Mais uma campanha para entrar para a história do judô brasileiro. Se nos Jogos Olímpicos o Brasil comemorou sua melhor campanha da história com um ouro, uma prata e dois bronzes, nos Jogos Paralímpicos os brasileiros também brilharam no tatame da Arena Champ des Mars e conquistaram quatro ouros, duas pratas e dois bronzes. Foi o melhor resultado da história do judô em Jogos Paralímpicos, superando a melhor campanha brasileira até então em Paralimpíadas, que havia sido em Pequim 2008, com um ouro, duas pratas e dois bronzes.
As medalhas de ouro vieram com Alana Maldonado (70kg/J2), que se tornou a primeira judoca brasileira bicampeã paralímpica; Arthur Silva (90kg/J1); Willians Araújo (+90kg/J1); e Rebeca Silva (+70kg/J2).
As pratas foram conquistadas por Brenda Freitas (70kg/J1) e Erika Zoaga (+70kg/J1), enquanto os bronzes foram conquistados por Rosicleide Andrade (48kg/J1) e Marcelo Casanova (90kg/J2).
Os títulos de Arthur e Willians ainda quebraram uma escrita do judô masculino paralímpico do Brasil: até Paris, apenas Antônio Tenório havia conquistado a medalha de ouro para o Brasil entre os homens (Atlanta 1996, Sydney 2000, Atenas 2004 e Pequim 2008).
O judô paralímpico, no Brasil, está sob a gestão da Confederação Brasileira de Desportos de Deficientes Visuais (CBDV), que realizou um grande trabalho na preparação da equipe paralímpica para os Jogos de Paris. A comissão técnica é liderada pelos experientes treinadores Alexandre Garcia e Jaime Bragança.
+JUDÔ PARALÍMPICO
COMO É PRATICADO
O judô é praticado por atletas cegos totais ou com baixa visão que, divididos em categorias por peso, lutam sob as mesmas regras da Federação Internacional de Judô (FIJ).
Até o fim de 2021, judocas eram separados em três classificações oftalmológicas – B1 (cego), B2 (percepção de vulto) e B3 (definição de imagem) – que lutavam entre si dentro de cada peso. A partir de janeiro de 2022, foram modificadas as regras que dividiram os atletas em dois novos grupos de classificações oftalmológicas: J1 (reunindo os antigos B1) e J2 (antigos B2 e B3), que não competem mais entre si, mas somente J1 contra J1 e J2 contra J2. Tanto a categoria feminina quanto a masculina contam com quatro divisões por peso cada:
Masculino
até 60 kg
até 73 kg
até 90 kg
acima de 90 kg
Feminino
até 48 kg
até 57 kg
até 70 kg
acima de 70 kg
A modalidade tem poucas adaptações em relação ao judô convencional. No início das lutas, por exemplo, os atletas começam com a pegada feita (um segurando no quimono do outro). Outro ponto importante é que a luta é interrompida sempre que os oponentes perdem o contato.
O atleta J1 é identificado com um círculo vermelho em cada ombro do quimono. Há também a possibilidade de um atleta surdo com deficiência visual praticar a modalidade. Neste caso, ele é identificado com um círculo amarelo no judogui.
O tempo de luta é de 4 minutos. Em caso de empate na pontuação, ela é decidida no Golden Score, uma espécie de prorrogação, com o vencedor sendo aquele que pontuar primeiro. O sistema de pontos é igual ao olímpico.
Acesse www.cbdv.org.br e www.cpb.org.br para mais informações sobre os Jogos Paralímpicos Paris 2024.
Por: Assessoria de Imprensa da CBJ
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