Sob gritos de ‘Olê, olá, Bia!’ por mais de 100 crianças, a campeã olímpica de judô na categoria superior a 78 kg, Beatriz Souza, foi recebida no Instituto Seci (Sociedade Esportiva Cidade Imaculada) na tarde da última sexta-feira (18), para uma rodada de conversas, curiosidades e atividades com os alunos das diversas categorias esportivas e culturais promovidas pelo projeto social de Santo André.
Bia relembrou a trajetória no esporte, desde o início nos tatames, ainda na cidade de Peruíbe, Litoral de São Paulo, até detalhes da campanha histórica na conquista do ouro nos Jogos Olímpicos de Paris.
Questionada pelas crianças sobre o nervosismo no momento da decisão olímpica, a judoca destacou o trabalho mental realizado durante a preparação. “Me dediquei tanto por os anos que cheguei em Paris me sentindo 100% em todos os aspectos, desde taticamente até mentalmente. Cheguei com tanta confiança que só queria praticar o judô que eu amo”, disse a atleta, para revelar que apenas conseguiu se sentir aliviada quando conquistou a medalha.
O aluno de judô Riquelme Costa, 15 anos, teve a oportunidade de conversar com Bia, sua ídola no esporte, e se emocionou durante o encontro. “Tendo uma inspiração como ela, conseguimos sonhar e acreditar que também podemos realizar nossos objetivos. Ela nos mostra o caminho, e se conseguiu chegar lá, por que nós também não podemos?”
Com autógrafos distribuídos e presentes recebidos dos alunos do Seci, Bia definiu o encontro como uma experiência diferenciada. “Sei que essa criançada tem uma garra muito grande desde o dia que nasceu. Estou aqui para mostrar que qualquer sonho grandioso é possível. Só é preciso se entregar muito em todo o processo. Já estive na posição deles, como uma criança que conhece uma inspiração”, relatou a lutadora.
Como lembrança à instituição, a judoca deixou assinaturas em dois quadros exibidos no pátio do local, e também ganhou uma faixa decorada com o lema das aulas de judô no Seci: ‘Fé nas crianças’.
O presidente do Seci, Guilherme Ferreira, afirmou que levar a campeã olímpica até o local alimenta a esperança das crianças. “A Bia começou sua trajetória no judô em projeto social, assim como o nosso. A representatividade dela é muito grande, sendo uma mulher negra, que mostra que é possível chegar ao patamar mais alto por meio de suas habilidades, potencial e esforço”, explicou.
Ao fim da conversa, Bia foi ao tatame com os pequenos atletas, observou uma aula e ensinou movimentos da luta às crianças.
Por: Diário d Grande ABC
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