela (70kg) no sábado, o Brasil volta da Rússia com seis pódios e o quinto
lugar no quadro geral, atrás da Rússia (1º), Israel (2º), França (3º) e Japão
(4º).
A caminhada de Maria Suelen na Rússia começou com vitória sobre a israelense
Raz Hershko, o que a garantiu nas quartas. A partir daí, foram duas vitórias sobre
compatriotas. Primeiro, venceu Rochele Nunes, que hoje luta por Portugal, nas
punições (3-2). E, na semifinal, conseguiu o ippon sobre Beatriz Souza.
A disputa pelo ouro foi emocionante e Suelen precisou buscar a virada depois de
ficar em desvantagem de um waza-ari logo no primeiro minuto de luta com Anne
Fatoumata M Bairo, da França. Mais agressiva, a brasileira foi para cima,
empatou o combate no tempo normal e, no terceiro minuto do golden score,
liquidou a disputa com mais um waza-ari.
"Comecei a final perdendo. Mas, graças a sintonia com o técnico Mario
Tsutsui, tive cabeça para conseguir virar o placar. Essa conquista me ajudou
bastante no Ranking Olímpico e no classificatório para o Campeonato
Mundial", avaliou Suelen. "A equipe inteira está de parabéns.
Obtivemos três finais e isso mostra que a equipe do Brasil está cada vez mais
preparada para os próximos desafios."
Na mesma categoria, o Brasil teve a chance de fazer uma dobradinha com Bia
Souza, que acabou deixando escapar a medalha de bronze no combate com a lituana
Sandra Jablonskyte.
Mayra Aguiar também chegou à final de sua categoria com três vitórias nas
preliminares. Venceu a britânica Yeats-Brown na estreia e, nas quartas, passou
pela japonesa Rika Takayama. Na semifinal, novo encontro com a austríaca
Bernadette Graf, adversária da brasileira na final em Oberwart e nas
quartas em Dusseldorf. Vitória para Mayra por waza-ari e classificação à
terceira final consecutiva da brasileira no Circuito Mundial IJF.
Em duelo equilibrado com a japonesa Mao Izumi, Mayra conseguiu impor leve
vantagem nas punições (2-1), mas caiu no shime-waza (estrangulamento) da
adversária e bateu, desistindo do combate.
Os homens subiram ao pódio três vezes neste domingo, começando pelo bronze do
peso médio Rafael Macedo (90kg). Para conquistar sua primeira medalha em Grand
Slam, Macedo derrotou o russo Khusen Khalmurzaev e o italiano Nicholas Mungai
até parar no georgiano Beka Gviniashvili, na semifinal. A medalha veio com
vitória por waza-ari sobre o holandês Jasper Smink.
"É minha primeira medalha em Grand Slam e estou muito feliz por essa
conquista. Somei pontos importantes no ranking para conseguir minha vaga em
Tóquio 2020. Foi um passo muito importante em busca dessa vaga. Mas, temos
muito mais competições pela frente, e agora é continuar o trabalho duro para
concretizar essa vaga em Tóquio", projeta Macedo que, com os 360 pontos da
Rússia deve melhorar sua 18ª colocação no ranking mundial.
Em seguida, os pesados David Moura e Rafael Silva Baby fizeram a dobradinha de
bronze para o Brasil, derrotando, respectivamente, Stephan Hegyi, da Áustria, e
o russo Anton Krivobokov.
Eduardo Bettoni (90kg), Leonardo Gonçalves (100kg), Rafael Buzacarini (100kg) e
Samanta Soares (78kg) também lutaram neste domingo. Bettoni parou em Piotr
Kukzera, da Polônia, na primeira luta. Leonardo Gonçalves eliminou o campeão
europeu eu cabeça-de-chave, Toma Nikiforov, da Bélgica, mas caiu para o
candense Shady El Nahas, que ficou com o bronze no final. Buzacarini perdeu
para o holandês Michael Korrel, número 8 do mundo. E Samanta caiu para a
francesa Sama Hawa Camara.
Além dos medalhistas, o Brasil ainda teve mais quatro judocas no bloco final.
Eduardo Katsuhiro Barbosa (73kg) e Beatriz Souza (+78kg) ficaram em quinto,
enquanto Eric Takabatake (60kg) e Daniel Cargnin (66kg) pararam na repescagem,
ficando em sétimo lugar.
Na Rússia, a seleção fecha uma sequência de três Grand Slam em dois meses com
onze medalhas conquistadas. Faltou pódio em Paris, mas a recuperação veio em
seguida, em Dusseldorf, com cinco medalhas e, agora, mais seis em
Ecaterimburgo. Foram dois ouros, três pratas e seis bronzes para o Brasil nos
três Grand Slam de início de temporada.