Um grande e inclusivo encontro para celebrar o Dia Mundial do Judô. Assim pode ser definido o treino que foi realizado no dojô da Confederação Brasileira de Judô nesta terça-feira, 28 de outubro. Judocas olímpicos, paralímpicos, de “Judô Para Todos” – pessoas com necessidades físicas e intelectuais - e do núcleo da Rocinha do Instituto Reação se reuniram para um grande treino sob o comando do técnico da seleção masculina Fúlvio Miyata e da treinadora Yuko Fujii. O tema que a Federação Internacional de Judô escolheu para este ano para o dia do esporte foi a honra. Para os atletas, poder dividir os tatames com diferentes vertentes do judô foi algo especial.
“É uma troca muito grande. A gente ajuda mas também aprende muito. O Antônio Tenório é um exemplo para todos nós. Ele tem quatro ouros olímpicos, uma conquista que eu ainda não tenho”, disse Rafaela Silva.
“Nós treinamos com alguns dos nossos ídolos aqui, pessoas pra quem a gente torce e admira. Eles acabam sendo uma inspiração porque nas Olimpíadas sempre competem antes da gente e acabam nos motivando para a Paralimpíada. Foi muito legal ver crianças, atletas olímpicos e paraolímpicos todos juntos”,, disse Karla Cardoso, medalhista de prata nas Paralimpíadas de Atenas e Pequim.
“É um orgulho estar treinando com atletas olímpicos e paralímpicos. Um campeão sempre pode se desenvolver. É muito legal estar colocando a mão no quimono de campeões mundiais, medalhistas em mundiais, medalhistas paralímpicos e também das crianças que serão os futuros atletas da seleção”, disse Breno Viola, primeiro judoca faixa preta com Down das Américas.
Além destes, participaram da atividade atletas da seleção sênior como Victor Penalber e Bárbara Timo; os paralímpicos Willians Araújo e Roberto Julian; os de “Judô Para Todos” Antônio Lima (X-frágil), Saulo Palotte (deficiência física) e Guilherme Paiva (Down); além das crianças Renan Andrade, Renan Miguel, Caíque Miguel, Daniel Rian e Igor Rodrigues Pinto. Este último fez alguns randoris com Guilherme Paiva. Para ele, não teve nenhum diferença.
“Gostei muito de treinar com o Guilherme. Gostaria que tivesse mais treinos desses”, disse o jovem judoca de 12 anos.
“Nessas horas é que a gente vê o tamanho do judô. É muito maior que o treinamento do dia-a-dia, do que o alto rendimento. Tem o judô paralímpico, tem o “Judô Para Todos”, tem as crianças que aprendem com o esporte em projetos sociais. É muito legal a gente perceber que é muito mais que um esporte, é uma filosofia de vida”, disse Victor Penalber.
“Essa atividade serve pra gente ver que o esporte e, mais especificamente, o judô realmente inclui. A gente viu pessoas com diferentes deficiências, visuais, motoras, intelectuais, treinando junto com atletas da seleção principal, com crianças, sem nenhum problema. Esse Dia Mundial do Judô fortalece ainda mais o nosso esporte”, disse o técnico Fúlvio Miyata.
Honra, respeito mútuo, amizade e respeito são apenas alguns dos fundamentos do judô presentes nessa atividade.
Por: Assessoria de Imprensa da CBJ